Bolsonaro pode ser preso? Entenda sobre;

Jair Bolsonaro e seus colaboradores foram formalmente acusados no inquérito que investiga a alegada tentativa de um golpe de Estado no Brasil, ocorrido após sua derrota nas eleições de 2022.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros envolvidos em um inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022.

De acordo com a PGR, Bolsonaro foi apontado como o líder de uma organização criminosa que teria cometido atos prejudiciais à democracia. A acusação também destaca que o objetivo do grupo era estabelecer um “projeto autoritário de poder”, enraizado na estrutura do Estado e com forte influência militar. A organização era hierarquizada, com responsabilidades claramente divididas entre seus membros, segundo a denúncia.

O avanço do processo, com a formalização da acusação à Justiça, levanta discussões sobre a possibilidade de prisão dos envolvidos.

Em casos normais, a prisão ocorre após uma condenação definitiva, quando não há mais recursos possíveis.

No entanto, durante o andamento de um processo criminal, desde o inquérito até a sentença final, a prisão pode ser determinada para assegurar que a investigação ou o julgamento prossigam adequadamente.

Contudo, tal decisão deve ser tomada por um juiz e é aplicada apenas quando há risco de interferência nas apurações ou no andamento do processo.

PF: “Bolsonaro planejou, executou e teve domínio do plano para o golpe”

O g1 detalha o estágio atual das investigações e explica em que situações os investigados podem ser presos.

Qual o estágio das investigações contra Bolsonaro e seus aliados?

A PGR denunciou Bolsonaro e seus aliados ao Supremo Tribunal Federal (STF). Esta denúncia é uma acusação formal de crimes, e agora será o STF quem irá avaliar o caso. Caso a denúncia seja aceita, ela marca o início de uma ação penal, onde os investigados se tornam réus. A partir desse momento, o processo passa por etapas como defesa, coleta de provas e depoimentos.

Ao final do processo, os ministros do STF decidirão se os réus serão absolvidos ou condenados. Se absolvidos, o caso será arquivado e as acusações descartadas. Em caso de condenação, a pena será estabelecida, podendo envolver prisão, multa ou restrição de direitos. Ou seja, ainda há várias etapas a serem cumpridas até uma decisão final sobre o caso de Bolsonaro e seus aliados.

E enquanto o processo ainda está em andamento, os investigados podem ser presos?

Durante as investigações e o eventual processo judicial, os investigados, em regra, podem responder em liberdade. Contudo, existem situações que podem levar à prisão provisória, como a prisão preventiva.

A prisão preventiva é uma medida extrema, tomada pela Justiça para garantir o andamento da investigação ou do processo sem interferências externas. Ela pode ser decretada para preservar a ordem pública, assegurar a instrução criminal ou evitar que o investigado cause prejuízos ao processo, como obstruir investigações ou intimidar testemunhas.

Esta medida pode ser decretada em qualquer fase do procedimento, até mesmo antes da sentença final, caso haja risco para a continuidade da investigação ou do julgamento.

Portanto, para que alguém seja preso durante o andamento do processo, é necessário que essa pessoa atrapalhe o curso do processo, de maneira que sua liberdade traga danos ao andamento do caso.

A PF indiciou mais 3 pessoas no inquérito do golpe de Estado; total de indiciados sobe para 40.

O que pode acontecer enquanto o caso ainda não tem uma decisão definitiva?

Mesmo sem uma prisão, a Justiça pode tomar outras medidas, como as chamadas medidas cautelares. Elas são restrições temporárias de direitos aplicadas para proteger o processo ou evitar a prática de novos crimes relacionados ao caso.

Essas medidas podem ser isoladas ou combinadas, e incluem, por exemplo:

  • Comparecimento periódico à Justiça;
  • Proibição de acesso a determinados lugares ou contato com outros investigados;
  • Proibição de sair da cidade de residência;
  • Recolhimento domiciliar noturno;
  • Afastamento de função pública;
  • Monitoramento eletrônico com tornozeleira.

Por exemplo, Bolsonaro já foi alvo de apreensão de passaporte e de proibição de contato com outros investigados durante as investigações.

Essas providências devem ser solicitadas pelo Ministério Público, caso se verifique que a liberdade do investigado pode prejudicar o processo.

O que ocorre quando o processo chega ao fim e a condenação é definitiva?

Se o STF aceitar a denúncia, o processo seguirá até uma decisão final. Caso o grupo seja absolvido, o caso será arquivado e as acusações deixadas de lado. Se a condenação for confirmada, a pena será definida, e, após o esgotamento de recursos, o caso seguirá para a execução da pena, que poderá ser a prisão determinada pela sentença.

As condições de cumprimento da pena serão decididas pelo STF, levando em consideração a duração da pena imposta a cada réu.

Moraes recusa pedido de Bolsonaro para ir à posse de Trump

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (16) o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para recuperar seu passaporte e viajar aos Estados Unidos para a posse do presidente eleito Donald Trump, marcada para 20 de janeiro. Esta foi a quarta vez que o STF rejeitou a devolução do passaporte de Bolsonaro, retido em fevereiro de 2024 pela Polícia Federal, como parte das investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.

Em sua decisão, Moraes destacou que Bolsonaro não apresentou um convite formal para a cerimônia de posse de Trump, o que era um requisito estabelecido pela Justiça, e acrescentou que, desde a apreensão do passaporte, não houve mudança nos motivos que levaram à medida. O ministro argumentou que o cenário que justificou a proibição da saída do país permanece inalterado.

Moraes também menciona que, logo após seu indiciamento, Bolsonaro sugeriu, em uma entrevista a um jornal, a possibilidade de fugir e solicitar asilo político em outro país, com o intuito de evitar uma possível responsabilização no Brasil.

O ministro acrescenta que esse tipo de tentativa foi respaldado por um dos filhos de Bolsonaro.

“O apoio à ilícita evasão do território nacional de réus condenados definitivamente pelo plenário do STF em casos conexos à presente investigação, e a defesa da permanência clandestina no exterior, em especial na Argentina, para evitar a aplicação da lei e das decisões judiciais transitadas em julgado, estão, constantemente, sendo corroborados pelo deputado Eduardo Bolsonaro, que, segundo a própria defesa, teria intermediado os convites para a viagem requerida pelo indiciado Jair Messias Bolsonaro para os EUA”, diz a decisão.

Os advogados de Bolsonaro haviam solicitado ao STF que permitissem a viagem entre 17 e 22 de janeiro para que o ex-presidente participasse da posse de Trump, alegando que o evento era de grande importância política e simbólica para as relações bilaterais entre Brasil e EUA. No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou contra a liberação, afirmando que não havia interesse público na viagem que justificasse a retirada da restrição.

Gonet também enfatizou que a viagem de Bolsonaro não atendia a uma necessidade urgente ou vital que pudesse superar o interesse público em garantir que ele permanecesse no Brasil, especialmente considerando os riscos de evasão apontados pelas investigações em andamento.

Cafú marcará presença na Agrishow 2024 em Ribeirão Preto

O ex-jogador de futebol Cafú está confirmado para marcar presença na 29ª edição da Agrishow, que começa hoje, 29, em Ribeirão Preto. O atleta, campeão do mundo pela seleção brasileira, é uma das personalidades que prestigiarão a feira agrícola.

Cafú participará da feira nesta segunda-feira, 29, realizando uma ativação em um estande de uma empresa líder em equipamentos para manutenção de áreas verdes. Além do ex-lateral direito, políticos e outras personalidades também estarão presentes no evento, que é considerado o maior do setor agrícola no Brasil e um dos principais do mundo.

Entre os convidados está o ex-presidente Jair Bolsonaro, cuja presença está confirmada para o primeiro dia da feira. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, também é aguardado para a cerimônia de abertura, que acontecerá no domingo, dia 28, em um evento que promete ser marcante.

Passaporte de Bolsonaro é entregue às autoridades

A Polícia Federal agora tem em sua posse o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro, um dos indivíduos visados pela Operação Tempus Veritatis, que foi iniciada nesta quinta-feira, 8, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

De acordo com o advogado de defesa do ex-presidente, Fábio Wajngarten, a entrega foi feita pouco antes do meio-dia, conforme exigido pelas autoridades. Em uma postagem em uma rede social, o advogado confirmou que o documento foi entregue dentro do prazo estipulado.

Além de Bolsonaro, ministros e militares que faziam parte de seu governo estão sob investigação, suspeitos de envolvimento na tentativa de golpe que ocorreu em 8 de janeiro de 2022. Entre os investigados estão ex-chefes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e ex-ministros do governo. A operação foi desencadeada após o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fechar um acordo de delação premiada com a PF. O acordo foi homologado pelo STF.

*Com informações de Agência Brasil

Carlos Bolsonaro é alvo da PF em operação sobre uso irregular da Abin

Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, está entre os alvos da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada nesta segunda-feira, 29. A Câmara Municipal do Rio de Janeiro informou que policiais federais estiveram no gabinete do vereador para cumprir mandado judicial de busca e apreensão.

“A diligência ocorreu das 7h às 9h, e foi acompanhada pela [equipe de] segurança da Casa e um assessor do parlamentar”, informou nota da assessoria do órgão.

Segundo informações da Polícia Federal, Carlos Bolsonaro é “a principal pessoa da família que recebia informações da Abin paralela”. As investigações indicam ainda que teria partido dele a ideia de criar esse grupo paralelo, para usar a estrutura da Agência Brasileira de Informação no monitoramento ilegal de autoridades públicas e outras pessoas.

Mais cedo, ao anunciar que a operação de hoje pretende identificar os “principais destinatários e beneficiários” de informações produzidas ilegalmente pela Abin, a PF informou que cumpre oito mandados de busca e apreensão. Cinco deles no Rio de Janeiro e os demais em Brasília, Formosa (GO) e Salvador (BA).

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão contra Carlos Bolsonaro, foram encontrados equipamentos que seriam de propriedade da Abin. Diante disso, a coordenação de comunicação social da agência informou à Agência Brasil que “iniciou imediatamente apuração sobre o caso”.

*Com informações de Agência Brasil