Ministro Alexandre Moraes vota a favor da descriminalização do porte de maconha

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou hoje (2) a favor da descriminalização do porte de maconha para consumo pessoal. 

Pelo voto do ministro, deve ser considerado usuário quem portar entre 25 a 60 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas de cannabis. Além disso, a Justiça também poderá avaliar as circunstâncias de cada caso para verificar eventual situação que possa configurar tráfico de drogas. 

O julgamento sobre o porte de drogas foi retomado nesta tarde com o voto do ministro, que, em 2015, pediu vista (mais tempo para analisar o caso) e suspendeu o julgamento.  A sessão continua para a tomada dos votos dos demais ministros. 

O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.

A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvos de inquérito policial e processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas. 

Moraes avaliou que a lei aumentou o número de presos por tráfico de drogas e gerou “um exército para as facções criminosas”. O ministro informou que dados oficiais mostram que 25% dos presos no Brasil (201 mil) respondem por tráfico de drogas.

“Isso gerou o fortalecimento das facções no Brasil. A aplicação da lei gerou aumento do poder das facções no Brasil. Aquele que antes era tipificado como usuário, quando despenalizou, o sistema de persecução penal não concordou com a lei e acabou transformando os usuários em pequenos traficantes. O pequeno traficante, com a nova lei, tinha uma pena alta e foi para sistema penitenciário. Jovem, primário, sem oferecer periculosidade à sociedade, foi capturado pelas organizações criminosas”, comentou.

O ministro também defendeu a definição de limites de quantidade de drogas para diferenciar usuários e traficantes. 

“Hoje, o tráfico de drogas em regiões abastadas das grandes cidades do país é feito por delivery. Há aplicativos que a pessoa chama e, assim como o IFood leva comida, leva a droga”, completou.

Além da quantidade, Moraes também disse que devem ser levadas em conta as circunstâncias das apreensões para não permitir discriminação entre classes sociais. 

“Quanto mais velho e mais instrução, mais difícil ser caracterizado como traficante”, afirmou.

Votos

Nas sessões anteriores , os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Gilmar Mendes se manifestaram a favor da descriminalização da posse de drogas, mas em extensões diferentes.

Mendes descriminaliza o porte para todas as drogas e transforma as sanções penais em administrativas. Fachin entende que a descriminalização vale somente para maconha. Barroso também estende a descriminalização somente para maconha e fixa a quantidade de 25 gramas ou seis plantas fêmeas de cannabis.

Caso julgado 

No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime.  O acusado foi detido com três gramas de maconha.

Para os advogados, o crime de porte de drogas para uso pessoal é inconstitucional por ofender o princípio constitucional da intimidade e da vida privada.  A defesa sustentou que o uso pessoal não afronta a saúde pública. 

Após o voto de Moraes, o julgamento foi suspenso a pedido do relator do caso, ministro Gilmar Mendes. O relator disse que pretende aprofundar voto já proferido e prometeu devolver o processo para julgamento na próxima semana. 

Até o momento, o placar do julgamento é de 4 votos a 0 pela descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal. Ainda não há consenso se a liberação será somente para maconha ou também para outras drogas. 

Edição: Maria Claudia

Por André Richter – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Foto Walter Campanato/ Ag Brasil

Conselho do Comercial é convocado para aclamação de novo presidente.

O presidente do Conselho Deliberativo do Comercial Fabio Hersi, emitiu um comunicado convocando os conselheiros para reunião extraordinária que acontecerá no próximo sábado(5), às 9h.

Na pauta da reunião a leitura da ata anterior, eleição da diretoria executiva e assuntos gerais. O fato mais importante deste encontro de conselheiros será sem dúvida a eleição por aclamação da diretoria que terá o comando do Dr Fausi Henrique, advogado renomado na cidade.

Fausi, será aclamado presidente do Leão porque sua chapa foi a única inscrita para o pleito. Durante a gestão Ademir Chiari ele já havia assumido o cargo como vice-presidente na ausência do atual presidente que precisou se afastar por motivos de problemas com a saúde.

A chapa única é formada por Adriano Soares, Pedro Antonio Palocci, Dorival Luiz Balbino De Souza, Mauricio Romano e William de Oliveira.

Além de uma diretoria com nomes importantes, o novo presidente deverá contar com apoio de alguns empresários da cidade.

Assim que eleito o novo mandatário já iniciará planejamento para 2024, já que dificilmente o Comercial terá êxito na atual Copa Paulista.  

Por ter sido um vice-presidente atuante do alvi-negro durante a gestão de Chiari, Fausi Henrique assumi o comando do clube sabendo de todos os problemas existentes no Leão Do Norte.

Comunicado do Conselho Deliberativo ainda convoca a imprensa para a eleição e informa que também haverá em seguida uma confraternização.

Conmebol divulga calendário dos primeiros jogos das eliminatórias

A Conmebol anunciou nesta quarta-feira (02) as datas e os horários das duas primeiras rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo 2026. A Seleção Brasileira vai estrear contra a Bolívia, no dia 8 de setembro, às 21h45. O jogo será no Estádio Mangueirão, em Belém. A segunda partida do time nacional será contra o Peru no dia 12, às 23h00 (horário de Brasília) em Lima, no Peru.

O técnico da Seleção Brasileira Masculino, Fernando Diniz, vai anunciar, no dia 18 de agosto, os jogadores convocados para as duas primeiras partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2026. 

Créditos: Rodrigo Ferreira/CBF

Rede de transporte passa a ter nova denominação em Ribeirão

A rede do transporte coletivo de Ribeirão Preto passou, a partir desta semana, a ter uma nova denominação. Agora, o nome “Ritmo Ribeirão” foi substituído pela expressão “Ribeirão Mobilidade”. Essa alteração integra a nova fase de investimentos na rede de ônibus urbanos operada pelo consórcio PróUrbano, sob gerenciamento da RP Mobi e gestão contratual da prefeitura de Ribeirão Preto.  

Os 12 novos veículos da frota de ônibus urbano apresentados, no começo desta semana, já contam com a logomarca da rede atualizada nas cores verde, laranja e azul como predominante, além de detalhes em branco em referência as linhas de ônibus que ligam locais distintos da cidade.

Diante dessa modificação, o portal de informações aos usuários do transporte coletivo mudou de endereço, sendo agora o: www.rpmobilidade.com.br. A página eletrônica adotou a nova marca em seu layout e manteve a estrutura de conteúdo já utilizada anteriormente.

Os canais oficiais do “Ribeirão Mobilidade” nas redes sociais Instagram e Facebook também já estão em funcionamento com a nova marca (facebook.com/rpmobilidade e instagram.com/rpmobilidade).

Todos os ônibus da nova frota contarão com as novas denominações dos canais oficiais da rede para informações sobre o funcionamento do transporte coletivo urbano do município.

O contato telefônico oficial de atendimento aos usuários do serviço dos ônibus urbanos de Ribeirão Preto permanecerá o mesmo já utilizado na cidade, sendo o número 0800 77 10 118.

MATHEUS ALBINO DESTACA EVOLUÇÃO DO SISTEMA DEFENSIVO E ENALTECE UNIÃO DO ELENCO BOTAFOGUENSE

O goleiro Matheus Albino concedeu entrevista nesta quarta-feira (2) e destacou a evolução do sistema defensivo botafoguense.

O crescimento citado pelo goleiro do Tricolor é comprovado nos números. Das últimas sete partidas, a equipe não foi vazada em quatro.

“Vejo que o nosso sistema defensivo vem melhorando. A nossa defesa está mais sólida, o que é importante para a sequência da Série B do Campeonato Brasileiro”, disse Matheus Albino.

“Retornei como titular após a contusão do Victor Souza e consegui manter um bom nível de atuação. Estava preparado mentalmente e treinando forte para entrar e ajudar o Botafogo na competição”, acrescentou.

Na entrevista, o camisa 1 citou também a união do elenco. “O nosso grupo é muito unido fora de campo e levamos essa união para dentro das quatro linhas”, afirmou o goleiro, que analisou de forma positiva o ponto conquistado pelo Pantera no empate diante do Sampaio Corrêa por 0 a 0, na terça-feira (1º), em São Luís, pela 21ª rodada da competição.

“Sempre entramos em campo com o objetivo de conquistar a vitória, mas não conseguimos diante do Sampaio Corrêa. Na minha opinião, temos que valorizar esse ponto conquistado e que nos ajudará muito lá na frente”, afirmou.

O Botafogo volta a campo agora no sábado (5), quando enfrenta o CRB, às 17h, no Estádio Rei Pelé, em Maceió.

Neste jogo, o treinador Marcelo Chamusca não contará com os zagueiros Lucas Dias e Marcio e o volante Tárik, suspensos. Assim, os zagueiros Ericson e Luís Felipe viajam para Maceió nesta quinta-feira para integrar o elenco.

“Tenho a convicção de que os jogadores estão bem preparados e vão ajudar muito a nossa equipe”, completou Matheus Albino.

93% dos empresários do setor de bares e restaurantes empregam pessoas sem experiência

A falta de experiência costuma ser um grande desafio para quem deseja entrar no mercado de trabalho, uma vez que a preferência de considerável parte dos gestores é por profissionais que já tenham alguma habilidade prévia.

Porém, o setor de bares e restaurantes não surge apenas como porta de entrada para o primeiro emprego, como também oferece oportunidade de crescimento dentro do negócio. Uma pesquisa realizada pela Abrasel com 2.615 empresários, indicou que 93% contrata pessoas sem experiência e 74% das empresas têm políticas de ascensão profissional.


“O que temos observado aqui na empresa, é que tem se desenhado um cenário diferente de mão de obra. Profissionais que trabalharam por anos na área de bares e restaurantes, com a chegada da pandemia, ou voltaram para suas cidades de origem ou escolheram seguir outras carreiras. Então está entrando no mercado uma geração muito mais jovem, com uma mentalidade diferente”, afirma Lídia Sousa, gerente de recursos humanos do restaurante Tata Sushi.

A pesquisa da Abrasel ainda retrata o cenário de contratações para o segundo semestre de 2023: 38% dos empresários pretendem reforçar a mão de obra até dezembro.

Os números evidenciam a tendência de aumento no número de vagas ocupadas no setor de alimentação fora do lar, da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios): o setor registrou um aumento de 1,2% no número de empregos em um período de 12 meses, enquanto o crescimento geral foi de 0,9% para outros setores.

No entanto, quando comparado ao trimestre anterior (que compreende os meses de dezembro a fevereiro), o setor de alimentação e hospedagem (do qual bares e restaurantes representam mais de 90% do volume de empregos) obteve um desempenho ainda melhor, com um crescimento de 1,4%, em contraste com o modesto aumento de 0,2% registrado nos demais setores. Só entre janeiro e maio deste ano, foram criadas 124 mil novas vagas de emprego.

No âmbito do Novo CAGED, que mede somente os empregos formais, o aumento foi de 0,36% no número de empregos criados em maio, em consonância com o aumento geral. Em abril, foram criados cerca de 5.600 empregos com carteira assinada no setor.

“Esses resultados demonstram a resiliência e a capacidade do setor não só de se adaptar e criar oportunidades de emprego mesmo em um cenário econômico desafiador, mas de capacitar uma nova geração que vê no setor de bares e restaurantes a chance de entrar no mercado de trabalho”, diz Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.

“Enquanto muitos setores tiveram encolhimento ou andaram de lado, continuamos crescendo. No entanto, esse crescimento pode ser ainda maior, se resolvermos alguns nós que hoje travam o crescimento, como as dívidas acumuladas, que fazem com que 21% tenham trabalhado no prejuízo em maio”, continua.

“Além disso, precisamos que o Senado tenha clareza da essencialidade do setor na reforma tributária, como foi reconhecido na Câmara, mantendo os bares e restaurantes no regime especial, conforme o texto já aprovado”, completa Solmucci.

Média salarial do setor

Quanto à remuneração dos trabalhadores do setor, a pesquisa da Abrasel mostra que 44% dos empresários fizeram reajuste acima da convenção coletiva, e dentre os motivos mais citados estão atrair mão de obra, reter funcionários, premiar desempenho e ajustar-se ao mercado.

Os dados reforçam a informação da PNAD Contínua mais recente, que destacou o maior aumento no salário médio em comparação a todos os setores, com um crescimento de 10,7% em relação ao mesmo trimestre de 2022. A média geral de aumento salarial foi de 6,6%.

Entre dezembro de 2022 e fevereiro deste ano, enquanto a maioria dos setores apresentou uma deflação nos salários, o setor de Alimentação Fora do Lar se destacou com um aumento positivo de 1,9%, ficando atrás apenas do setor da construção, que registrou um aumento de 2,3%. Hoje o salário médio no setor chega a R$ 1.971,00.

Foto Abrasel

MedQuímica celebra 48 anos com crescimento acelerado e retomada de investimentos pelo Grupo Lupin no Brasil

Após o crescimento superior a 30% na demanda por seus medicamentos e a retomada de investimentos pelo grupo indiano Lupin no mercado brasileiro, a MedQuímica comemora seu 48º aniversário. Ao longo desta história, a MedQuímica tem levado cuidado e saúde para toda a população do País, desenvolvendo, produzindo e oferecendo medicamentos de qualidade que salvam vidas e melhoram a saúde das pessoas. Com um portfólio diversificado entre produtos sob prescrição médica e marcas de autosserviço, a empresa atua em diferentes linhas de negócio como Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), Genéricos de Marca, Hospitalar, Genéricos e Suplemento Alimentar.

Os resultados positivos no Brasil fizeram com que o grupo indiano retomasse o plano de investimento na operação, avaliando aquisições de marcas maduras e produtos no mercado, assim como expansão de portfólio com genéricos complexos e biossimilares, projetando meta superior a 600 milhões de reais em vendas em até três anos. 

A companhia está entre as 20 maiores empresas farmacêuticas no Brasil em unidades vendidas, de acordo com o ranking divulgado pela auditoria do setor IQVIA, e projeta um número superior a 7,6 milhões de unidades mensais para continuar na aceleração de sua demanda no mercado. Com portfólio amplo atuando em diversas classes terapêuticas, a empresa possui 82 apresentações, destaque para Dipimed, Gastrogel, Gripinew, Melleril, Dalmadorm e DeltaMetril D, além de diversos genéricos como ibuprofeno e pantoprazol.

“Nestes 48 anos de existência, a MedQuímica tem se dedicado incansavelmente a melhorar a vida das pessoas através de soluções farmacêuticas inovadoras. São mais de 600 pessoas colaboradoras que fazem nosso propósito ser cumprido diariamente: Levar saúde e cuidado para todos”, disse o CEO, Alexandre França, a frente da companhia há quase três anos. “Estamos extremamente orgulhosos de nosso legado de excelência e compromisso com a saúde pública. Nossa equipe altamente qualificada e dedicada é a força motriz por trás de nosso sucesso, e somos gratos a todos os nossos parceiros e clientes que confiam em nós para fornecer medicamentos seguros e eficazes”.

DE MINAS GERAIS PARA O MUNDO

A MedQuímica conta com um complexo fabril em Minas Gerais, no Distrito Industrial de Juiz de Fora, e tornou-se em 2015 parte do Grupo Lupin, companhia global do segmento farmacêutico, terceira maior empresa de prescrição nos Estados Unidos e a décima no mundo em genéricos. A Lupin foi fundada na Índia há quase 50 anos com a missão de produzir medicamentos da mais alta prioridade social, como remédios contra tuberculose e antibióticos especiais. 

A sede fica em Mumbai, e está presente na em mais de 100 países pelo mundo, como Rússia, Japão, Estados Unidos e México. A farmacêutica possui 15 complexos fabris e sete  centros de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), sendo referência nesta área. Desenvolve soluções que visam trazer para o mercado medicamentos acessíveis e de qualidade, a fim de atender às necessidades dos pacientes.

ESG NA PAUTA E EXPECTATIVAS 2024

Além de seu foco em pesquisa e desenvolvimento, a MedQuímica tem em sua agenda prioridade quando o tema é sustentabilidade e responsabilidade social corporativa, principalmente com a visão humanizada do CEO, Alexandre França. A empresa adota práticas ambientalmente conscientes em suas operações e busca promover iniciativas sociais que melhorem o acesso a cuidados de saúde em comunidades carentes.

Enquanto a MedQuímica comemora seu aniversário, a empresa olha para o futuro com entusiasmo e determinação para continuar fazendo avanços significativos na indústria farmacêutica. “Através de nossa expertise científica e compromisso com a inovação, estamos prontos para enfrentar os desafios emergentes e atender às necessidades médicas em evolução da sociedade global”, complementa o CEO. 

Para 2024 a companhia pretende acelerar o lançamento de produtos e a compra de portfólio de marcas maduras no mercado brasileiro, “o que irá nos permitir acelerar crescimento e competitividade em um setor tão importante e dinâmico como o da produção de medicamentos, garantindo acesso ao tratamento de diversas doenças a todos os brasileiros”, finaliza Alexandre França.

Ribeirão Preto recebe etapa regional do “Festival Sabor de SP 2023”

Começa nesta sexta-feira, dia 4 de agosto, a segunda etapa regional do “Festival Sabor de SP 2023”, evento renomado de gastronomia promovido pela Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP), em parceria com o núcleo de inteligência em gastronomia Mundo Mesa e o Senac São Paulo, com apoio da Secretaria da Cultura e Turismo de Ribeirão Preto.

A programação começa na sexta-feira, com o Workshop de capacitação do Sabor de São Paulo, que valoriza a gastronomia paulista, começa a partir das 8h, com entrada gratuita e inscrição através do formulário on-line. A atividade é voltada aos empreendedores gastronômicos e traz palestras e debates relacionados ao setor.

Já no sábado, a partir das 15h, será realizada uma Rodada de Negócios. No domingo, dia 12, uma grande celebração com o Festival Gastronômico, aberto ao público, traz os destaques da culinária regional e marca o encerramento da etapa de Ribeirão Preto.

O Sabor de São Paulo tem como objetivo fomentar, tornar público e perenizar os ingredientes, matérias-primas e pratos típicos do estado, considerando a gastronomia como um dos principais produtos associados ao Turismo. Além disso, a proposta é promover a culinária regional por meio de festivais, workshops de capacitação e rodadas de negócios nos dez roteiros gastronômicos mapeados pelo estado.

Ao todo, serão dez semanas de evento até 2024, percorrendo cada uma das dez rotas gastronômicas reconhecidas pelo Estado e que aquecerão a economia de 28 regiões turísticas do Estado. O evento passará pelos seguintes municípios: Campinas, Ribeirão Preto, Registro, Araçatuba, Campos do Jordão, São Carlos, Santos, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Marília, além da edição São Paulo, capital.

Ribeirão pode ter parceria com ONG e empresários para transformar realidade de favelas

A prefeitura de Ribeirão Preto está trabalhando para viabilizar uma parceria com a ONG Gerando Falcões e empresários do LIDE Ribeirão Preto para mudar a realidade das comunidades locais, levando serviços de educação, cidadania e desenvolvimento econômico às favelas. Fundada pelo ativista social Edu Lyra, nascido e criado numa favela de Guarulhos, a ONG trabalha para “transformar a pobreza das favelas em peça de museu”. Ele é autor do livro “Da favela para o mundo” e, atualmente, é membro do LIDE, um ecossistema global, que reúne empreendedores e está presente em 28 regiões do Brasil e do Mundo.

Com a presença do prefeito Duarte Nogueira e do vice-prefeito Daniel Marques Gobbi, o LIDE Ribeirão Preto, que reúne as principais lideranças empresariais da região, promoveu um encontro nesta quarta-feira, dia 2, para ouvir Edu Lyra e conhecer de perto o projeto “Favela 3D”, que apresenta soluções para combater o ciclo da pobreza e gerar melhorias urbanas em comunidades informais que sejam passíveis de regularização. O objetivo é transformar as favelas em ambientes dignos, digitais e desenvolvidos. Para isso, são previstas ações para a geração de emprego e renda, melhores condições de moradia e acesso à educação e à saúde.

No dia 20 do mês passado, o prefeito Duarte Nogueira realizou uma videoconferência, juntamente com o vice-prefeito Daniel Gobbi e diversos secretários municipais, para ouvir de Edu Lyra sobre o projeto “Favela 3D” e a ONG Gerando Falcões.

De acordo com Nogueira, esta primeira reunião foi importante para alinhar as expectativas e projetar ações. “Nenhuma comunidade é igual, todas têm suas necessidades específicas sociais e de urbanização. Precisamos de uma boa organização social para quebrar o ciclo da pobreza, que vai além da moradia, com investimentos e identificação das intervenções em cada local”, destacou o prefeito.

Assim, após o encontro desta quarta-feira, Edu Lyra sobrevoou de helicóptero, com empresários dos LIDE, algumas comunidades de Ribeirão Preto, juntamente com o comandante da Defesa Civil, Tiago Caldeira, para mapear essas áreas.

Favela 3D

A Favela do Haiti, na Zona Leste de São Paulo, foi a primeira da cidade paulista a receber o projeto. A iniciativa apoiada pelo festival The Town prevê ações do terceiro setor, instituições privadas e entes públicos municipais para fomentar o desenvolvimento social na comunidade.

A principal premissa é a de transformar a Favela do Haiti em “modelo” para a cidade e para o país. Entre as melhorias previstas estão regularização fundiária, revitalização de praças, cursos de capacitação e criação de empregos.

Gerando Falcões

A ONG passou a ser conhecida em todo o país, após chamar a atenção de quatro renomados empresários brasileiros, que decidiram investir na iniciativa com o propósito de expandi-la para comunidades de baixa renda: Jorge Paulo Lemann (Ambev), Carlos Wizard (Mundo Verde), Daniel Castanho (Anima Educação) e Flávio Augusto da Silva (Wise Up) se ativeram ao valor do bem social e na forma como a ONG apoia-se na gestão e resolveram unir-se a Eduardo Lyra para investir em educação, em empreendedorismo social e, com isso, buscar seu maior lucro: mudar o futuro do país.

Hoje, a ONG é um verdadeiro ecossistema de desenvolvimento social, englobando mais de 4 mil favelas no Brasil, em 25 estados, dando aporte financeiro e estrutura para 308 ongs, impactando mais de 205 mil pessoas com seus projetos.

Foto/ PMRP

Por que a malária predominante no Brasil é menos grave que a variante africana?

O microrganismo causador da maior parte dos casos de malária no Brasil, o Plasmodium vivax, induz a uma resposta imune diferente da espécie predominante na África, o Plasmodium falciparum, e isso ajuda a explicar por que a gravidade da doença é menor no País. É o que aponta um estudo dos Laboratórios de Direcionamento de Antígenos para Células Dendríticas e de Imunidade da Malária, Genômica e Populações do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP. O artigo, publicado no European Journal of Immunology, baseou-se em amostras coletadas de pacientes infectados com Plasmodium vivax após o diagnóstico e 28 dias depois do início do tratamento.

O estudo analisou o comportamento dos linfócitos, as células do sistema imune do organismo, e mostrou importantes diferenças entre os mecanismos de imunidade das duas espécies. O Plasmodium vivax é a espécie predominante no Brasil — representa 80% dos casos do País, de acordo com um boletim epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde em maio de 2022 —, além de ser mais antigo em comparação à espécie que hoje predomina no continente africano, o Plasmodium falciparum.

“Nós sabíamos que a malária falciparum induz a uma resposta imune muito intensa, que pode matar o paciente. Queríamos entender com mais detalhes como se desenvolve a resposta imune na malária vivax”, afirma a professora Silvia Beatriz Boscardin, coordenadora do laboratório e do estudo.

Sílvia Boscardin – Foto: Arquivo Pessoal

Além de induzir a um quadro de malária mais grave, a resposta imune ao Plasmodium falciparum parece não ser muito bem regulada. Por outro lado, o estudo mostra que o Plasmodium vivax induz a uma resposta melhor regulada durante a fase aguda da doença.

“No caso do Plasmodium falciparum, a literatura identificou linfócitos T auxiliares foliculares (Tfh) do tipo Th1, que são pouco eficientes em induzir linfócitos B a produzir anticorpos protetores. Já no nosso estudo com o Plasmodium vivax, detectamos, além dos linfócitos Tfh do tipo Th1, linfócitos Tfh do tipo Th2, que atuam melhor nessa tarefa”, explica Silvia Boscardin.

Os pesquisadores observaram isso ao analisar sistematicamente diferentes populações de linfócitos T e B no sangue de pacientes durante a fase aguda da doença ou após a resolução do tratamento. “Após o tratamento dos pacientes, foi possível observar quando houve alterações nas populações de linfócitos e estudar como esse comportamento se difere do que já foi publicado para o Plasmodium falciparum.”

Foram coletadas amostras de 38 pacientes em Mâncio Lima, no Acre, considerado o município com o maior número de casos de malária por habitante no Brasil (521 diagnósticos a cada 1.000 moradores, segundo levantamento do Ministério da Saúde em 2017).

Tratamento eficaz

No Brasil, o tratamento contra a malária possui alta eficácia, sendo obrigatório e fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esse é um dos fatores que garantem a baixa taxa de mortalidade da doença no País, bem como a pouca resistência em relação aos medicamentos.

“Contra a malária, temos fármacos bastante eficazes. Entretanto, em diversos países, especialmente no Sudeste Asiático, já tem sido descrito o aparecimento de resistência. No Brasil, ainda há poucos relatos”, conta Silvia Boscardin.

Imunizante adequado

A pesquisadora destaca que a vacina para malária disponível atualmente é eficiente apenas contra o Plasmodium falciparum, não apresentando efeitos contra o Plasmodium vivax. Segundo ela, o tipo de descrição realizada no estudo pode ser útil, futuramente, no desenvolvimento de um imunizante específico contra o parasita predominante no Brasil.

“São microrganismos que, apesar de causarem uma doença muito parecida, e terem ciclos parasitários semelhantes, são geneticamente muito diferentes, e isso deve ser levado em conta na hora de desenvolver uma vacina. Aqui, no Brasil, temos estudos pré-clínicos e um ensaio clínico deve começar em breve”, complementa.

Mais informações: e-mail sbboscardin@usp.br, com Silvia Boscardin

*Da assessoria de comunicação do ICB, com edição de Valéria Dias

**Sob supervisão de Moisés Dorado

Mosquito Anopheles sp., vetor da malária – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens