Sinais de diabetes na boca: como identificar e tratar

A saúde bucal pode fornecer importantes indícios sobre o controle do diabetes, uma condição crônica comum que afeta a capacidade do corpo de produzir ou utilizar insulina adequadamente, resultando em níveis elevados de glicose no sangue. O descontrole do diabetes pode ter impactos significativos na saúde bucal, e reconhecer esses sinais pode ajudar no diagnóstico e tratamento da doença.

Entre os sinais bucais mais frequentes associados ao diabetes, destaca-se a boca seca, ou xerostomia, que ocorre devido à diminuição da produção de saliva provocada pelos altos níveis de açúcar no sangue. Outra manifestação importante é a gengiva vermelha e sensível, resultado da proliferação de bactérias facilitada pela hiperglicemia.

Outros sintomas bucais relacionados ao diabetes incluem a perda de dentes, causada pela maior susceptibilidade a doenças periodontais e cáries, além do aumento do açúcar na saliva que favorece o desenvolvimento de infecções. A demora na cicatrização de feridas, especialmente após procedimentos dentários, também é um sinal preocupante. Aftas frequentes, sensação de boca amarga e mau hálito são outros indicadores importantes, particularmente em casos de diabetes mal controlado.

Para evitar problemas mais graves, é crucial que pessoas com diabetes mantenham uma rotina rigorosa de higiene bucal, controle glicêmico e realizem consultas regulares ao dentista. Identificar e tratar esses sinais precocemente pode ser fundamental para manter a saúde geral e bucal em boas condições.

Informações: catracalivre

Controle o diabetes com chás: conheça os benefícios e as recomendações

A adição de chás medicinais à dieta pode oferecer benefícios notáveis para a saúde, particularmente no gerenciamento dos níveis de açúcar no sangue. Com uma parcela significativa da população brasileira lidando com o diabetes, a inclusão de chás como parte da abordagem terapêutica ganha importância. A doença é caracterizada pela dificuldade do corpo em absorver a glicose adequadamente.

Recentes estudos indicam que certos chás não só ajudam a controlar a glicemia, mas também podem reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, além de melhorar a resistência à insulina. É crucial, no entanto, usar esses chás como um complemento ao tratamento médico convencional, e não como substitutos.

Dentre os chás recomendados para ajudar a controlar o diabetes estão o chá preto, o chá de camomila e o chá de canela. Cada um possui propriedades específicas que podem beneficiar o controle da glicemia.

O chá preto, por exemplo, tem sido associado a um menor risco de desenvolvimento de diabetes e suas complicações. De acordo com uma pesquisa publicada na revista Antioxidants em 2019, os compostos presentes no chá preto podem melhorar a resistência à insulina e reduzir o estresse oxidativo e a inflamação. Variedades como o chá preto, oolong e verde são recomendadas para obter melhores resultados.

O chá de camomila também demonstrou potencial no controle dos níveis de açúcar no sangue. Um estudo divulgado na Complementary Therapies Medicine revelou que consumir três xícaras diárias de chá de camomila pode reduzir os níveis de glicemia em até 60%. A pesquisa mostrou melhorias significativas em marcadores metabólicos relacionados ao diabetes em comparação com um grupo controle.

O chá de canela, por sua vez, tem sido identificado como um aliado no controle do diabetes tipo 2. Estudos conduzidos pela Universidade Federal do Ceará e outras instituições, divulgados no Journal of the American College of Nutrition, mostraram que a ingestão diária de 3 gramas de canela em pó por três meses resultou em redução dos níveis de hemoglobina glicada e glicemia em jejum. O chá de canela pode, portanto, auxiliar na regulação da insulina no organismo.

Antes de adicionar esses chás à dieta, é recomendado consultar um médico para evitar possíveis efeitos adversos e assegurar que eles complementem adequadamente o tratamento médico.

Informações: catracalivre

Colesterol: entenda a diferença entre o bom e o ruim

O colesterol é uma substância vital para o organismo, desempenhando funções essenciais como a formação das membranas celulares, a produção de hormônios e a síntese de vitaminas. No entanto, quando em níveis elevados, especialmente o colesterol LDL, pode se tornar um grande risco à saúde.

“Basicamente, podemos dividir o colesterol em dois tipos: o LDL, conhecido como ‘colesterol ruim’, e o HDL, que chamamos de ‘colesterol bom'”, explica a endocrinologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Tânia Toreto.

“O LDL é perigoso porque tende a se depositar nas artérias, causando ateromatose, uma doença que leva à obstrução arterial. Já o HDL tem uma função protetora, pois remove o excesso de colesterol ruim da circulação e o transporta para o fígado, onde é utilizado na formação dos sais biliares, que são fundamentais para a digestão”, detalha.

“O colesterol é essencial na formação das membranas celulares e na produção de hormônios e vitaminas. No entanto, seu excesso, especialmente do tipo LDL, pode levar a problemas graves, como doenças cardíacas”, afirma Tânia.

CONTROLE

Segundo a endocrinologista, o controle do colesterol envolve diversos fatores, incluindo hábitos alimentares e a prática regular de exercícios físicos. “Cuidados com a alimentação e atividades físicas são fundamentais para manter os níveis de colesterol sob controle. Contudo, é crucial a realização de exames periódicos, pois, em alguns casos, a prescrição de medicamentos pode ser necessária”, orienta.

Os níveis ideais de colesterol variam conforme a idade, os fatores de risco e a presença de comorbidades. Portanto, é indispensável que cada pessoa tenha um acompanhamento médico regular para avaliar suas necessidades específicas.

“Em resumo, enquanto o colesterol é essencial para várias funções do corpo, seu excesso, particularmente o LDL, pode representar um risco significativo à saúde. Manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios e realizar exames regulares são as melhores formas de garantir que o colesterol permaneça dentro dos níveis adequados”, conclui a endocrinologista.

Coceira, dor de cabeça e outros sinais de atenção com a saúde do fígado

Não são tempos fáceis para o fígado. Alimentos ultraprocessados, agrotóxicos, microplásticos… A alimentação contemporânea predominante contribui com a sobrecarga desse órgão vital que todo dia administra a ingestão de químicos, gorduras, corantes, conservantes e aromatizantes, entre outras substâncias e toxinas que dependem das funções hepáticas para serem direcionadas e/ou eliminadas.

Também é do fígado a tarefa de metabolizar e armazenar nutrientes, ou seja, as partes boas da alimentação também passam por esse “portão”, para ficarem prontas para serem absorvidas e utilizadas pelo corpo.

A Dra. Patricia Almeida, Hepatologista do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que o próprio organismo trabalha para eliminar naturalmente as toxinas, usando veículos como a transpiração, a respiração, as fezes e a urina. Porém, quando há um exagero, o corpo pode sofrer os efeitos e sinalizar que existe um desequilíbrio no fígado, que passa a trabalhar com uma carga maior para filtrar as impurezas do sangue”, pondera a especialista.

É por essa razão que se torna importante saber “ouvir” o fígado, pois, quando fica difícil para ele, o corpo todo pode ficar comprometido. “E na maioria das vezes, os problemas hepáticos são silenciosos. A pessoa demora a apresentar sinais clínicos e sintomas”, explica a Dra. Patricia, ao elencar importantes pontos de alerta do fígado, que exigirão cuidados:

1. COCEIRA NA PELE

A coceira na pele pode ser um sintoma de doenças hepáticas. Quando o fígado não está saudável, substâncias tóxicas podem se acumular no sangue e causar irritação na pele.


2. HEMATOMAS APÓS PANCADAS LEVES

O paciente com doença hepática pode apresentar uma maior facilidade em desenvolver equimoses (manchas roxas na pele) e sangramentos após traumas de pequena intensidade. Isto ocorre porque o fígado é responsável pela produção de proteínas que participam do sistema de coagulação do sangue.

3. URINA COM COR MUITO ESCURA OU CHEIRO FORTE

Embora também possam indicar infecções urinárias ou intestinais, mudanças devem ser observadas com cuidado: urina escura, num tom parecido com o da Coca-Cola, pode apontar um problema hepático devido ao acúmulo de gordura no fígado. Em geral, a tonalidade saudável da urina é amarelo-pálido.

4. DOR DE CABEÇA FREQUENTE

É comum que os pacientes com suspeita de doença hepática também sofram com tonturas e enjoos, além de dor de cabeça frequente.

5. FALTA DE APETITE

Fraqueza, falta de apetite, letargia e baixo rendimento físico e mental podem apontar disfunções no fígado. Como o órgão trabalha no armazenamento de vitaminas A, D, E e K, essenciais para manter bons níveis de energia, seu comprometimento por acúmulo de toxinas dificulta a filtragem do sangue e a oxigenação das células. O resultado é pouco pique, falta de apetite e um cansaço constante.

Entenda como o Brasil está combatendo a Leucemia com transplantes de medula óssea

O Brasil enfrenta um desafio significativo na luta contra doenças hematológicas, como a leucemia, que afeta os glóbulos brancos do sangue e é o décimo câncer mais comum no país. Em 2024, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevê cerca de 11.540 novos casos de leucemia. Embora algumas condições sanguíneas possam ser gerenciadas com dieta adequada, outras, como a leucemia, necessitam de tratamentos mais complexos, incluindo transplantes de medula óssea.

De acordo com Dr. Leandro Felipe Figueiredo Dalmazzo, vice-presidente médico do Grupo GSH, o tratamento da leucemia pode incluir medicamentos, quimioterapia e radioterapia. No entanto, em casos mais graves, como leucemia aguda e mieloide crônica, um transplante de medula óssea pode ser necessário.

Este procedimento consiste em substituir a medula óssea doente por células-tronco saudáveis, que podem ser obtidas do próprio paciente (transplante autólogo) ou de um doador compatível (transplante alogênico).

“O processo de transplante de medula óssea começa pela identificação de um doador compatível, que passa por vários testes para que, então, suas células-tronco hematopoiéticas sejam coletadas da medula óssea, do sangue periférico ou do cordão umbilical”, esclarece dr. Leandro.

Essas células podem ser coletadas da medula óssea, do sangue periférico ou do cordão umbilical. Após a coleta, o tratamento do receptor envolve a destruição da medula óssea doente através de quimioterapia ou radioterapia, seguida pela infusão das células-tronco saudáveis para restaurar a produção normal de células sanguíneas.

Atualmente, o Brasil conta com mais de 5,7 milhões de doadores de medula óssea cadastrados no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). No entanto, cerca de 650 pacientes ainda aguardam uma doação.

Dr. Leandro observa que encontrar um doador compatível fora do círculo familiar é desafiador, com uma chance de um em 100 mil. “Quanto mais voluntários tivermos para essas doações, mais chance de encontrar um doador compatível para esses pacientes”, conclui.

Poeira domiciliar é responsável por cerca de 80% das alergias respiratórias; saiba como higienizar edredons e cobertas corretamente

Com as temperaturas mais baixas, é comum tirar os edredons e cobertas do fundo do armário. Afinal, quem não quer uma cama quente e aconchegante durante essa época do ano? Como o Brasil é um país tropical, a maioria das peças ficam guardadas boa parte do tempo, ficando sem uso. Assim, é necessária uma limpeza para que as bactérias e ácaros, que podem ocasionar manchas amareladas e mau cheiro, não afetem o sono.

Segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), o ácaro da poeira domiciliar é o responsável por cerca de 80% das alergias respiratórias. Para evitar que isso aconteça, Marinês Cassiano, especialista em produtos têxteis da 5àsec, revela a importância de higienizar corretamente tais itens antes e durante o inverno.

A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO

Durante o uso, o edredom ou a coberta fica em contato direto com o corpo. Dessa forma, se estiver com resquícios de poeira, sujeira e apresentar aquele cheiro forte de guardado, além de causar possíveis alergias, a falta de higienização pode diminuir a vida útil da peça. São estes fatores que mostram a importância da higienização antes do uso e, principalmente, se o item também for utilizado por um longo período.

COMO REALIZAR A LIMPEZA?

Os edredons e cobertores são peças muito pesadas e quando lavadas em casa, a limpeza total não é realizada por máquinas domésticas que, muitas vezes, não estão preparadas para receber este tipo de peça devido ao seu tamanho e peso. Além disso, dependendo do tecido, a máquina de lavar pode causar alguma deformidade nas fibras ou no enchimento do edredom. Neste caso, o mais indicado é levar a uma lavanderia especializada, que poderá realizar a limpeza completa de itens de diferentes tamanhos, desde o solteiro até o king size. O processo será realizado seguindo todas as características do produto, podendo ser feita uma limpeza com água ou a seco, dependendo do tipo de edredom ou coberta. Outro fator importante é que por meio dos equipamentos industriais e dos insumos utilizados para a higienização, é possível economizar água e energia, preservar as fibras, aumentar a vida útil da peça e evitar deformidades.

QUANDO LAVAR O EDREDON?

Caso a peça não tenha uma sujeira aparente e seja usada com um lençol entre o edredom e o corpo, o recomendado é lavar mensalmente. Mas se animais de estimação dormem na cama ou caso tenha alguma mancha, é recomendado reduzir o tempo entre as lavagens. Para evitar ácaros, poeiras, bactérias ou cheiros desagradáveis nos cobertores, o ideal é lavar também na troca de cada estação.

COMO ARMAZENAR?

O lugar ideal para armazenar é na parte de cima do guarda-roupas, onde há menos umidade, além de ser possível manter a peça limpa por mais tempo. Outra boa dica é guardar a coberta ou o edredom em um saco que permita a circulação de ar, como o de TNT, evitando mofos e prolongando o cheiro da lavagem.

Envenenamento em pet: saiba quais são os primeiros socorros

No Brasil, casos de envenenamento em animais de estimação têm sido uma preocupação crescente entre os tutores. Saber como agir rapidamente pode fazer toda a diferença na recuperação do animal.

Em situações de emergência como esta, é crucial ter conhecimento sobre os primeiros socorros adequados. “Ao perceber que seu animal pode ter sido envenenado, é essencial agir com calma, mas rapidez”, afirma Dorie Zattoni, Médica Veterinária e Supervisora técnica-comercial da Brazilian Pet Foods, empresa de alimentos para cães e gatos. 

Pensando nisso, a especialista listou cinco dicas de primeiros socorros no caso de envenenamento:

1. Identificação do Veneno: O primeiro passo é tentar identificar a substância que causou o envenenamento. Medicamentos, produtos de limpeza, plantas tóxicas e alimentos impróprios são algumas das causas mais comuns. Recolha embalagens, restos ou qualquer pista que possa ajudar o veterinário a diagnosticar e tratar o pet.

2. Contato Imediato com o Veterinário: Ligue imediatamente para o veterinário ou para um centro de controle de intoxicações animais. Forneça todas as informações sobre o que o animal ingeriu, a quantidade e o tempo que passou desde a ingestão. Esse passo é crucial para receber orientações específicas sobre como proceder até chegar ao atendimento profissional.

3. Não Provoque Vômito Sem Orientação: Embora muitas pessoas acreditem que provocar vômito é a melhor solução, isso nem sempre é seguro. Algumas substâncias corrosivas ou que formam espuma podem causar danos adicionais ao esôfago e estômago do animal. Siga as instruções do veterinário quanto a esse procedimento.

4. Mantenha o Animal Calmo e Confortável: Reduza a atividade do pet para evitar que a circulação do veneno se acelere pelo corpo. Coloque-o em um local tranquilo e confortável, de preferência em uma posição em que não possa se machucar caso entre em convulsão ou tenha dificuldade respiratória.

5. Transporte Rápido e Seguro ao Veterinário: Leve o animal ao veterinário o mais rápido possível. Se o veterinário orientar algum cuidado específico durante o transporte, siga as instruções rigorosamente.

Importância da Alimentação no Tratamento

Durante o processo de recuperação após um envenenamento, a alimentação adequada desempenha um papel vital na restauração da saúde do animal.

“O veterinário pode recomendar uma dieta específica para ajudar na recuperação do sistema digestivo do pet e para minimizar o impacto do veneno no organismo. Alimentos leves e de fácil digestão são frequentemente prescritos, inclusive algumas rações são de fácil digestão e ajudam com o aproveitamento dos nutrientes, além de conter cardo mariano (precursor de silimarina que atua na proteção do fígado), como a linha Snow Dog”, afirma a veterinária.

Manter o animal bem hidratado é essencial para ajudar na eliminação das toxinas do corpo. Ofereça água fresca regularmente e, se necessário, o veterinário pode administrar fluidos intravenosos.

Dependendo do caso, suplementos nutricionais podem ser recomendados para fortalecer o sistema imunológico do animal e ajudar na recuperação geral

“O envenenamento em animais de estimação é uma situação alarmante que requer ação rápida e consciente por parte dos tutores. Saber reconhecer os sinais precoces, agir com prontidão e seguir as orientações veterinárias são passos cruciais para aumentar as chances de recuperação do pet. Além disso, garantir uma alimentação adequada durante o tratamento é fundamental para ajudar o animal a se recuperar completamentel”, finaliza Dorie.

UNIMED RIBEIRÃO – O que acontece com o coração no inverno?

Estamos no inverno e, com as temperaturas baixas, é importante redobrar os cuidados com a saúde, pois o organismo sofre importantes variações para reagir e se proteger na época mais fria do ano.

Quando falamos em saúde durante o inverno, o que vem à mente são os cuidados para evitar doenças respiratórias, bastante comuns nessa época. Mas o inverno vai além da incidência ou agravamento dessas doenças, ele também está associado ao aumento dos casos de problemas cardiovasculares.

Pois é! Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o frio pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto em até 30%. São dados preocupantes, e vamos entender o motivo pelo qual isso acontece.

O que acontece com o coração no inverno?

Com as temperaturas mais baixas, ocorre uma reação natural do organismo para manter o corpo aquecido. Assim, com o frio, os vasos sanguíneos ficam mais estreitos para ajudar o corpo a reter calor. Porém, isso dificulta a circulação normal do sangue e aumenta o esforço do coração para bombeá-lo.

Embora seja um mecanismo natural, a vasoconstrição pode causar algumas consequências ao organismo, como dores no peito, falta de ar, coração acelerado ou até mesmo a incidência de algum problema cardiovascular. Aliás, mesmo que pequeno, o estreitamento dos vasos sanguíneos pode causar a ruptura de placas de gordura nas artérias, provocando um infarto ou um AVC.

Os problemas cardiovasculares considerados mais comuns durante o inverno são:
  • Infarto;
  • Angina – dor no peito ocasionada pela isquemia;
  • Isquemia – redução do fluxo sanguíneo no coração;
  • Arritmia – batimentos cardíacos fora de ritmo;
  • Acidente vascular cerebral (AVC) – rompimento ou entupimento de vasos sanguíneos que transportam sangue ao cérebro.

O risco maior é para as pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas ou com predisposição para desenvolvê-las, como hipertensos, diabéticos, pessoas com colesterol alto, ou ainda aquelas que já infartaram ou tiveram AVC. O cuidado vale para todos, mas esse grupo precisa de atenção redobrada nessa época do ano.

Aliás, a hipertensão também é uma grande vilã da estação, pois muitas pessoas abandonam os cuidados com a saúde, deixando a prática de atividades físicas e alimentação saudável de lado. Até mesmo o acompanhamento médico acaba ficando para depois, e isso aumenta, e muito, os riscos à saúde, principalmente à saúde cardiovascular.

Para evitar problemas cardíacos durante o inverno

O que acontece com o coração no inverno?

Não deixe para depois o check-up médico, principalmente o cardiológico.

Além disso:

  • Hidrate-se;
  • Agasalhe-se de forma adequada;
  • Esteja com a vacinação em dia;
  • Mantenha as orientações médicas;
  • Evite fumar e o consumo de álcool em excesso;
  • Siga com a prática de atividade física;
  • Mantenha uma alimentação saudável. Mesmo com o frio, evite os pratos calóricos e priorize frutas, legumes e verduras;
  • Evite situações que possam aumentar o risco de contrair infecções, como frequentar ambientes com aglomerações.

Não abandone os cuidados com a saúde durante o inverno e esteja atento aos sinais do próprio organismo. Ao sentir algo diferente, procure ajuda imediatamente. Não importa a estação do ano, cuidar-se é sempre fundamental!

Dor no canto superior da barriga e cansaço extremo podem ser sintomas de doença grave no fígado; entenda

A esteatose hepática, ou doença hepática gordurosa, é uma condição que pode ter graves consequências para a saúde. Às vezes, sintomas aparentemente pequenos perto do fígado podem sinalizar um problema mais sério. Conhecer os sinais dessa doença é essencial para garantir uma detecção precoce e prevenir complicações.

A esteatose hepática é caracterizada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado. Em seus estágios iniciais, essa condição pode não apresentar sintomas, tornando o monitoramento regular e um estilo de vida saudável fundamentais para a prevenção.

CINCO SINAIS QUE PODEM INDICAR DOENÇA GRAVE NO FÍGADO

Dor no canto superior direito da barriga;
Cansaço extremo;
Perda de peso e de apetite sem nenhum motivo aparente;
Fraqueza;
Aumento do fígado.

Esses sintomas podem ser confundidos com outras condições, por isso é crucial buscar orientação médica e realizar exames apropriados ao suspeitar de problemas no fígado.

Nos estágios mais avançados da esteato-hepatite, podem surgir sintomas adicionais como ascite (acúmulo de líquido no abdômen), encefalopatia (alterações no cérebro e confusão mental), hemorragias, queda no número de plaquetas no sangue e icterícia (amarelecimento da pele e olhos).

O tratamento inicial pode incluir mudanças no estilo de vida, como uma dieta saudável e exercícios regulares. Em casos mais graves, medicamentos, cirurgia bariátrica ou até um transplante de fígado podem ser necessários.

A prevenção da esteatose hepática é possível através de hábitos saudáveis. Evitar o excesso de álcool, manter uma dieta equilibrada, controlar o peso e praticar atividades físicas são medidas importantes. Estudos mostram que perder de 5% a 10% do peso corporal pode reverter a condição ou reduzir a fibrose hepática. Manter-se atento e proativo em relação ao peso e saúde hepática é essencial.

Febre Oropouche: Brasil registra mais de 6 mil casos; confira 8 dúvidas frequentes sobre a doença

O número de casos confirmados de febre Oropouche tem aumentado no Brasil. Apenas em 2024, o país já registrou mais de 6.600 casos, com a maioria concentrada no Amazonas e em Rondônia. Contudo, notificações também foram reportadas em todas as outras regiões do país, segundo o Ministério da Saúde, o que acende um alerta.

Assim como a dengue, a doença é causada por um arbovírus e transmitida através da picada de mosquitos infectados. No entanto, o principal vetor nesse caso é o mosquito Culicoides paraenses, popularmente conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Outras espécies, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também são capazes de disseminar a doença.

Por ser um quadro que ainda não é amplamente conhecido pela população e com sintomas semelhantes aos da dengue e da Chikungunya, sua identificação ainda causa bastante confusão.

Abaixo, a infectologista Rebecca Saad, do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, responde às principais dúvidas sobre o tema.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA FEBRE OROPOUCHE?

A doença é aguda, ou seja, aparece de repente, com sintomas que incluem febre alta, dor de cabeça forte, dores musculares, nas articulações e nas costas. A doença pode ter sinais sugestivos de meningite, que, além desses indícios, também ocasiona fotofobia, sinais de irritação meníngea, náuseas e vômitos.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

O diagnóstico envolve a detecção do material genético do vírus, através de um teste chamado PCR em tempo real. Também pode ser feito o isolamento do vírus em culturas celulares e a identificação de anticorpos específicos no sangue do paciente usando técnicas de laboratório, como o teste ELISA e a inibição da hemaglutinação.

COMO POSSO DIFERENCIAR DA DENGUE?

Os sintomas dessas duas infecções virais são muito semelhantes, portanto, a maneira mais eficaz de distingui-las é através do diagnóstico por exames laboratoriais.

QUAL O TEMPO ESTIMADO DA FEBRE OROPOUCHE NO ORGANISMO?

Os sintomas da doença, geralmente, se manifestam por cinco a sete dias, mas a recuperação total do paciente pode levar várias semanas. De modo geral, a maior parte dos pacientes se recupera em uma a duas semanas.

EXISTE TRATAMENTO?

Na verdade, o tratamento para a febre Oropouche é voltado para o alívio dos sintomas e prevenção de complicações, já que não existe uma terapia antiviral específica aprovada para combater o vírus. Em casos mais graves ou com complicações, pode ser necessário internar o paciente para um acompanhamento mais rigoroso.

A abordagem terapêutica deve ser cautelosa para evitar o uso de medicamentos que possam piorar a condição do paciente. Por exemplo, em situações em que há também suspeita de dengue, os fármacos salicilatos devem ser evitados devido ao risco de sangramento e síndrome de Reye, doença rara e grave que afeta todos os órgãos do corpo, sendo mais prejudicial ao cérebro e ao fígado.

POR QUE OS NÚMEROS DE CASOS ESTÃO AUMENTANDO NO BRASIL?

Há vários fatores, mas alguns deles são a capacidade de os mosquitos transmissores de se adaptarem a diferentes habitats, as mudanças no meio ambiente, o desmatamento e a movimentação das pessoas. Esses elementos contribuem para que o vírus se espalhe geograficamente.

JÁ EXISTE UMA VACINA CONTRA A FEBRE?

Atualmente, não há uma vacina disponível. A falta de imunidade específica em populações que nunca foram expostas ao vírus e a ausência de vacinas ou tratamentos antivirais específicos também aumentam o risco de surtos e epidemias. Isso representa um desafio para os esforços de controle e prevenção da doença.

COMO PODEMOS PREVENIR A FEBRE OROPOUCHE?

Para prevenir a transmissão desse vírus, é necessário um esforço conjunto. Isso envolve o controle dos mosquitos transmissores e a adoção de medidas de proteção individual.

Primeiramente, é crucial eliminar locais onde os mosquitos possam se reproduzir, lembrando que eles são atraídos por água parada. Além disso, o uso de inseticidas e larvicidas pode ser bastante eficaz. A instalação de barreiras físicas, como telas e mosquiteiros em casa, também é uma estratégia útil. Por fim, não podemos esquecer do uso de repelentes no dia a dia e de roupas que minimizem a exposição da pele.