Defesa Civil de SP estende alerta de risco elevado para incêndios com previsão de temperaturas de até 39°C 

A Defesa Civil do Estado de São Paulo, por meio do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), prorrogou até sábado (14) o alerta de risco elevado para incêndios em todo o estado. A ferramenta Mapa de Risco, utilizada para monitorar queimadas em vegetação durante a seca, aponta risco máximo em grande parte do território paulista.

Nos próximos dias, o estado enfrentará condições de tempo seco e estável, sem previsão de chuvas, com temperaturas em elevação, gerando sensação de calor intenso e ar abafado. A umidade relativa do ar (URA) deve cair significativamente, especialmente à tarde, elevando o risco de incêndios em áreas de vegetação seca, com exceção da região litorânea.

PREVISÃO DO TEMPO

Nas regiões de Campinas, Sorocaba, Araraquara e Bauru, as temperaturas podem atingir 34°C, com umidade abaixo de 25%. Em Franca, Barretos e Ribeirão Preto, espera-se até 36°C, com umidade abaixo de 25%.

As temperaturas podem alcançar 33°C na Região Metropolitana de São Paulo, com URA abaixo de 35%. Em São José do Rio Preto e Araçatuba, os termômetros devem marcar até 38°C, com umidade inferior a 20%. Já em Presidente Prudente e Marília, a máxima pode chegar a 39°C, com URA abaixo de 25%.

RECOMENDAÇÕES PARA A POPULAÇÃO

Diante dessas condições, a população deve tomar medidas preventivas, como manter-se hidratada, evitar exposição prolongada ao sol e suspender atividades físicas ao ar livre nos horários de maior calor. O uso de soro fisiológico nos olhos e nariz também é recomendado.

A Defesa Civil do Estado, em conjunto com as Defesas Civis Municipais, intensifica as ações preventivas, como vistorias em áreas de maior risco, construção de aceiros e campanhas de conscientização.

COMBATE AOS INCÊNDIOS

O gabinete de crise continua mobilizado para combater focos de incêndio em São Paulo. Até a última terça-feira (10), o CGE registrava 10 focos de incêndio em todo o estado.

Fonte: Agência SP

Mudanças climáticas podem reduzir a produção de cana-de-açúcar em até 20%

Um estudo do Laboratório Nacional de Biorrenováveis, vinculado ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), indica que a produção de cana-de-açúcar no Brasil pode cair até 20% nos próximos dez anos devido às mudanças climáticas. Esse impacto também afetará o mercado de etanol e o setor de biocombustíveis no país, que é o maior produtor e consumidor global de biocombustíveis.

O estudo foi conduzido com base em dados climáticos históricos e simulações agroclimáticas para a região Centro-Sul do Brasil, que inclui São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Esses estados são responsáveis ​​por 90% da produção nacional de cana.

A pesquisa destaca que a principal ameaça para a cana-de-açúcar será a redução na quantidade e frequência das chuvas, que supera o efeito das temperaturas mais altas.

O engenheiro agrícola Gabriel Petrielli, principal responsável pelo estudo, alerta que a queda na produção pode levar a uma perda significativa de receita para o setor. Estima-se que a redução na produtividade pode diminuir a receita de CBIOs em até US$ 1,9 milhão por bilhão de litros de etanol produzido, resultando em uma perda anual de cerca de US$ 60 milhões.

Além disso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma redução de 3,8% na safra de cana 2024/2025 devido aos baixos índices de especificação e às altas temperaturas.

Dados recentes mostram um aumento de 8,57% na moagem de cana na região Centro-Sul em comparação com o mesmo período do ciclo anterior.

Os incêndios também agravaram a situação. Entre 21 e 25 de agosto, cerca de 80 mil hectares de cana foram destruídos no estado de São Paulo, e, até 4 de setembro, mais de 100 mil hectares foram queimados, resultando em um prejuízo estimado em mais de R$ 800 milhões.

A previsão para a safra de cana-de-açúcar 2024/2025 é de 689,8 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 3,3% em relação ao ciclo anterior. Embora o número de hectares destinados à colheita tenha aumentado 3,5%, o desempenho das lavouras está aquém do esperado.

Ribeirão Preto se mantém em alerta com incêndios e onda de calor

A região de Ribeirão Preto segue em estado de alerta devido ao aumento do risco de incêndios florestais. A combinação da estiagem prolongada, com duração de cinco meses, altas temperaturas e baixa umidade do ar agrava a situação. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de onda de calor, indicando que as temperaturas podem ficar até 5°C acima da média até 20 de setembro.

O Mapa de Risco, ferramenta usada pela Defesa Civil para monitorar queimadas, destaca as áreas de Ribeirão Preto, Franca e Barretos como de alto risco para novos incêndios. No fim de semana, queimadas foram registradas em Pedregulho, Ituverava e Santa Cruz da Esperança.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que seis das dez cidades com mais focos de incêndio em São Paulo estão na região de Ribeirão Preto, com Altinópolis liderando as ocorrências. Até o momento, 15 pessoas foram presas no estado por suspeita de causar queimadas, sendo nove delas na macrorregião de Ribeirão Preto.

A situação climática agrava o problema, com as regiões norte, noroeste e oeste de São Paulo enfrentando temperaturas elevadas e umidade do ar abaixo de 35%. Em Ribeirão Preto, Franca e Barretos, a máxima pode chegar a 37°C, com umidade abaixo de 20%, o que aumenta a sensação de calor e risco de incêndios.

A Fundação Florestal decidiu fechar 81 unidades de conservação no estado devido ao risco elevado de queimadas. As equipes da fundação estão em alerta, focadas na prevenção e combate aos incêndios, além de apoiar as comunidades vizinhas.

Desde 23 de agosto, o governo de São Paulo ativou um Gabinete de Crise para combater os incêndios, que aumentaram 386% entre janeiro e agosto de 2024. As queimadas já afetaram mais de 8 mil propriedades rurais em 317 municípios, com prejuízos estimados em mais de R$ 1 bilhão.

São Paulo é a cidade com o ar mais poluído do mundo, revela ranking internacional

Nesta segunda-feira (09), a cidade de São Paulo foi classificada como a mais poluída do mundo no que diz respeito à qualidade do ar, segundo a agência suíça IQAir.

O ranking, que avalia em tempo real a qualidade do ar em cerca de 100 grandes cidades ao redor do globo, é baseado no Índice de Qualidade do Ar do instituto. A pontuação para cada cidade é calculada com base na média das medições de todas as estações de monitoramento da cidade em um dado momento, e a lista é atualizada a cada hora.

Atualmente, São Paulo ocupa o primeiro lugar, superando cidades como Lahore, no Paquistão, e Kinshasa, na República Democrática do Congo. O ranking, consultado às 12h20 desta segunda-feira, inclui também Jakarta, Dubai, Doha, Jerusalém, Pequim, Lima e Santiago entre as cidades com o ar mais poluído.

O índice IQA classifica a qualidade do ar em seis categorias: Bom, Moderado, Não saudável para grupos sensíveis, Não saudável, Muito não saudável e Perigoso. São Paulo e Lahore estão na categoria “Não saudável para suas populações”.

O objetivo do ranking é fornecer uma visão instantânea e simples das condições do ar nas principais cidades do mundo. A IQAir, uma empresa suíça especializada em tecnologia, busca melhorar a qualidade do ar através de informações e colaboração com indivíduos, organizações e governos.

Veja as 10 cidades com o ar mais poluído do mundo:

  1. São Paulo, Brasil
  2. Lahore, Paquistão
  3. Jakarta, Indonésia
  4. Dubai, Emirados Árabes Unidos
  5. Kinshasa, República Democrática do Congo
  6. Doha, Catar
  7. Jerusalém, Israel
  8. Pequim, China
  9. Lima, Peru
  10. Santiago, Chile

Fonte: CNN Brasil

Fumaça de incêndios cobre o Brasil e pode atingir Argentina e Uruguai

O céu brasileiro está encoberto por uma densa camada de fumaça, que obscurece o céu azul desde o fim de semana. Esse fenômeno é causado por um número recorde de queimadas, especialmente na Amazônia. Meteorologistas alertam que, até o final da semana, a fumaça pode chegar até as capitais da Argentina e do Uruguai.

A principal fonte da fumaça é a região sul da Amazônia, abrangendo os estados do Amazonas, Pará e Mato Grosso, além de incêndios na área boliviana da floresta. A Amazônia Legal está enfrentando o maior número de focos de incêndio em 19 anos.

Além dos incêndios na Amazônia, há também queimadas em São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Karla Longo, especialista em qualidade do ar e pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revela que, durante a temporada de queimadas, a fumaça se espalha por quase 5 milhões de quilômetros quadrados, o que corresponde a cerca de 60% do território nacional.

Enquanto as queimadas persistirem, a fumaça continuará sobre o país. Com a onda de calor e a ausência de frentes frias que poderiam dissipar a fuligem, a situação deve se manter. A região Sul do Brasil, incluindo Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, deve enfrentar o pior cenário.

Meteorologistas indicam que a fumaça deve afetar não apenas o Brasil, mas também países vizinhos. Até o fim da semana, as correntes de vento poderão levar a fumaça até as capitais do Uruguai e da Argentina.

Com a combinação de fumaça e seca severa, a qualidade do ar está comprometida, dificultando a respiração. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que mais de 200 cidades brasileiras estão experimentando níveis de umidade tão baixos quanto os encontrados no deserto do Saara, com umidade reduzida a até 20%.

Filhote de onça-parda é resgatado de incêndio florestal no interior paulista

Um filhote de onça-parda resgatado de um incêndio florestal foi encaminhado ontem ao centro de atendimento de animais silvestres de Ribeirão Preto. Com a chegada desse bebê e outros animais a unidades da rede de atendimento e reabilitação estruturada pelo governo do Estado, subiu para 70 o número de atendimentos desde o início da onda de incêndios no interior paulista, há duas semanas.

Os que morreram já somam 38, e 32 continuam em tratamento. São animais expulsos de suas casas pelas chamas e que recebem agora tratamento para voltarem à natureza ou, quando não for possível, serem destinados a abrigos adequados.

A oncinha, um macho batizado Benedito, foi capturada por funcionários de uma usina na área rural de São Joaquim da Barra e levada ao zoológico do município de Guaíra. Ela se distanciou da mãe e do irmão ao tentar fugir do fogo na mata e foi atropelada em uma rodovia. O outro filhote foi encontrado morto, e a mãe continua desaparecida.

Com lesão grave em uma das patas, Benedito foi encaminhado ao Centro de Triagem e Reabilitação (Cetras) Morro de São Bento para tratamento multidisciplinar. Segundo informações do zootecnista Alexandre Gouvea, o filhote teve dois dedos amputados e perdeu grande parte dos movimentos da pata em razão do atropelamento.

“Ele não terá chances de retornar à vida livre, já que não poderá mais usar esse membro para caçar e comer”, lamentou. A boa notícia é que o filhote está se recuperando bem e mamando bastante. Em apenas três dias, ganhou 250 gramas.

O Cetras recebeu também um macaco da espécie bugio, que chegou bastante estressado e machucado. O animal, uma fêmea adulta, foi resgatado no município de Guatapará. Depois de fugir da mata em chamas, entrou em uma residência e foi mordido por um cachorro. Seu estado de saúde é grave.

Vitória, o tamanduá-bandeira que estava em tratamento na mesma unidade, não resistiu e morreu ontem. Ela teve infecção generalizada por conta das queimaduras de terceiro grau e duas paradas cardíacas.

Em Jundiaí, a Associação Mata Ciliar divulgou um balanço ontem dos animais atendidos nos últimos dez dias: foram 28 atropelados, possivelmente tentando fugir dos incêndios. Entre eles, está um filhote de veado com problemas respiratórios.

São Paulo renova alerta de alto risco de incêndios até 10 de Setembro

O Governo de São Paulo estendeu até terça-feira (10) o alerta para risco elevado de incêndios em todo o estado. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil estadual informou que, nos próximos dias, as regiões norte, noroeste e oeste continuarão enfrentando condições de tempo seco e sem chuvas.

As temperaturas seguirão em alta, com a umidade relativa do ar caindo para níveis críticos, abaixo dos 35%. A sensação será de calor intenso e abafado. O Mapa de Risco da Defesa Civil indica uma grande probabilidade de queimadas em todo o estado.

Para enfrentar a situação, o Governo de São Paulo mantém um gabinete de crise dedicado ao monitoramento e coordenação das ações de prevenção e combate aos incêndios. Na quinta-feira (05) foram liberados R$ 5,9 milhões para a contratação de serviços aéreos de monitoramento e combate a incêndios florestais. Esse investimento permitirá a contratação de 420 horas de voo, incluindo 120 horas para monitoramento e 300 horas para combate aéreo, além das 1.200 horas já contratadas pela Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e 200 horas pela Defesa Civil.

Atualmente, o CGE contabiliza 9 focos de incêndio em todo o estado.

Previsão e Alertas para os Próximos Dias

Em Campinas, Sorocaba, Araraquara e Bauru, as temperaturas podem chegar a 36ºC, com umidade abaixo dos 20%. Franca, Barretos e Ribeirão Preto também devem enfrentar temperaturas de até 36ºC e umidade semelhante.

Orientações à População

Em face dessas condições extremas, é essencial manter-se bem hidratado, bebendo muita água e evitando a exposição ao sol durante os horários mais quentes. A prática de atividades físicas ao ar livre deve ser evitada, e é recomendado o uso de soro para proteger os olhos e nariz.

A Defesa Civil do Estado e as Defesas Civis Municipais estão intensificando medidas de prevenção, incluindo vistorias nas áreas mais propensas a queimadas, construção de aceiros e campanhas de conscientização para a população.

Estado de São Paulo registra nove cidades com focos de incêndio nesta sexta-feira (06)

Nesta sexta-feira (06), a Defesa Civil de São Paulo relatou que nove cidades do estado estão enfrentando focos de incêndio. Entre essas localidades, uma está na região de Ribeirão Preto e duas na área próxima a Franca.

Desde o início das queimadas, foram feitas 13 prisões de suspeitos de incêndios criminosos, sendo seis deles na região de Ribeirão Preto.

Confira a lista das cidades afetadas:

Região de São Paulo: Mairiporã

Região de Campinas: Bom Jesus dos Perdões, Piracicaba, Valinhos

Região de Bauru: Dois Córregos

Região de Marília: Pompéia

Região de Franca: Pedregulho, Morro Agudo

Região de Ribeirão Preto: São Simão

Atualização das 11h

Queimada causa interrupção de energia na região de Ribeirão Preto

Na tarde desta quarta-feira (04) uma queimada na região resultou em interrupções temporárias no fornecimento de energia para residentes de Ribeirão Preto, Brodowski e Jardinópolis, conforme informou a CPFL Paulista.

A concessionária revelou que o incêndio, ocorrido em uma área de vegetação próxima às linhas de subtransmissão em Brodowski, foi a causa dos apagões. Equipes da distribuidora foram rapidamente mobilizadas, e o serviço de energia já foi restaurado.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que 12 pessoas foram presas por envolvimento em incêndios criminosos que têm afetado o interior de São Paulo desde 22 de agosto.

Apesar da normalização do fornecimento, a CPFL orienta a população a entrar em contato com seus canais de atendimento em caso de novos apagões ou incêndios próximos à rede elétrica. Os meios de contato são:

  • Call center: 0800 010 10 10
  • Site: www.cpfl.com.br
  • Aplicativo: “CPFL Energia”
  • WhatsApp: (19) 99908-8888
  • SMS: 27351

Mais um suspeito é preso por incêndio criminoso em mata na região de Ribeirão Preto

Após receber denúncias, a Guarda Civil de Batatais deteve, na noite desta terça-feira (03), um homem de 50 anos acusado de incendiar um terreno com vegetação nativa. Durante a abordagem, foram encontrados com o suspeito um galão de combustível e um isqueiro.

Segundo o boletim de ocorrência, o homem teria provocado o fogo em um terreno adjacente a uma área de mata nativa e foi denunciado por residentes locais. Ele foi conduzido à Delegacia de Batatais e foi preso em flagrante.

Este foi o terceiro incidente do tipo na cidade. A primeira prisão ocorreu no dia 25 de agosto, quando um homem de 41 anos foi detido por atear fogo em uma área de vegetação na região central de Batatais. No dia seguinte, um homem de 27 anos foi preso por incendiar uma mata no Jardim Valenciano.

Nos dois primeiros casos, as prisões em flagrante foram convertidas em preventivas e os acusados permanecem detidos. O homem preso nesta terça-feira passará por audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (04).

Com a nova prisão, o total de pessoas detidas por suspeita de provocar incêndios em áreas de vegetação chegou a 12 no Estado. Na região de Ribeirão Preto, dois indivíduos foram presos em Franca e três em Batatais. Além disso, dois homens de Porto Ferreira foram multados por acender uma fogueira para queimar galhos secos.