Reforço da vacina bivalente acaba em dois dias em Ribeirão Preto

Dois dias após o início da campanha de reforço da vacina Pfizer bivalente contra a Covid-19 em Ribeirão Preto, os moradores enfrentaram dificuldades ao buscar as doses nas 37 salas de vacinas disponíveis. A Secretaria Municipal de Saúde anunciou que o estoque da vacina já se esgotou na cidade, deixando a população-alvo sem a proteção extra.

A pasta explicou em nota à imprensa que, em resposta à nova etapa de vacinação anunciada pelo Ministério da Saúde, disponibilizou todo o estoque disponível para a população-alvo, composta por pessoas com 60 anos ou mais e indivíduos com mais de 12 anos que tenham imunossupressão. Apesar da falta do imunizante, a Secretaria informou que solicitou novas doses ao Governo do Estado de São Paulo, prevendo a chegada e distribuição imediata nas unidades municipais até quinta-feira (14).

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou o envio de 14.722 doses da vacina Bivalente contra a Covid-19 para Ribeirão Preto até quarta-feira (14), e um novo lote foi solicitado para atender à demanda do município, com previsão de entrega até sexta-feira (15). A cidade aguarda a reposição do estoque para retomar a campanha de reforço e garantir a imunização da população.

Brasil completa um ano de aplicação do Kit Diagnóstico de Malária

O Brasil celebra o primeiro ano de aplicação do NAT Plus, o pioneiro kit diagnóstico do mundo capaz de detectar malária. Desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz), em parceria com a Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, o kit tem sido instrumental na promoção da segurança nas transfusões de sangue no país.

O NAT Plus, utilizado nos hemocentros da rede pública brasileira desde novembro do ano passado, foi projetado para evitar a transmissão da malária por meio de transfusões sanguíneas. Marcus Lacerda, especialista em Saúde Pública do Instituto Leônidas e Maria Deane da Fiocruz Amazônia, destaca a importância do kit em regiões endêmicas, como a Amazônia, onde as pessoas podem ser portadoras do parasito da malária sem apresentar sintomas.

O kit não apenas detecta a malária, mas também realiza testes para identificar HIV, hepatites B e C. Patrícia Alvarez, especialista científica em Diagnóstico Molecular de Bio-Manguinhos, ressalta que o NAT Plus permitiu a identificação de bolsas de sangue contaminadas mesmo fora das áreas endêmicas, proporcionando maior segurança nas transfusões.

Até o momento, o kit identificou 22 bolsas de sangue contaminadas com malária em diversas regiões do Brasil, contribuindo significativamente para a prevenção da chamada “malária transfusional”. Além disso, o NAT Plus trouxe avanços na redução do período de impedimento à doação de sangue para pessoas que estiveram em áreas endêmicas, passando de 12 meses para apenas 1 mês, resultando em aumento nas doações.

O uso do kit também se estende à doação de órgãos, sendo indicado para avaliar se o doador possui alguma infecção que possa comprometer o transplante. Essa ampliação do uso do NAT Plus visa aprimorar a segurança em transplantes, reduzindo a chance de transmissão de infecções como HIV e hepatites.

O NAT Plus, que já realizou testes em mais de 500 mil bolsas de sangue, representa um avanço tecnológico ao oferecer maior automação nos testes. A detecção precoce da malária por meio desse kit é crucial para os esforços de eliminação da doença até 2035, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde. Além disso, o kit pode se tornar uma ferramenta de monitoramento da malária em todo o país, indicando a possível eliminação da doença em determinadas localidades.

Para celebrar o primeiro ano de aplicação do NAT Plus, a Bio-Manguinhos realiza a 11ª edição da Oficina Técnica Nacional NAT Brasileiro, onde representantes dos hemocentros brasileiros compartilham experiências e discutem as melhores práticas na utilização do kit para a detecção de patógenos na rede brasileira de transfusões. O evento ocorre até quinta-feira (30), destacando a importância contínua do kit no avanço da segurança nas transfusões e no controle da malária no Brasil.

*Com informações da Agência Brasil

Síndrome de Burnout; Confira o que é e como surge

A saúde mental tem se tornado um tópico cada vez mais importante, principalmente em um cenário de trabalho que demanda um desempenho máximo. O Setembro Amarelo surgiu como um lembrete crucial para cuidarmos da saúde mental dos trabalhadores. Uma pesquisa conduzida pela USP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) em 2021 revela que um em cada quatro brasileiros enfrenta a Síndrome de Burnout, uma condição relacionada ao esgotamento profissional. Esse dado alarmante coloca o Brasil como o segundo país mais afetado por essa síndrome, ficando atrás apenas do Japão, de acordo com o relatório da International Stress Management Association (Isma-BR).

O Burnout, como explica Sideli Biazzi, professora do curso de Psicologia do UNASP, surge a partir do estresse, uma reação do corpo a situações que podem provocar irritação, medo, excitação, confusão ou até felicidade intensa. Os agentes estressores, que desencadeiam essa reação, podem ser fatores externos ou internos, levando a níveis variados de estresse, com o Burnout representando uma das reações crônicas ou extremas.

Caracterizada por sentimentos de exaustão emocional, desapego ao trabalho e falta de realização pessoal, a Síndrome de Burnout pode resultar em sintomas físicos, como dores corporais. É uma condição que afeta tanto o desempenho no trabalho quanto a vida pessoal, aumentando a vulnerabilidade à depressão e até ao suicídio.

Os principais métodos de prevenção incluem autocuidado, reestruturação cognitiva e a criação de ambientes de trabalho saudáveis. É fundamental prestar atenção ao próprio corpo e buscar ajuda especializada se necessário, lembrando que a saúde deve ser prioridade, pois o excesso de trabalho pode ser prejudicial.