Saúde-SP registra aumento de 13% nos atendimentos de Câncer de Cabeça e Pescoço em 2023

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) registrou mais de 20 mil atendimentos ambulatoriais e internações hospitalares nos primeiros cinco meses deste ano, para tratar 59 tipos de câncer que atingem a região da cabeça e do pescoço, incluindo boca, seios da face, laringe e faringe. Esses números representam um aumento de 13,3% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram realizados 18 mil atendimentos e internações.

De acordo com o Prof. Dr. Marco Aurélio Kulcsar, chefe do serviço de cirurgia de cabeça e pescoço do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), “precisamos que as pessoas tenham conhecimento do quanto é fundamental o diagnóstico precoce. Precisamos disseminar as formas de prevenção para diminuirmos cada vez mais o desenvolvimento da doença. O câncer de boca, por exemplo, é o terceiro em incidência no Brasil no sexo masculino”. Segundo levantamento da SES, em 2023, 62,4% dos atendimentos e internações de homens foi decorrente de câncer de cabeça e pescoço. Desde 2020, esse número é de 59,8%.

Pessoas que possuem diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço representam 7% dos pacientes do Icesp. Um estudo realizado na instituição identificou que 80% dos pacientes atendidos com esses tipos de tumores são ou já foram tabagistas. Além desses fatores, o papilomavírus humano (HPV) também pode aumentar o risco para o desenvolvimento do câncer de boca.

Na rede estadual do SUS, exames relacionados a estes tipos de câncer representam 6,8% do total dos exames oncológicos feitos em 2023 até maio, e 6,4% do total do ano de 2022. Em 2023, já foram realizados 1.400 procedimentos cirúrgicos para o tratamento de câncer de cabeça e pescoço, comparados a 1.519 procedimentos realizados nos cinco primeiros meses de 2022.

Julho Verde

Com o objetivo de educar a população sobre o câncer de cabeça e pescoço, o Icesp realizou um evento educativo em frente ao prédio da FIESP, na Avenida Paulista, no último domingo (23). Durante a ação, que contou com a participação da Coordenação Estadual do Programa Nacional de Controle do Tabagismo da SES-SP e de equipes médicas e multiprofissionais do Icesp, o público pôde tirar dúvidas e receber orientações sobre hábitos e sintomas persistentes que merecem atenção.

A programação do dia contou, também, com a apresentação do Coral Amigos da Voz, composto por pacientes laringectomizados, que reaprenderam a se comunicar depois de passarem por cirurgia de retirada da laringe como parte do tratamento de câncer na região das cordas vocais.

Um desses pacientes, Edson Maldonado afirma que, graças ao bom acompanhamento clínico da equipe médica e com muita força de vontade, após 33 sessões de radioterapia, a recuperação foi rápida e satisfatória. “Disse a eles no final do tratamento, que aquele lugar é um pedacinho do céu. O pessoal do Icesp é um amor,” relembra. Para Edson, “fazer parte de um coral laringectomizado total, ajuda em nossa recuperação e faz a gente perceber que na vida tudo é possível, só basta tentar”.

Prevenção

Para os especialistas, é fundamental a atenção à saúde bucal e, ao menor sinal de que algo não está bem, é recomendado buscar acompanhamento médico. Segundo o Dr. Kulcsar “quanto mais cedo o tumor for diagnosticado, maiores são as chances de cura. Em tratamentos precoces, a chance de o paciente ficar curado é entre 80 e 90%, independentemente do tipo de câncer”.

Os sintomas mais comuns desses tumores são: nódulos no pescoço, dificuldade para engolir, mudança na voz, rouquidão persistente, manchas avermelhadas ou brancas na boca, perda repentina e acentuada de peso e aftas. Com o aparecimento de qualquer um desses sintomas, é recomendado procurar um médico assim que possível.

Do Portal do Governo

Sábado, dia 5 de agosto tem campanha de vacinação contra gripe Influenza e multivacinação para atualização da caderneta

A Secretaria Municipal da Saúde convoca a população, crianças, adolescentes, adultos e idosos, no sábado, 5 de agosto, para mais uma campanha de vacinação contra Influenza (Gripe) e multivacinação para atualização da caderneta de vacinação, inclusive contra Covid-19.

Serão abertas 20 salas de vacinas dos postos de saúde em todas as regiões de Ribeirão Preto, das 8h às 16h30.

Público Alvo:

Influenza: A vacina contra Influenza está disponível para toda a população a partir dos seis meses de idade.

Multivacinação (atualização de carteira de vacinação): crianças, adolescentes, adultos e idosos que precisam atualizar a carteira de vacinas.

“É importante que todas as pessoas compareçam para verificar se suas vacinas estão em dia, pois algumas precisam de reforços para garantir a proteção”, explica Mayra Fernanda de Oliveira, coordenadora do Programa de Imunização.

A coordenadora ressalta ainda que frequentemente há mudanças no calendário de vacinação, cujas informações podem ser desconhecidas pelas pessoas.

“Um exemplo importante é a vacina contra Meningite (Meningocócica ACWY), que está disponível para adolescentes de 11 a 14 anos e muitos ainda não procuraram as unidades de saúde para recebe-la”, orienta Mayra Fernanda.

“O sábado é uma excelente oportunidade para pessoas que não conseguem comparecer às salas de vacinas durante a semana. Muito importante que todos aproveitem esse momento para colocar a carteira de vacinas em dia.” Conclui a coordenadora.

LOCAIS DE VACINAÇÃO:

Distrito Central

UBDS CENTRALAv. Jerônimo Gonçalves, 466
UBS CAMPOS ELÍSEOSAv. da Saudade, 1.452

Distrito Norte

UBS MARINCEKRua Roberto Michellin, s/nº
UBS RIBEIRÃO VERDERua João Toniolli, 3.461
UBS CRISTO REDENTORRua Zilda Faria, 675
USF JD HEITOR RIGONAv. Maestro Alfredo Pires, 391

Distrito Leste

UBDS CASTELO BRANCORua Dom Luiz do Amaral Mousinho, 3.300
UBS SANTA CRUZRua Triunfo, 1.070
UBS BONFIM PAULISTARua Azarias Vieira de Almeida, 620
UBS JD JULIANAAv. Dr. Marcos Antônio Macário dos Santos, 602
UBS JD ZARARua Stéfano Barufi, 1.639

Distrito Sul

UBS PARQUE RIBEIRÃO PRETORua Guy Saad Salomão, 225
USF JD MARCHESIRua Professor Renato Jardim, 925
CENTRO DE REF DR JOSÉ ROBERTO CAMPIRUA ABÍLIO SAMPAIO, 637

Distrito Oeste

CSE SUMAREZINHORua Terezina, 690
UBS DOM MIELLERua Cecílio Elias Seba, 139
UBS PRESIDENTE DUTRARua Carolina Maria de Jesus, 365
UBS JOSÉ SAMPAIORua Elydio Vieira de Souza, 50
UBS VILA RECREIORua Tabatinga, 320
USF VILA ALBERTINARua Apeninos, 941

Casos respiratórios graves têm queda em adultos e crianças

Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) apresentam tendência de queda em adultos e crianças, segundo o Boletim Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (27), no Rio de Janeiro, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Segundo monitoramento feito por pesquisadores da fundação, a maioria dos estados tem registrado menos ocorrências de SRAG causadas por covid-19. Já nas crianças, o principal causador da síndrome é o vírus sincicial respiratório (VSR), cujos registros também estão em queda.

Tendência positiva

Apesar da tendência positiva, o boletim alerta que Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rondônia e Rio Grande do Sul mantêm tendência de alta nos casos de SRAG. Quanto a Minas Gerais, o aumento recente na população infantil pode estar associado ao crescimento do rinovírus e do metapneumovírus.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, as ocorrências de SRAG com causa viral foram distribuídas da seguinte forma: 8,0% para influenza A, 3,8% para influenza B, 35,1% para VSR e 23,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Quanto a mortes por SRAG viral, o coronavírus continua em destaque, com 45,7% de prevalência. 

Por Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Ministério da Saúde vai enviar 150 mil dispositivos móveis para apoiar trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde nos municípios

O Ministério da Saúde vai destinar 150 mil dispositivos móveis de coleta de dados para apoiar o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde no uso do aplicativo e-SUS Território. Até o dia 30 de julho, o gestor deve manifestar interesse no recebimento dos aparelhos, que serão distribuídos em agosto, por meio da Secretaria de Atenção Primária à Saúde.

A quantidade máxima que pode ser solicitada é baseada no número de ACS pagos na última parcela de financiamento. O município pode fazer a solicitação pelo Gerencia APS disponível na plataforma de sistemas da atenção primária, o e-Gestor AB. A adesão é uma manifestação de interesse, o número de dispositivos doados ao município pode não contemplar a quantidade total solicitada.

Os dispositivos móveis de coleta são pequenos aparelhos eletrônicos que processam dados, assim como os computadores. Os dispositivos colocados para doação foram usados pelos recenseadores nas pesquisas do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e agora poderão ser usados na atenção primária por meio da atuação dos ACS.

Confira as instruções para solicitar os dispositivos móveis de coleta de dados

O e-SUS Território

O aplicativo e-SUS Território é usado no registro rápido e seguro das visitas domiciliares feitas pelos ACS. O cadastro desses dados permite que profissionais da atenção primária e gestores avaliem e acompanhem a situação do território e as condições de saúde dos cidadãos, facilitando a coleta e busca de informações da comunidade de forma ágil e sem a utilização das tradicionais fichas de papel.

Os dados cadastrados no aplicativo são integrados aos dados do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) da estratégia e-SUS Atenção Primária. Assim, para fazer o uso da ferramenta, é necessário que o município responsável pelo acompanhamento domiciliar tenha uma versão do prontuário instalada e devidamente configurada com as credenciais do agente de saúde em atuação, por meio do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES). Dessa forma, a sincronização do aplicativo com o PEC será efetuada.

Paula Bittar
Ministério da Saúde

Lula passa por procedimento médico sem intercorrências

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma intervenção médica, nesta quarta-feira (26), para alívio de dores na região do quadril direito. O procedimento foi realizado sem intercorrências e, até amanhã (27), Lula deve cumprir agenda na residência oficial, no Palácio da Alvorada.

Ele tem artrose na cabeça do fêmur, que é o desgaste na cartilagem que reveste as articulações, e vem se queixando de dores com mais frequência. O presidente deu entrada no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, na manhã de hoje e passou por uma denervação percutânea, que é uma infiltração de medicamentos na raiz nervosa para redução da dor.

Em outubro, está prevista a realização de uma cirurgia (artroplastia de quadril) para solução definitiva do problema.

No último domingo (23), o presidente já havia realizado uma infiltração no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para alívio da dor crônica, mas, segundo ele, o quadril voltou a doer com mais intensidade.

Edição: Nádia Franco

Unimed inaugura novo laboratório em Ribeirão Preto

A Unimed Ribeirão Preto inaugurou um novo laboratório na zona sul da cidade, na Avenida Professor João Fiusa, 232. Em funcionamento desde a última segunda-feira (24/7), os clientes da operadora de saúde podem contar com mais uma unidade de atendimento, em uma região estratégica da cidade, de fácil acesso, estacionamento próprio e com o mesmo padrão de qualidade, eficiência e acolhimento.

A nova unidade oferecerá os mesmos serviços já existentes no laboratório da Avenida Nove de Julho – que continua operando normalmente. Os exames que antes eram realizados no Hospital Unimed Ribeirão Preto serão, a partir de agora, concentrados nas unidades das Avenidas João Fiúsa e Nove de Julho. Com isso, o ponto de coleta do Hospital Unimed será desativado. Nos dois locais, os clientes poderão realizar exames de bioquímica, hematologia, hormônios, imunologia, genética, microbiologia, coprologia e marcadores tumorais.

A mudança, segundo a diretoria da Unimed, foi uma decisão estratégica de ampliação dos serviços da cooperativa, pois conta com uma capacidade maior de atendimento. Segundo a biomédica e coordenadora do laboratório, Jeanaiza Grigorenciuc, um dos principais diferenciais do novo posto de coleta é a capacidade de atender a 400 clientes por dia, o que consolida o desenvolvimento da estrutura, gera eficiência e rapidez para os associados, além de ser um fator de expansão da empresa na cidade. “Esta nova estrutura foi criada como forma de expansão física e estrutural, tendo em vista o crescimento da cooperativa médica nos últimos anos. Outro ponto desta decisão estratégica foi propiciar mais conforto e comodidade aos nossos clientes, para que possamos atender a todos com ainda mais agilidade e qualidade”, completa. 

A abertura do novo local de atendimento deve-se, segundo o presidente da Unimed Ribeirão Preto, Gustavo Ribeiro de Oliveira, ao grande crescimento no número de clientes que a cooperativa médica alcançou nos últimos anos. “Esse crescimento reforça a marca como referência em saúde na nossa cidade, mas por outro lado exige uma adequação permanente em nossas estruturas de atendimento, entre elas, oferecer mais um laboratório para os clientes”. 

No ano passado, os laboratórios próprios da Unimed realizaram mais de 121 mil exames por mês, totalizando em 2023 cerca de 1,5 milhões de exames realizados. “Com abertura desta nova unidade, nossa expectativa é concluir cerca de 2 milhões de exames até o final do ano”, destaca Jeanaiza Grigorenciuc.

Sobre a Unimed Ribeirão Preto

Referência em saúde para Ribeirão Preto e região, a Unimed tem como missão cuidar das pessoas com excelência. Fundada em 1971, a Unimed Ribeirão Preto conta com mais de 1.000 médicos credenciados e cerca de 165 mil clientes, além de outros 30 mil atendidos em sistema de intercâmbio com as outras Unimeds. Conta com uma estrutura própria de atendimento como Hospital Unimed, Unimed 24 Horas, Laboratório, Centro de Diagnóstico por Imagem, Farmácia, Núcleo de Atenção à Saúde (NAS), Espaço Viver Bem, Departamento de Saúde Ocupacional (DSO), Centro de Reabilitação e Centro de Atenção à Saúde Alto da Semar (CAS), em Sertãozinho, além de uma ampla rede prestadora de serviços, garantindo qualidade na assistência médica, hospitalar e de diagnósticos, com ética e uma visão humanizada.

Conheça o Guia de Cuidados para a Pessoa Idosa lançado pelo Ministério da Saúde

OMinistério da Saúde acaba de lançar o Guia de Cuidados para a Pessoa Idosa, que aborda as mudanças esperadas no processo de envelhecimento, os cuidados para viver a longevidade da melhor forma, informações que ajudam a identificar situações de maus-tratos e violência e orientações para cuidadores.

No Brasil, pessoa idosa é quem tem 60 anos ou mais e esse público vem aumentando de forma acelerada. Segundo dados de 2018 do IBGE, o País conta com mais de 30,2 milhões de idosos, o que representa 14,6% da população.

Para a coordenadora de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, Lígia Gualberto, “o guia busca qualificar o conhecimento que se tem sobre a temática do envelhecimento e prepara a sociedade para lidar melhor com essa fase da vida comumente permeada por tantos desafios. A ideia é também, por meio da divulgação de conhecimento qualificado, transformar o modo, muitas vezes negativo, como a nossa cultura ainda tem pensado, sentido e agido diante do envelhecimento, e com isso, combater estereótipos, preconceitos e discriminação contra as pessoas idosas”.

Lígia explica, ainda, que “o Brasil integra a estratégia global proposta pela OMS ‘Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030)’, que visa estruturar uma sociedade com melhores condições de vida para a pessoa idosa, desafio ainda mais relevante diante do contexto atual de acelerada transição demográfica no País. Esse material faz parte das ações que compõem a estratégia”.

O secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, destaca que o guia é uma das iniciativas para aperfeiçoarmos o atendimento à população dessa faixa etária para triar, estratificar, registrar e orientar melhor o cuidado compartilhado. “A população brasileira segue o padrão de envelhecimento acelerado da América Latina e nosso sistema precisa se preparar para reconhecer e melhorar os processos de cuidado dessa população”, finaliza.

Estrutura

O guia está dividido em quatro módulos para facilitar o entendimento, com informações essenciais sobre as diferentes dimensões da vida da pessoa idosa, organizadas em capítulos.

A primeira parte trata dos aspectos gerais do processo de envelhecimento, senescência e senilidade, além de direitos das pessoas idosas, segundo as políticas públicas vigentes relacionadas ao envelhecimento. Em seguida, a temática da pessoa idosa independente e autônoma, com foco no envelhecimento saudável, e orientações para autocuidado, vacinação, prevenção de doenças e agravos, promoção da saúde e prevenção de maus-tratos e violência.

A obra também traz orientações para quem cuida da pessoa idosa, englobando diferentes condições do processo de envelhecimento que demandam acompanhamento, apoio e cuidados diversos. E as redes de apoio social formal e informal.

A publicação foi produzida pelo Departamento de Gestão do Cuidado Integral (DGCI), por meio da Coordenação-Geral de Articulação do Cuidado Integral e da Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa na Atenção Primária e contou com a contribuição de especialistas de áreas multidisciplinares.

Ministério da Saúde

Com recorde de adesão, Ministério da Saúde retoma Programa Saúde na Escola com investimento de R$90 milhões para municípios

Ministério da Saúde publicou, nesta terça-feira (25), portaria que destina R$ 90,3 milhões para os municípios que aderiram ao Programa Saúde na Escola (PSE). O ciclo 2023/2024 alcançou recorde histórico de adesões, com 99% das cidades brasileiras habilitadas ao recebimento do recurso. Com a iniciativa, o Governo Federal amplia políticas que não foram abordadas pela gestão anterior, retomando temáticas como prevenção de violências e acidentes, promoção da cultura de paz e direitos humanos, saúde sexual e reprodutiva, além de prevenção de HIV/IST nas escolas. A previsão é que mais de 25 milhões de estudantes sejam assistidos.

A portaria define critérios para os valores repassados, conforme as necessidades dos estudantes da educação básica em cada cidade. O PSE é uma estratégia de integração da saúde e educação para o desenvolvimento da cidadania e da qualificação das políticas públicas brasileiras, que busca melhorar a saúde dos educandos, reduzir a evasão escolar e a intermitência de frequência por problemas de saúde, além de reforçar os compromissos e pactos estabelecidos por ambos os setores.

Nos últimos anos, os indicadores do programa foram reduzidos apenas a pautas sobre alimentação saudável, prevenção de obesidade e promoção da atividade física. Com a retomada do PSE, todas as temáticas previstas poderão ser desenvolvidas. Também estão incluídas ações relacionadas à saúde mental, novidade que dialoga com os objetivos do Grupo de Trabalho Interministerial (Saúde e Educação) para prevenção às violências nas escolas, instituído em abril deste ano.

Municípios podem receber R$ 1 mil a mais a cada grupo de 1 a 800 estudantes das creches públicas e conveniadas do município, escolas rurais, escolas com alunos em medida socioeducativas e escolas que tenham, pelo menos, 50% dos alunos matriculados pertencentes a famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. O recurso poderá ser utilizado para aquisição de materiais de consumo que, em razão de seu uso corrente, perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos. A portaria publicada lista os municípios habilitados para o recebimento do teto de recursos pactuados em Termo de Compromisso do PSE assinado por municípios e Distrito Federal.

Acesse a lista dos municípios contemplados

Repasses em 2024

Os repasses previstos para o próximo ano serão feitos levando em conta dois indicadores. O primeiro é relativo ao percentual de escolas pactuadas que realizaram ações do PSE no município, que reflete a cobertura das ações nas escolas e corresponderá a 80% (oitenta) do valor repassado na adesão.

O segundo indicador aponta o percentual de escolas pactuadas que realizaram ações prioritárias para o ciclo 2023/2024 no município, refletindo a cobertura das ações para o período, ou seja, alimentação saudável, prevenção de obesidade, promoção da atividade física, saúde mental, prevenção de violências e acidentes, promoção da cultura de paz e direitos humanos, saúde sexual e reprodutiva e prevenção de HIV/IST nas escolas que fazem parte do PSE no município no período avaliado, e corresponderá a 20% do valor repassado.

O município que não registrar as ações do Programa Saúde na Escola permanecerá aderido ao ciclo, mas não fará jus ao incentivo financeiro em 2024. As ações serão monitoradas pela pasta ao final de cada ano do ciclo.

Formação e mobilização

Os repasses do PSE acontecem ao mesmo tempo em que outras ações de formação e mobilização estão programadas para o fortalecimento do programa nos territórios. Durante o XXXVII Congresso Nacional das Secretarias Municipais de Saúde, em Goiânia (GO), foi realizada uma oficina sobre retomada intersetorial do PSE, com a participação do Ministério da Saúde e MEC.

Em 10 de agosto, um webinário será realizado com especialistas sobre saúde mental e as escolas com todos coordenadores estaduais do PSE. Além disso, quatro oficinas intersetoriais regionais do PSE serão realizadas ainda em 2023. A primeira será em Campo Grande (MS) nos dias 23 e 24 agosto.

O programa

O Programa Saúde na Escola é resultado de uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação. O programa foi criado em 2007 com a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. O programa é uma estratégia que integra políticas e ações de educação e de saúde, com a participação da comunidade escolar, das equipes de atenção básica e da educação básica pública.

 Ministério da Saúde

Saúde registra queda nos atendimentos ligados à prática do futebol feminino em SP

Com o início da participação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de Futebol Feminino, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) destaca a necessidade de cuidados para evitar lesões durante a prática esportiva para as mulheres. Em 2022, a SES registrou um aumento de 4,2% no número de atendimentos ambulatórias e internações hospitalares demandados por mulheres entre os 10 e 49 anos de idade por lesões comuns entre as pessoas que jogam futebol. Nos primeiros cinco meses de 2023, esse número caiu 10,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o levantamento, desde 2020, os atendimentos mais frequentes ligados a lesões nas pernas, para mulheres nesta faixa etária, são as fraturas de tornozelo, de fêmur e os transtornos internos do joelho.

A maioria das lesões é leve e não demanda atenção médica para além da recomendação da aplicação de uma compressa gelada por 20 minutos no local e tomar um analgésico. Com a melhora dos sintomas, a pessoa pode retomar à atividade física. No entanto, como aponta Tiago Lazzaretti Fernandes, médico do esporte e ortopedista do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, “é importante ressaltar que dores articulares, principalmente, ou dores que não melhoram após esses cuidados iniciais, devem ser investigadas por um especialista médico do esporte ou ortopedista”.

As lesões mais comuns em quem joga futebol ocorrem na região dos quadris, pernas e pés, afetando a musculatura, os ossos e as articulações. Segundo o Dr. Fernandes, uma das mais incapacitantes é quando ocorre o rompimento do ligamento cruzado anterior (LCA), embora ela não seja tão comum como as torções do tornozelo e as chamadas contraturas e estiramentos, que são lesões musculares. As fraturas de tornozelo demandaram mais de 7,5 mil procedimentos na rede estadual do SUS desde janeiro de 2020, as fraturas de fêmur, mais de 1,6 mil atendimentos e os transtornos internos de joelho, mais de 900.

LCA 

Os ligamentos são feixes de tecido fibrosos que unem dois ossos em uma articulação do corpo. O LCA é responsável pela estabilidade dos movimentos do joelho, conectando o fêmur e a tíbia. Quando se rompe, é necessário realizar um procedimento cirúrgico para garantir a possibilidade de retorno à prática esportiva rigorosa. O rompimento geralmente provoca um “estalo” audível, seguido por dor e inchaço, observável em até 24 horas depois da lesão. Sem tratamentos, o inchaço e a dor passam sozinhos, mas o joelho pode permanecer instável e acarretar maiores danos ao menisco e cartilagem.

As lesões ao LCA podem ser causadas por mudança rápida de direção, tentar parar ou reduzir muito o ritmo de uma corrida de forma súbita, apoiar os pés incorretamente depois de um salto ou pelo contato direto ou colisão entre jogadores. Houve 255 atendimentos a mulheres entre os 10 e 49 anos de idade por ferimentos do ligamento e transtornos do joelho na rede pública estadual em 2023 até maio. Os procedimentos cirúrgicos para esse mesmo grupo representam 85,2% das internações por lesão nos membros inferiores.

Cuidados

Ainda de acordo com o Dr. Fernandes, a principal recomendação para a população em geral para se evitar uma lesão não é que se evite a atividade física, mas sim que realize atividade física regular. Ela é importante tanto para o sistema osteomuscular, quanto para o coração e para a saúde mental.

Para aqueles que já praticam atividade física, é importante lembrar que o fortalecimento e o alongamento são igualmente importantes para se evitar lesões. Uma análise anterior à prática esportiva chamada Avaliação Pré-Participação (APP) é essencial para identificar e prevenir que lesões pequenas se tornem mais graves.

Segundo o Dr. Fernandes, “o objetivo do médico do esporte e ortopedista, quando existe lesão osteomuscular, é promover o repouso da região acometida pela doença sem que os outros grupos musculares sejam afetados. Ou seja, prescrevemos o ‘repouso ativo’, em que o atleta continua a realizar fortalecimento e atividades que estimulem o sistema cardiovascular para não perder condicionamento físico durante o tempo de recuperação”.

Do Portal do Governo

Ministério da Saúde evita descarte de vacinas e poupa R$ 251,2 milhões

Ministério da Saúde está comprometido com a minimização das perdas de estoques de insumos estratégicos e, neste ano, evitou o desperdício de R$ 251,2 milhões em vacinas. O valor equivale a mais de 12,3 milhões de doses que, sem a adoção por parte da atual gestão de ações emergenciais e para ampliar a cobertura vacinal no país, poderiam ter sido descartadas.

Diante do risco de perda de inúmeras vacinas, logo no início do ano foi instituído um comitê permanente para monitorar a situação e adotar medidas para mitigar perdas. Esse trabalho foi organizado pela Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, em conjunto com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA). Além das ações emergenciais, já estão sendo adotados métodos para compra planejada e aperfeiçoamento da gestão dos estoques.

No caso das vacinas, somam-se a essas ações, a retomada das campanhas de vacinação e adoção de estratégia inovadora para ampliar cobertura vacinal no país, o microplanejamento. Também foi antecipada a campanha de multivacinação, voltada para crianças e adolescentes, em alguns estados.

“Com o microplanejamento, por exemplo, nós já fomos a três estados, Amazonas, Acre e Amapá, e fizemos uma grande campanha de multivacinação. Com essas ações e outras medidas de gestão, o Ministério conseguiu salvar R$ 251 milhões em vacinas. Isso é algo que temos que comemorar porque conseguimos vacinar nossa população, nossas crianças e adolescente e conseguimos economizar e atuar de forma responsável com o dinheiro público”, destaca a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

O microplanejamento para a vacinação leva em conta as particularidades de cada região com a participação das lideranças locais que, com o conhecimento que têm sobre sua comunidade e condições socioeconômicas, são capazes de adaptar as ações de saúde pública para a sua população. Equipes do Ministério da Saúde e dos municípios fazem reuniões técnicas para identificar os desafios naquela região e elaborar, conjuntamente, ações regionalizadas.

Desde que assumiu, a atual gestão do Ministério da Saúde tem buscado solucionar as questões críticas de estoque de vacinas e insumos estratégicos herdados da gestão anterior.

Comitê permanente para mitigar perdas de estoque

Entre as ações adotadas pelo Ministério da Saúde para evitar o desperdício de recursos públicos e em respeito à população, destacam-se:

– Pactuação junto aos estados e municípios para racionalizar a distribuição do estoque atual, dando prioridade aos itens de menor prazo de validade;

– Articulação via cooperação internacional para doações humanitárias;

– Retomada das campanhas de vacinação com adoção de nova estratégia, microplanejamento, e antecipação da multivacinação em estados do Norte do país.

Confira a fala da Secretária Ethel Maciel sobre o tema:

Assessoria de Imprensa

Ministério da Saúde