Trem intercidades: Projeto bilionário conectará São Paulo à Baixada Santista em 1h30

Iniciativa promete transformar a mobilidade regional, gerando empregos e aproximando a capital e a Baixada Santista

O tão aguardado projeto do Trem Intercidades (TIC), que irá conectar São Paulo à Baixada Santista, começa a tomar forma. A Secretaria de Parcerias e Investimentos (SPI) apresentou três opções de trajeto para o novo sistema ferroviário, com a expectativa de atender 1,8 milhão de passageiros por ano e gerar cerca de 13 mil empregos. A previsão é que o trajeto seja percorrido em até 1h30, facilitando a mobilidade na região e promovendo um investimento de R$ 15 bilhões.

As três opções de trajeto variam principalmente em relação à distância entre os pontos. A menor distância é de 80 km, enquanto a maior pode chegar até 150 km. Essas variações surgem conforme as diferentes abordagens para a construção da linha ferroviária, o que pode impactar diretamente o tempo de viagem e a viabilidade do projeto.

A primeira opção sugerida é aproveitar a via férrea existente na Serra do Mar, que liga o Porto de Santos a São Paulo. Embora esta alternativa seja a mais rápida, ela ainda depende de negociações com a concessionária responsável pela manutenção e operação do trecho. O uso dessa infraestrutura já existente pode acelerar o desenvolvimento do projeto, mas também pode enfrentar desafios burocráticos.

Outra alternativa é construir uma nova conexão em Mongaguá, que passaria por um contorno da serra de menor declividade. Este trajeto partiria da Estação Pinheiros, em São Paulo, e teria como vantagem a construção de um novo caminho, mas também exigiria novos acordos e mais tempo para execução. A opção poderia ser mais eficiente, porém o custo e o tempo de implementação seriam maiores.

A terceira opção envolve a utilização de uma faixa de domínio ao longo da rodovia dos Imigrantes, que ainda é muito utilizada. Essa alternativa busca otimizar o uso de espaços já existentes, o que pode tornar o projeto mais acessível e viável a curto prazo, mas também apresenta desafios relacionados à integração de diferentes formas de transporte.

Este projeto, que é um desejo antigo da população da região, começou a ser desenvolvido em fevereiro de 2024. O Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP) deu o aval para a iniciativa em maio de 2025, e espera-se que a fase final da implementação ocorra até o segundo trimestre de 2026, com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) auxiliando na execução. O trem promete ser uma das maiores melhorias no transporte público da região, conectando a capital paulista à Baixada Santista de forma mais rápida e eficiente.

Camas separadas: A nova tendência para casais prioritizarem o sono e a paz de espírito

O descanso adequado tornou-se uma prioridade, levando casais a reconsiderarem a dinâmica do sono

À medida que a sociedade valoriza cada vez mais a saúde mental e o bem-estar pessoal, novos comportamentos estão surgindo para melhorar a qualidade de vida. Cada vez mais, ouvimos histórias de pessoas que deixaram empregos para preservar a saúde mental ou se afastaram de relacionamentos considerados “tóxicos”. Agora, um novo conceito está ganhando popularidade: casais que optam por dormir em camas separadas.

Embora essa ideia possa parecer estranha à primeira vista, ela reflete uma mudança crescente nos hábitos de casais. Estudos recentes indicam que ter camas separadas pode beneficiar a qualidade do sono, com muitos casais optando por essa escolha para garantir uma boa noite de descanso. Isso ocorre principalmente devido a distúrbios como o ronco ou os movimentos involuntários durante o sono, que afetam o descanso do parceiro.

A Academia Americana de Medicina do Sono revelou que cerca de um terço dos americanos prefere dormir separados. Isso acontece porque, para algumas pessoas, o desconforto causado pelo parceiro, como ronco ou agitação na cama, pode ser uma verdadeira fonte de estresse. A tendência de camas separadas surge, então, como uma solução para esses problemas, proporcionando aos casais o descanso necessário sem os inconvenientes de compartilhar a cama.

Entre as vantagens dessa prática, destacam-se a melhoria no sono, a redução de distúrbios como a insônia, e o alívio de tensões no relacionamento. Isso porque, quando cada um tem seu próprio espaço para dormir, é mais fácil manter um ciclo de sono saudável, o que pode resultar em maior disposição e harmonia no relacionamento. Estudo também aponta que 63% das mulheres perdem mais horas de sono por causa de seus parceiros, o que justifica ainda mais a adoção das camas separadas.

No entanto, essa escolha não está isenta de desafios. Muitos casais temem que dormir separados possa prejudicar a conexão emocional e a intimidade, especialmente no que diz respeito à vida sexual. Apesar disso, alguns especialistas acreditam que, ao melhorar a qualidade do sono, o relacionamento sexual pode até se beneficiar, uma vez que ambos estarão mais descansados e com mais energia para a vida íntima.

Por fim, a questão do espaço também surge como um obstáculo. Em muitas residências menores, pode ser difícil acomodar duas camas de solteiro no mesmo quarto. Embora a ideia de camas separadas seja uma solução para algumas pessoas, ela não é aplicável a todos os casais, e a decisão de adotá-la deve ser algo pessoal, levando em consideração a dinâmica do relacionamento e as necessidades de cada um.

Tecnologia vem fazendo geração Z perder habilidades que os humanos tem a mais de 5 mil anos

Pesquisas apontam que o aumento do uso de dispositivos digitais e mídias sociais está afetando a caligrafia e a capacidade de escrever de forma estruturada

O impacto da tecnologia sobre a escrita da Geração Z está gerando discussões entre educadores e especialistas. Nascidos na era digital, muitos jovens enfrentam dificuldades em tarefas simples, como escrever à mão e manter uma caligrafia legível. O uso constante de teclados e telas, desde a infância, tem sido apontado como um dos principais fatores que contribuem para essa mudança no modo de escrever.

Um estudo realizado pela Universidade de Stavanger, na Noruega, revelou que, após apenas um ano sem escrever manualmente, a fluência caligráfica dos estudantes é significativamente prejudicada. Aproximadamente 40% dos jovens pesquisados relataram dificuldades para escrever de forma legível e mencionaram sentir fadiga ao usar papel e caneta. Isso sugere que a prática da escrita manual está se tornando cada vez mais rara, o que afeta diretamente a qualidade da caligrafia.

A professora turca Nedret Kiliceri, especialista em linguagens, explica que a falta de treinamento e a interação precoce com telas são fatores que têm afetado negativamente a caligrafia dos alunos. Segundo ela, é comum que os estudantes escrevam de maneira ilegível, com letras que sobem ou descem na página. Além disso, o uso de dispositivos digitais desde a infância prejudica a capacidade de manter uma caligrafia mais consistente, mesmo durante os anos escolares.

Outro reflexo da predominância das redes sociais no cotidiano dos jovens é a dificuldade em construir textos mais complexos. A tendência de se comunicar com frases curtas e fragmentadas, característica das interações digitais, tem afetado a capacidade dos estudantes de estruturar argumentos e elaborar parágrafos coesos. Muitos acreditam que frases desconexas podem formar um parágrafo, sem perceber a necessidade de interligar as ideias de forma lógica.

Além disso, muitos alunos têm abandonado as ferramentas tradicionais, como cadernos e canetas, substituindo-os por teclados. Isso reflete um fenômeno maior de como a tecnologia está transformando a forma como os jovens escrevem e se comunicam. A ausência desses materiais nas escolas tem gerado preocupações sobre o impacto na alfabetização e nas habilidades de escrita mais aprofundadas.

Para o filósofo Robson Ribeiro, a realidade atual é um paradoxo. Desde o surgimento da escrita cuneiforme há mais de 5.000 anos, a escrita evoluiu como uma forma essencial de preservar o conhecimento e promover a expressão criativa. No entanto, ele alerta que, apesar das tecnologias ampliarem as possibilidades de comunicação, elas também criam uma cultura de relações rápidas e superficiais. Ribeiro sugere que uma abordagem híbrida, que combine o uso de tecnologias digitais com a prática da escrita manual, seria fundamental para equilibrar eficiência e profundidade na comunicação.

‘Branca de Neve’ estreia nos cinemas de Ribeirão Preto com nova versão live-action

Clássico da Disney chega às telonas com uma abordagem moderna e novas aventuras para a princesa

Nesta quinta-feira (20), os cinemas de Ribeirão Preto recebem uma grande novidade com a estreia do filme “Branca de Neve”, a nova versão live-action da Disney. A produção traz uma reinterpretação do clássico dos Irmãos Grimm, trazendo novos elementos para a história que encanta gerações. A trama segue a princesa Branca de Neve (Rachel Zegler), que, devido à sua beleza, desperta a inveja de sua madrasta, a temida Rainha Má (Gal Gadot). Movida pelo ciúmes, a Rainha Má ordena a morte da jovem, o que a força a fugir para a floresta.

Em seu refúgio, Branca de Neve encontra uma cabana onde vivem sete anões simpáticos, que a acolhem e se tornam seus fiéis aliados. No entanto, sabendo que a princesa escapou da morte, a Rainha Má decide bolar outro plano maligno. Desta vez, ela prepara uma maçã envenenada com a intenção de acabar de vez com a vida de Branca de Neve. A história é repleta de magia, aventura e uma importante mensagem sobre amizade e coragem.

A classificação indicativa do filme é livre, o que torna essa nova versão de “Branca de Neve” acessível para toda a família. Os fãs dos clássicos da Disney e aqueles que apreciam uma boa adaptação moderna têm motivos para conferir essa versão encantadora da história.

Além da atuação de Rachel Zegler como Branca de Neve e Gal Gadot como a vilã Rainha Má, o filme conta com um elenco talentoso que traz vida aos personagens em um cenário repleto de fantasia e magia. O visual deslumbrante, aliado à tecnologia moderna, promete deixar os espectadores imersos nesse mundo encantado.

Quem deseja assistir ao filme pode encontrá-lo em um dos cinemas da cidade, como o UCI no Ribeirão Shopping, o Cinepólis nos shoppings Santa Úrsula e Iguatemi, ou o Cinemark no Novo Shopping, que trazem a estreia para o público local.

Com sua estreia, “Branca de Neve” chega para reavivar a magia do conto de fadas, trazendo novos elementos e personagens que devem conquistar o coração de todos os públicos.

Flamengo não assina documento de repúdio da LIBRA à declaração do Presidente da Conmebol

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, classifica a fala de Alejandro Domínguez como “abominável” e critica insensibilidade com o racismo

A Libra, liga que reúne clubes das Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro, emitiu uma nota de repúdio contra o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, após o Presidente utilizar o termo “Chita” para se referir aos clubes brasileiros. A declaração foi feita na segunda-feira (17), antes do sorteio dos grupos da Libertadores. Em sua fala, Domínguez comparou a possível ausência dos times brasileiros no torneio com “Tarzan sem Chita”, uma analogia considerada por muitos como racista e preconceituosa.

A nota foi assinada por 16 clubes membros da Libra, com exceção do Flamengo. Os times afirmam que a fala de Domínguez expõe o preconceito estrutural no futebol, reforçando estereótipos racistas e desumanizando pessoas negras. Além disso, destacam a insensibilidade do presidente da Conmebol ao abordar questões tão sérias como o combate ao racismo e a promoção da diversidade no esporte.

Os clubes membros da LIBRA, que assinaram a nota;

  • Atlético-MG
  • Bahia
  • Grêmio
  • Palmeiras
  • Red Bull Bragantino
  • Santos
  • São Paulo
  • Vitória
  • Ferroviária
  • Paysandu
  • Remo
  • Volta Redonda
  • ABC
  • Brusque
  • Guarani
  • Sampaio Corrêa

Após a repercussão negativa, Alejandro Domínguez se desculpou publicamente em um post nas redes sociais, mas as críticas seguiram intensas. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, foi uma das que mais se manifestou contra a declaração. Ela classificou a fala de “abominável” e expressou surpresa, afirmando que inicialmente não acreditou que fosse real, considerando até a possibilidade de um vídeo manipulado.

Leila Pereira foi ainda mais incisiva em sua crítica, sugerindo que nem mesmo a Inteligência Artificial seria capaz de produzir uma declaração tão desastrosa quanto a de Domínguez. Sua reação reflete o descontentamento de muitos dirigentes brasileiros, que consideram a fala não apenas um erro de comunicação, mas um reflexo de um problema mais profundo de discriminação no futebol.

Os clubes brasileiros, em sua nota, reforçaram o compromisso com a luta contra o racismo e a promoção de um futebol mais inclusivo e respeitoso. A declaração da Libra também deixou claro que não aceitarão discriminação em nenhuma forma, seja nas arquibancadas, dentro de campo ou nas falas de dirigentes esportivos.

Déficit zero, R$ 50 Bilhões em emendas e falta de recursos para o Pé-de-Meia: O orçamento de 2025

Congresso vota hoje as principais diretrizes para o destino dos recursos públicos, com ênfase em ajustes fiscais e sociais

Após meses de adiamento, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional deve votar nesta quinta-feira (20) o projeto de Orçamento para 2025. O texto, que deveria ter sido aprovado ainda em 2024, sofreu atrasos devido a uma disputa jurídica sobre as regras de transparência para as emendas parlamentares. Se aprovado pela CMO, o orçamento será levado à sessão conjunta do Congresso, onde a votação final pode ocorrer na sexta-feira (21).

O relatório do senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator do Orçamento, mantém a meta fiscal de déficit zero nas contas públicas para 2025, com uma projeção de superávit de R$ 15 bilhões, maior que os R$ 3,7 bilhões inicialmente previstos pelo governo. A proposta também contempla ajustes nas emendas parlamentares, com R$ 50,3 bilhões destinados a essas emendas, dos quais R$ 39 bilhões são impositivos. No entanto, o Orçamento também prevê um corte significativo em algumas áreas, como o programa Bolsa Família, que sofrerá redução de R$ 7,7 bilhões.

Entre os desafios destacados no relatório está a falta de recursos para o programa Pé-de-Meia, com apenas R$ 1 bilhão alocado, muito abaixo dos R$ 13 bilhões necessários. Embora o governo tenha a intenção de buscar recursos adicionais por meio de projetos de crédito suplementar, a situação gerou críticas, especialmente após uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para que o programa fosse incluído no Orçamento. Por outro lado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o programa não corre risco de ser descontinuado.

O relatório também apresenta a previsão de reajustes salariais para servidores públicos, com um orçamento de R$ 27,9 bilhões para garantir o cumprimento dos aumentos retroativos de 2024 e 2025. Além disso, a proposta prevê novos concursos públicos, com o orçamento permitindo a realização de uma nova edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). O impacto dessas medidas será acompanhado de perto, dado o cenário fiscal desafiador e as metas de austeridade fiscal.

O Orçamento de 2025 também detalha os principais gastos por ministério, com destaque para o Ministério da Saúde, que receberá R$ 246 bilhões, e o Ministério da Educação, com R$ 197 bilhões. O Bolsa Família, por sua vez, terá R$ 159 bilhões alocados, uma redução significativa em relação ao valor proposto pelo Executivo. Esses ajustes são necessários para garantir o equilíbrio fiscal do governo e a execução de outros programas sociais, como o Auxílio Gás, que contará com R$ 3 bilhões em 2025.

Com um total de R$ 5,7 trilhões previstos para o Orçamento de 2025, sendo R$ 1,5 trilhão destinados ao refinanciamento da dívida pública, o governo terá que conciliar suas prioridades fiscais com as demandas sociais, especialmente em um cenário de arrecadação variável e de crescente pressão sobre as finanças públicas.

Outono chegou! Veja como fica a previsão em Ribeirão Preto e região

Nova estação teve início nesta quinta-feira(20) e vai até (20) de junho

A Climatempo divulgou a previsão do tempo para o outono de 2025 em Ribeirão Preto, que começou às 6h01 desta quinta-feira (20) e se estende até o dia 20 de junho. A estação promete um clima bem diferente do que muitos esperavam, com temperaturas mais altas que a média e uma quantidade reduzida de chuvas.

De acordo com o Instituto de Meteorologia, a previsão aponta para uma grande amplitude térmica, ou seja, as manhãs serão mais frescas, enquanto as tardes devem registrar calor. Isso pode afetar o conforto térmico da população, tornando o outono mais quente e seco do que o habitual.

Outro ponto destacado é a queda gradual da umidade do ar, que se tornará mais notável à medida que a estação avança. A diminuição da umidade pode tornar o clima mais desconfortável, principalmente para pessoas sensíveis a mudanças no ar.

A meteorologista Josélia Pegorim explica que a diminuição das chuvas e da umidade no Centro-Sul do Brasil ocorre devido ao aumento da presença de sistemas de alta pressão atmosférica, que bloqueiam a formação de nuvens de chuva. Além disso, as massas de ar polar que normalmente atuam durante o outono tendem a ser mais fortes, o que contribui para a queda nas temperaturas, mas sem trazer grandes volumes de precipitação.

Haddad defende alta da Selic e afirma que BC não pode dar “Cavalo de Pau”

Ministro da Fazenda destaca que aumento dos juros estava previsto e reforça a necessidade de continuidade nas políticas econômicas do Banco Central

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, procurou suavizar a reação ao aumento da taxa Selic, anunciado nesta quarta-feira (19) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A decisão elevou a taxa de juros para 14,25%, igualando o nível máximo registrado em 2016, durante a crise do governo Dilma Rousseff. O principal objetivo desse ajuste é conter a inflação e “esfriar” a economia, como parte da política monetária do Banco Central.

Desde a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, o governo tem pressionado por uma redução dos juros para impulsionar o crescimento econômico. No entanto, desde janeiro deste ano, o Banco Central passou a ser comandado por Gabriel Galípolo, economista escolhido pelo próprio governo. A mudança gerou expectativas de uma abordagem mais alinhada com a agenda econômica de Lula, mas a elevação da Selic foi uma resposta do Copom às pressões inflacionárias.

Haddad afirmou que o aumento dos juros já estava “contratado” desde a reunião do Copom no final de 2022. Na ocasião, sob a presidência do ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o Comitê havia sinalizado a necessidade de três aumentos significativos da Selic. O ministro ressaltou que, após a troca de comando no Banco Central, não seria adequado realizar mudanças abruptas na política monetária, uma vez que o novo presidente e diretores precisariam lidar com uma “herança” de decisões anteriores.

O ministro também enfatizou que tanto o governo quanto o Banco Central têm metas a cumprir, com o Executivo focado no cumprimento das metas fiscais e o Banco Central no controle da inflação. “Os técnicos do BC são qualificados e buscam o melhor para o país, assim como o Executivo tem suas responsabilidades”, afirmou Haddad. Ele reconheceu a complexidade das metas, mas reforçou a importância de cada área trabalhar de forma coordenada para alcançar os resultados desejados.

Essa posição de Haddad se alinha com a postura do presidente Lula, que também minimizou o impacto do aumento da Selic em janeiro deste ano. Na ocasião, Lula afirmou que a alta dos juros já estava prevista devido à gestão anterior do Banco Central e que Galípolo seguiu a orientação que julgou necessária. As declarações tanto de Haddad quanto de Lula indicam uma postura de respeito pela independência do Banco Central, mas também a insistência em um caminho mais favorável ao crescimento econômico.

Com a taxa Selic em 14,25%, muitos analistas indicam que a inflação pode levar os juros a alcançar 15% ao ano em 2025, o que coloca pressão sobre o governo para equilibrar suas políticas fiscais com os desafios de uma economia ainda em recuperação. A expectativa é que o Banco Central continue tomando medidas para controlar a inflação enquanto o governo busca soluções para estimular o crescimento.