Italiano é o preferido, mas CBF considera que Jorge Jesus pode assumir a Seleção em junho ao abrir mão do Mundial pelo Al-Hilal
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está intensificando as negociações para a troca no comando da Seleção Brasileira. Carlo Ancelotti segue sendo o grande favorito para assumir a vaga, mas a CBF também está mantendo conversas com Jorge Jesus, que se apresenta como uma alternativa mais viável, com possibilidade de resolver a questão da Data Fifa de junho.
Ancelotti, técnico do Real Madrid, é o sonho da CBF e do presidente Ednaldo Rodrigues, mas uma negociação com o italiano pode ser complexa e arrastada. A CBF está ciente de que, se o acordo com Ancelotti não avançar de forma rápida, Jorge Jesus poderá ser a solução. O português, atualmente no Al-Hilal, possui um contrato com o clube saudita até o fim do Mundial de Clubes, e a liberação antecipada, embora envolva ajustes com os sauditas, é vista como viável.
Jorge Jesus é considerado o plano B da CBF devido à sua experiência com o futebol brasileiro e ao fato de a negociação ser menos burocrática. Ele já conhece as estruturas e a cultura do futebol no Brasil, o que facilitaria sua adaptação e a continuidade do trabalho. A CBF ainda não iniciou discussões sobre um possível conflito entre Jorge Jesus e Neymar, que saiu insatisfeito do Al-Hilal após críticas do treinador em janeiro.
Por outro lado, a negociação com Ancelotti está sendo aguardada até o fim do Mundial de Clubes, previsto para acontecer até julho. O treinador do Real Madrid, embora receptivo ao convite, tem contrato até 2026 e só tomará uma decisão após o término da competição internacional. No entanto, a CBF já sabe que a espera por Ancelotti pode ser longa, e essa demora pode forçar a entidade a considerar alternativas mais imediatas.
A situação de Dorival Júnior também está sendo debatida internamente na CBF. Na sexta-feira (28), ele se reunirá com o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, para discutir seu futuro. Caso uma decisão seja tomada rapidamente, isso aumentaria a pressão para uma contratação mais célere, o que poderia beneficiar Jorge Jesus. Se o trabalho de Dorival for estendido até os jogos de junho contra Equador e Paraguai, a CBF poderá adiar a busca por Ancelotti e continuar a negociar com o italiano.