Agrishow traz ferramenta de inteligência artificial inédita no Brasil

A Agrishow, um dos maiores eventos de agronegócio do país, sediado em Ribeirão Preto, receberá uma inovação tecnológica inédita no Brasil. A partir do próximo domingo, 28, a feira abrirá suas portas para apresentar ao público uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) desenvolvida pela Syngenta, empresa líder em proteção de cultivos.

A tecnologia, integrada à plataforma de agricultura digital Cropwise, já presente há cinco anos no país e abrangendo cerca de 100 milhões de hectares em todo o mundo, promete revolucionar o setor agrícola brasileiro.

De acordo com Feroz Sheikh, líder global de agricultura digital da Syngenta, a escolha do Brasil para a estreia desse produto se deve à visão da empresa de que o país é um dos líderes mundiais em termos de sustentabilidade e avanço tecnológico no agronegócio.

Com um investimento significativo de 10% do faturamento anual da Syngenta em pesquisa e desenvolvimento, que alcançou US$ 32,2 bilhões em 2023, a empresa enxerga no mercado brasileiro um potencial incomparável de crescimento e adoção de inovações.

Sheikh ressalta que os produtores brasileiros estão cada vez mais abertos a adotar novas tecnologias, o que torna o país um terreno fértil para o desenvolvimento e implementação de soluções como a ferramenta de IA apresentada pela Syngenta.

A proposta da Inteligência Artificial é possibilitar análises preditivas que impulsionem a produtividade, a sustentabilidade e a eficiência das operações agrícolas, permitindo aos agricultores tomarem decisões mais assertivas em um cenário desafiador de preços baixos de commodities e quebras de safra.

Diante desse contexto, a Syngenta reforça seu compromisso em auxiliar os agricultores a tomarem as melhores decisões, seja no momento adequado para aplicação de produtos químicos no campo, seja nas escolhas relacionadas aos preços das commodities, visando sempre a otimização da lucratividade e da sustentabilidade das lavouras.

29ª edição da Agrishow terá mudanças de acesso e novos espaços

Ampliação da estrutura e melhorias no acesso à feira foram ações anunciadas pelos organizadores da 29ª Agrishow, em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 3. Os representantes do maior evento da América Latina em tecnologia de agricultura em movimento anunciaram que esperam igualar ou superar o número de negócios gerados durante a feira em 2023, quando foi alcançada a marca de R$ 13,29 bilhões em vendas de máquinas agrícolas, de irrigação e de armazenagem.

Em uma área de aproximadamente 600 mil metros e mais de 800 marcas presentes entre nacionais e internacionais, cerca de 100 a mais em relação ao ano anterior, a feira alcançou os limites territoriais do espaço que ocupa e um público recorde de aproximadamente 200 mil pessoas. Novos investimentos em estrutura foram feitos para a nova edição, dentre eles a construção de novos sanitários e adequação dos banheiros já existentes; instalação de novos food trucks; pontos de hidratação; wi-fi free acessado pelo aplicativo da Agrishow e, principalmente, novos acessos à feira, que contribuem para melhoria do congestionamento causado durante os cinco dias de feira.

A abertura do evento também sofreu mudanças, já que o evento passa a acontecer no domingo, dia 28 de abril, reunindo expositores e autoridades. O presidente da feira, João Carlos Marchesan, falou sobre a expectativa positiva para a nova edição. “Esperamos para este ano, pelo menos o mesmo valor registrado no ano passado”, disse Marchesan, ressaltando os investimentos no evento neste ano.

Já o prefeito, Duarte Nogueira, ressaltou que a Agrishow se tornou um dos mais importantes eventos da cidade, tanto na geração de empregos, que supera a marca dos 7 mil, como na movimentação econômica, já que serão injetados no comércio e serviço local, cerca de R$300 milhões. “Durante a edição do último ano, 100% das hospedagens no segmento foram ocupadas no município. Nas cidades da região, o percentual atingiu 80%, além das hospedagens geradas por plataformas de aluguel de casas. Em relação a pousos e decolagens, o aumento foi de 307% em relação a dias normais, conforme a gestão do aeroporto Leite Lopes”.

“A Agrishow é a vitrine do Brasil que funciona, que produz alimentos e energia renovável, que são os dois binômios que o planeta persegue: alimento e energia. Nós brasileiros, agricultores e produtores, alimentamos a população brasileira, além de 800 milhões de pessoas que dependem da agricultura nacional. Por isso, a feira é do Brasil e do mundo e serve mais uma vez para compartilhamos esse salto tecnológico com o mundo”, afirma Nogueira.

Setor agrícola utiliza metade da água consumida no Brasil

Segundo dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o Brasil consome em média 2,83 milhões de litros de água a cada segundo. De acordo com o Relatório da Conjuntura de Recursos Hídricos da ANA, o setor agrícola lidera o consumo, representando 50,5% do volume total, principalmente devido à irrigação. A professora Tamara Maria Gomes, do Departamento de Engenharia de Biossistemas da USP em Pirassununga, destaca que essa prática visa complementar o regime de chuvas na produção agrícola, sendo fundamental para atender à crescente demanda global por alimentos.

Entretanto, diante do desafio de conciliar o aumento da produtividade com a disponibilidade hídrica, Tamara ressalta a importância de adotar tecnologias que promovam a eficiência, considerando fatores como solo, clima e demanda hídrica das plantas. Além disso, destaca a necessidade de qualificar a mão de obra e implementar métodos que reduzam as perdas, como a fertirrigação e sistemas que aplicam água diretamente na raiz das plantas.

Outro aspecto abordado é o reúso da água na agricultura, regulamentado por legislação específica. Na indústria sucroalcooleira, por exemplo, a vinhaça é um subproduto que pode ser reaproveitado na irrigação das plantações de cana-de-açúcar, representando aproximadamente 25% das áreas irrigadas no Brasil. Com as projeções de aumento na prática do reúso, a gestão hídrica na agricultura assume um papel crucial para garantir a sustentabilidade do setor frente aos desafios climáticos futuros.

*Com informações de Jornal da USP

Agrishow deve injetar mais de R$ 500 mi em Ribeirão Preto e região

A 29ª edição da Agrishow, considerada a principal feira de tecnologia para o agronegócio da América Latina, promete movimentar significativamente a economia de Ribeirão Preto e região entre os dias 29 de abril e 3 de maio. A estimativa é de que o evento injete aproximadamente R$ 500 milhões na economia local, abrangendo gastos dos visitantes em diversas áreas, como transporte, hospedagem, alimentação, compras, entretenimento e turismo.

Com a expectativa de receber cerca de 195 mil pessoas, a Agrishow se destaca como um evento de relevância não apenas para Ribeirão Preto, mas também para cidades vizinhas do interior de São Paulo. No ano anterior, mais de 88% do público da feira veio de fora da cidade anfitriã, demonstrando a abrangência regional do evento e o potencial de movimentação econômica.

A venda de ingressos para a feira já está em curso desde 22 de janeiro, disponível no site oficial do evento. Os ingressos estão sendo comercializados em lotes, com preços variados de acordo com a data de aquisição. Além disso, é possível adquirir antecipadamente o ticket para o estacionamento. É importante destacar que a compra antecipada é recomendada devido à limitação de ingressos por dia e à possibilidade de esgotamento. O evento ocorrerá na Rodovia Antônio Duarte Nogueira, Km 321, em Ribeirão Preto, das 8h às 18h, proporcionando aos visitantes uma ampla experiência no setor agrícola.

Brasil registra maior área queimada em 2023: 17,3 milhões de hectares

No ano de 2023, o Brasil testemunhou uma área devastadora de mais de 17,3 milhões de hectares consumidos por incêndios, revelando um aumento de 6% em comparação a 2022, quando 16,3 milhões de hectares foram impactados pelas chamas, conforme dados da plataforma Monitor do Fogo, do MapBiomas.

Essa vasta extensão queimada equivale a cerca de 2% do território nacional, superando o tamanho de estados como Acre ou Ceará. O ápice das queimadas ocorreu nos meses de setembro e outubro, totalizando 4 milhões de hectares atingidos.

O mês de dezembro de 2023 destacou-se, registrando 1,6 milhão de hectares queimados, a maior área para o mês desde 2019, início da série histórica. O MapBiomas aponta que o aumento, principalmente nas queimadas da Amazônia, está vinculado ao fenômeno climático El Niño, elevando temperaturas e tornando a região mais seca, condições propícias para a propagação do fogo.

A diretora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e coordenadora do MapBiomas, Ane Alencar, enfatiza que a redução de mais de 50% no desmatamento foi crucial para limitar a extensão afetada pelos incêndios na região. No entanto, os dados revelam que, em dezembro, a Amazônia foi o bioma mais impactado, com 1,3 milhão de hectares queimados, um aumento de 463% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em seguida, o Pantanal e o Cerrado apresentaram 102.183 e 93.939 hectares queimados, respectivamente.

No cenário estadual, o Pará liderou como a unidade federativa mais afetada em dezembro, com 658.462 hectares consumidos pelo fogo, seguido de Maranhão (338.707 hectares) e Roraima (146.340 hectares), representando um aumento de 572% na área queimada em comparação ao mesmo mês do ano anterior.

Quanto ao uso e à cobertura da terra, em 2023, as pastagens sofreram o maior impacto, correspondendo a 28% da área total queimada. As vegetações nativas de formação campestre e savânica contribuíram com 19% e 18%, respectivamente.

Safra agrícola deverá superar 318 milhões de toneladas neste ano

A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas no Brasil está prestes a alcançar números históricos em 2023, com uma previsão de fechar o ano em 318,1 milhões de toneladas, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa estimativa representa um aumento significativo de 20,9% em comparação com o ano anterior, um acréscimo de 54,9 milhões de toneladas. Além disso, a previsão atual é 1,5% maior do que a feita em agosto.

Entre os destaques para 2023, estão aumentos esperados de 26,5% na produção de soja, 12,3% no algodão herbáceo, 43,3% no sorgo, 19,6% no milho e 4,8% no trigo, em relação a 2022. A única exceção entre as principais lavouras é o arroz em casca, que deve ter uma queda de 5,1%. Esses números são impulsionados principalmente pelo aumento da produtividade devido às condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras do país, embora o Rio Grande do Sul tenha enfrentado problemas devido à falta de chuva.

A área total a ser colhida em 2023 deverá atingir 77,8 milhões de hectares, representando um aumento de 6,3% em relação a 2022, o que equivale a 4,6 milhões de hectares a mais. O pesquisador do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, destaca que a produtividade é o principal fator que impulsiona o aumento na safra deste ano, com boas condições climáticas na maioria das regiões produtoras.

Além dos cereais, leguminosas e oleaginosas, o IBGE também prevê aumentos na produção de outras culturas importantes para a economia nacional em 2023, como cana-de-açúcar (11,9%), café arábica (14,6%), mandioca (2,6%), batata-inglesa (1,4%), uva (11,8%) e tomate (1,6%). No entanto, são esperadas quedas na produção de café canephora (-7,3%) e laranja (-7,2%), enquanto a produção de banana deve se manter estável em relação ao ano anterior.

Essas projeções refletem a relevância do setor agrícola brasileiro e sua contribuição para a economia do país, destacando a importância de condições climáticas favoráveis e práticas sustentáveis de produção para garantir a segurança alimentar e o crescimento do setor.

Edição: Maria Claudia/Agência Brasil

Crea-SP fiscaliza empresas de agronomia na região de Ribeirão Preto

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) está realizando uma força-tarefa de fiscalização na região de Ribeirão Preto até o dia 22 de setembro. A iniciativa tem caráter orientativo e preventivo, com o objetivo de garantir que profissionais qualificados estejam à frente das atividades supervisionadas pelo Conselho, garantindo a segurança da população. A ação envolve 15 agentes do Crea-SP, que realizarão 400 diligências em 17 cidades, verificando o exercício profissional em empresas do agronegócio, agroindústria, e produtores rurais, bem como a aplicação de defensivos agrícolas e o uso de drones na pulverização. O Crea-SP já realizou 290 mil ações de fiscalização no primeiro semestre deste ano e planeja atingir a marca de 600 mil operações em 2023.

A região de Ribeirão Preto, com sua expressiva participação no agronegócio, concentra diversas propriedades rurais e empresas do setor, tornando a fiscalização essencial para assegurar a conformidade das atividades com as normas e regulamentos. O Crea-SP tem buscado expandir suas ações de fiscalização e utilizar tecnologias para apoiar o trabalho dos agentes fiscais, aumentando significativamente o número de operações nos últimos anos.

Além disso, o Conselho oferece canais para o registro de denúncias e reclamações, contribuindo para a supervisão e segurança das atividades profissionais na área de engenharia e agronomia. Acesse o site para dúvidas.

Desmatamento imparável; terras privadas têm 62% do Cerrado nativo 

De acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), 62% do Cerrado nativo no Brasil estão em propriedades privadas, levantando preocupações entre ambientalistas devido ao fato de o Código Florestal permitir que até 80% do Cerrado seja desmatado nessas terras. Dados do MapBiomas revelam que 85% do desmatamento ocorrido no Cerrado entre 1985 e 2022 ocorreu em terras privadas, e, atualmente, estima-se que o bioma tenha apenas 48% da sua vegetação nativa original. 

O avanço do agronegócio em estados como Tocantins, Bahia, Maranhão e Piauí indicam que o desmatamento no Cerrado deve continuar elevado, com aumentos significativos nas áreas de pecuária e agricultura. Com apenas 12% do Cerrado nativo em unidades de conservação e terras indígenas, há preocupações de que os proprietários privados possam comprometer a maior parte do bioma restante.

A diretora de Ciência do Ipam e coordenadora do MapBiomas Cerrado, Ane Alencar, destacou que é preocupante que a vegetação nativa do bioma esteja tão concentrada em terras privadas devido ao baixo nível de proteção legal do Cerrado.  

“Entretanto, o mercado tem sido cada vez mais cobrado por uma produção livre de desmatamento e com menor impacto ambiental. Essa cobrança pode ser aliada importante para reduzir a pressão sobre os remanescentes (de Cerrado Nativo) dentro de imóveis rurais”, ponderou.  

Para a especialista, o papel do Poder Público é o de fiscalizar o cumprimento das regras, além de melhorar os procedimentos para autorização do desmatamento, seja federal, estadual ou municipal, “aumentando a transparência e governança sobre essas autorizações e evitando que pessoas acabem desmatando de qualquer jeito”

O diretor executivo do Instituto Cerrados, Yuri Salmona, ressaltou a importância de mudanças na legislação para proteger o Cerrado não apenas em termos ambientais, mas também para a economia e a qualidade de vida no Brasil, dado que o bioma é a fonte de oito das principais bacias hidrográficas do país. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, recentemente defendeu o conceito de “desmatamento zero” no Cerrado, especialmente diante da taxa de desmatamento cinco vezes mais rápida do que a Amazônia, de acordo com um estudo da Universidade de Brasília (UnB).

Informações: Graça Adjuto/Agência Brasil

Ensino superior focado no agronegócio será lançado em Ribeirão Preto

Em solenidade realizada no Dabi Business Park, no bairro Lagoinha, na zona Leste, a prefeitura de Ribeirão Preto esteve representada na quarta-feira, dia 13 de setembro, no lançamento no município da Harven Agribusiness School, uma instituição de ensino superior com foco no agronegócio que funcionará a partir de 2024.

Além da presença do prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, o evento reuniu personalidades do agronegócio como o empresário Maurílio Biagi; Chaim Zaher, presidente do grupo SEB (Sistema Educacional Brasileiro); Marcos Fava Neves, curador da instituição de ensino; e do CEO da Harven, Roberto Fava Scare.

 “Estamos extremamente felizes, pois a Harven vai movimentar a economia da nossa cidade de Ribeirão Preto. Vamos trazer para cá pessoas do mundo inteiro interessadas em pensar em soluções inovadoras para as mais diversas questões que envolvem o agronegócio. Nosso objetivo é formar lideranças globais e fortalecer o agro no Brasil”, destaca Fava.

Ao fazer o uso da palavra, o prefeito cumprimentou os diversos profissionais presentes no lançamento da instituição pelo Dia Internacional do Agrônomo, celebrado em 13 de setembro. “Não só como prefeito, mas como engenheiro agrônomo tive a grata alegria de ter a notícia dessa ideia de constituir a Harven Agribusiness School em nosso município. Quero parabenizar esse início de atividades de admissão, seleção dos alunos e escolha dos docentes. Para Ribeirão Preto isso é fabuloso.”

Ainda, o chefe do Executivo destacou a importância de ter ações virtuosas a favor da cidade: “são cursos de gabaritos de altíssimo nível internacional para projetar ainda mais a nossa cidade; fortalecer a produção e a produtividade do agronegócio nacional”, finalizou Nogueira.

O evento da Harven também recebeu um convidado especial, AidanConnolly, presidente do IFA-MA (InternationalFoodand Agribusiness Ma-nagement Association). Na ocasião, ele fez uma palestra sobre os desafios e as tendências da agricultura moderna.

Foto: Alberto Gonzaga

A nova instituição de ensino superior

Projeto iniciado pela consultoria Markestrat em parceria com o Grupo SEB, a Harven tem o objetivo de formar agrolíderes capazes de atuar nos mais variados campos do setor. A faculdade vai trabalhar com uma visão integrada e global acerca do agronegócio, com metodologias que desenvolvam nos estudantes a capacidade de tomada de decisões. Para isso, vai oferecer três cursos de graduação com foco total no agronegócio: Direito, Administração de Empresas e Engenharia de Produção. A instituição contará com coordenadores e professores com vasta experiência no setor e vai realizar parcerias com grandes empresas e fazendas, onde os alunos poderão colocar em prática toda a teoria que aprenderem em sala de aula.

A Harven também vai oferecer programa de pós-graduação.  A metodologia moderna, o ensino aplicado e a cultura global de negócios vão posicionar os estudantes da faculdade na dianteira do agronegócio brasileiro e mundial. Somados todos os cursos da Harven, a expectativa é atingir 3.500 alunos nos cinco primeiros anos da instituição. 

Exportações do agro em SP crescem 5,4% e atingem US$ 15 bi em julho de 2023

O agronegócio no Estado de São Paulo registrou, nos sete primeiros meses de 2023, um aumento de 5,4% nas exportações em comparação a igual período do ano anterior, alcançando US$ 15,15 bilhões. Já as importações subiram 2,7%, o equivalente a US$ 3 bilhões. Com isso, o saldo da balança comercial paulista do setor foi positivo em US$ 12,15 bilhões, 6% superior a 2022.

A participação das exportações do agronegócio no total do Estado é de 38,6%, enquanto o desempenho das importações setoriais é de 7,1%. Para todos os setores da economia do comércio exterior paulista, as exportações totais somaram US$ 39,27 bilhões (20,2% de participação do total nacional), e as importações, US$ 42,23 bilhões (30%), no acumulado de janeiro a julho de 2023.

Em relação ao mesmo período de 2022, houve aumento nas exportações de 1,9% e queda nas importações (7,3%). Esses números foram revelados pelos pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Para o agronegócio, as exportações setoriais de São Paulo, entre os meses de janeiro a julho de 2023, representaram 15,6% em relação ao agronegócio brasileiro, alta de 0,2 p.p. ante ao mesmo período de 2022; já as importações tiveram aumento (0,5 p.p.), passando de 30,4% para 30,9%.

A participação de São Paulo no agronegócio nacional nos sete meses de 2023 se destacou nos seguintes grupos de produtos, cujos a valores ultrapassam 50% do total nacional: sucos (83,4%), produtos alimentícios diversos (74,6%), plantas vivas e produtos de floricultura (66,4%), demais produtos de origem vegetal (64,3%) e complexo sucroalcooleiro (63,5%).

Exportações

O grupo sucroalcooleiro é o que apresenta a maior participação (32%) nas exportações do agro paulista, subindo 24,6% em valores e 4,5% em volumes negociados. Já o complexo soja vem em segundo lugar, com crescimento nos embarques (7,6%) e queda em valores (-3,9%), comparados ao mesmo período de 2022. A China (68,1%) é o principal destino, seguida de Tailândia (5,8%), Irã (5%) e Indonésia e Argentina (3,6%, cada um); os demais importadores somam 13,9%.

Importações

Os principais produtos da pauta de importação do agronegócio paulista no acumulado de janeiro a julho de 2023 foram: papel (US$ 227,91 milhões), salmões (US$ 225,37 milhões) e trigo (US$ 203,48 milhões). Os dez principais produtos representam 44,5% (US$ 1,34 bilhão) do total importado (US$ 3 bilhões).