A nova lei regula o uso de celulares nas escolas, permitindo seu uso apenas para atividades pedagógicas ou em situações excepcionais.
A partir desta segunda-feira (27) até a primeira semana de fevereiro, a maioria das escolas no Brasil, tanto públicas quanto particulares, inicia o ano letivo de 2025. Com isso, entra em vigor uma nova regra que proíbe o uso de celulares em sala de aula, inclusive durante os intervalos. Essa medida, sancionada pelo presidente Lula em 15 de janeiro, abrange todas as etapas da educação básica, incluindo educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.
A nova lei determina que os celulares não podem ser utilizados durante as aulas, recreios, intervalos e atividades extracurriculares. Algumas escolas e redes de ensino já haviam adotado essa limitação em 2024, mas agora a medida se torna obrigatória em todo o país. A proibição visa minimizar as distrações causadas pelos aparelhos e promover um ambiente mais focado para o aprendizado.
Existem algumas exceções à regra. Os estudantes ainda poderão portar os celulares, mas o uso só será permitido em situações específicas, como emergências, necessidades de saúde ou para fins pedagógicos, conforme a orientação dos professores. A utilização também será permitida para garantir a inclusão de estudantes com deficiência ou atender a necessidades relacionadas à saúde e aos direitos fundamentais.
A justificativa para a medida vem de estudos como os do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), que apontam os impactos negativos do uso excessivo de celulares na educação. Alunos que passam mais de cinco horas diárias conectados têm um desempenho significativamente inferior, especialmente em matemática. Além disso, o uso constante das redes sociais tem sido associado a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, entre os jovens.
A aplicação da nova lei ainda depende de regulamentação, que deverá ser feita pelo Ministério da Educação. O ministro Camilo Santana informou que as orientações para a implementação da norma serão definidas em janeiro e que um prazo para adaptação será estabelecido. A fiscalização e o armazenamento dos celulares nas escolas dependerão das decisões locais, com cada instituição podendo definir como gerenciar os aparelhos dos alunos.