Banco Central estuda o fim do crédito rotativo do cartão de crédito

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campo Neto, afirmou, nesta quinta-feira (10), que a autarquia estuda o fim do crédito rotativo de cartão de crédito. Essa é uma das modalidades de crédito mais caras do mercado, com juros que chegaram a 437,3% ao ano em junho. 

Campos Netos participou hoje de uma sessão plenária no Senado Federal para explicar decisões de política monetária e estabilidade financeira tomadas pelo BC no semestre anterior. 

O rotativo é aquele crédito contratado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias. Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida. No caso do cartão de crédito parcelado, os juros ficaram em 196,1% ao ano em junho. 

Campos Neto disse que, em até 90 dias, o BC deve apresentar uma solução para o “grande problema” que é o cartão de crédito. E a solução que está se encaminhado é o fim do rotativo, com o crédito indo direto para o parcelamento, com uma taxa ao redor de 9% ao mês.  

“Ou seja, extingue-se o rotativo, quem não paga o cartão vai direto para o parcelamento ao redor de 9%. E que a gente crie algum tipo de tarifa para desincentivar esse parcelamento sem juros tão longos. Não é proibir o parcelamento sem juros, é simplesmente tentar fazer com que eles fiquem um pouco mais disciplinados, numa forma bem faseada, para não afetar o consumo”. Campos Neto ressalta que cartão de crédito hoje representa 40% do consumo no Brasil. 

Uma das situações que faz os juros do cartão serem tão altos, segundo o presidente do BC, é a grande utilização do parcelamento de compras por prazos mais longos. Isso aumenta o risco do crédito para as instituições financeiras e, consequentemente, os juros. 

“A gente tem um parcelado sem juros, que ajuda muito o comércio, que ajuda muito a atividade, mas que tem aumentado muito o número de parcelas, de três para cinco, para sete, para nove, para onze. Hoje, o prazo médio são 13 parcelas. Então, é como se fizessem um financiamento de longo prazo sem juros. A pessoa que toma a decisão de dar os juros não é a mesma que paga pelo risco, isso gera uma assimetria”, explicou Campos Neto. 

Facilidades

Além disso, o Brasil teve um grande aumento no número de cartões nos últimos anos e facilidades de crédito, o que fez crescer a inadimplência na modalidade. “Os bancos, novos entrantes e varejistas acabaram usando o cartão de crédito como um instrumento de fidelizar o cliente. Então, nós saímos de cento e poucos milhões de cartões de crédito para 215 milhões de cartões de crédito num período de dois anos e meio, isso é uma alta bastante grande”, disse. “O resultante disso foi uma inadimplência no rotativo de 52%. Não tem nenhuma inadimplência, nem parecida, em nenhum outro lugar do mundo, que eu tenha olhado, no cartão de crédito”, acrescentou. 

Outra solução seria simplesmente limitar os juros de cartão, mas segundo o presidente do BC, isso acarretaria na retirada dos cartões de circulação. “Para as pessoas que têm mais risco os bancos não ofereceriam aquele cartão, devido a uma relação de risco e retorno ineficiente. O problema de cortar o número de cartões é que se sabe como começa, mas não se sabe como termina. Então, isso pode gerar um efeito muito grande na parte de consumo, na parte de varejo”, disse. 

Política monetária 

Campos Neto afirmou aos senadores que sua mensagem principal é que, na condução da política monetária, o BC “fez um bom trabalho em termos de pouso suave”, de “trazer a inflação para baixo com o mínimo de custo possível”. Ele destacou que as previsões para o crescimento da economia subiram e que o desemprego vem recuando. 

“O que é o pouso suave? É a gente ter conseguido trazer a inflação muito alta para um nível muito mais baixo, com quase nenhum custo ou muito pouco custo, tanto de crescimento, quanto de emprego, quanto de contração de crédito. Quando a gente faz uma comparação relativa, o Brasil atingiu ou está atingindo um pouso suave. É importante mencionar que a gente ainda tem uma luta com a inflação pela frente, mas a gente está atingindo um pouso suave de forma bastante eficiente”, disse. 

Diante da forte queda na inflação, na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu a Selic, a taxa básica de juros, de 13,75% ao ano para 13,25% ao ano. Foi o primeiro corte de juros em três anos. A taxa Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). 

A última vez em que o BC tinha reduzido a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano, em meio à contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em março de 2021, em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas. 

A decisão da manutenção da Selic nesse patamar, por esse prazo, vinha sendo motivo de críticas do governo federal e de alguns setores produtivos. Isso porque o aumento da Selic causa reflexos nos preços, encarecem o crédito e estimulam a poupança, o que também pode dificultar a expansão da economia. 

Como em outras apresentações, Campo Neto destacou que as decisões do BC sobre a Selic são técnicas e consideraram a expectativa de inflação (12 a 18 meses a frente), o hiato de produto (capacidade de crescer sem gerar inflação) e a inflação corrente. Ele ainda defendeu a autonomia do Banco Central e apresentou dados apontando a uma relação entre o grau de autonomia dessas instituições pelo mundo e a inflação.  

“Ela [a autonomia] garante um ganho institucional, ele separa o ciclo político do ciclo econômico, ele facilita a obtenção de inflação baixa e menores juros estruturais na economia e alinha o Brasil às melhores práticas internacionais”, disse. 

O presidente do Banco Central afirmou ainda que as atuais boas avaliações e previsões para a economia brasileira também são mérito da atuação do BC. Ele citou a elevação das notas de crédito do Brasil por agências de classificação de risco internacionais e avaliações de outras instituições reconhecidas e até da imprensa especializada.  

“Quando a gente olha todos esses índices de termômetro, todos eles, 100% deles, mencionam a autonomia do Banco Central e mencionam a política de juros do Banco Central como um fator decisivo”, disse. “Isso foi atingido aqui, com a ajuda do Congresso, em termos de colocar a autonomia do Banco Central e essa capacidade do Banco Central de gerir a crise de forma autônoma e técnica, tem mostrado grandes e grandes frutos. Então acho que, por trás de cada comemoração que a gente tem feito recentemente no Brasil, tem também um pedaço que foi a atuação do Banco Central. Eu gostaria que isso não fosse esquecido”, acrescentou. 

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil – Brasília

“Chorinho na 7” recebe grupo Choro da Casa

O “Chorinho na 7”, projeto da Secretaria Municipal da Cultura e Turismo, recebe o grupo Choro da Casa nesta sexta-feira (11), às 19h, na Praça Sete de Setembro.

O grupo, deve apresentar em seu repertório, obras de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Raul de Barros, além de obras autorais do grupo.

Gratuito, o projeto “Chorinho na 7” terá grupos de seresteiros e grupos de choro em apresentações às sextas-feiras, sempre às 19h, na Praça Sete de Setembro.

Choro da Casa

O projeto Choro da Casa, que foi criado em Ribeirão Preto por chorões, vem protagonizando uma série de ações culturais com o objetivo de transformar, educar, ensinar e propagar a música brasileira. 

Serviço “Chorinho na 7”

Data: dia 11 de agosto (sexta-feira)

Horário: 19h

Local: Praça Sete de Setembro

Quadrilátero das ruas Lafaiete, Florêncio de Abreu, Sete de Setembro e Floriano Peixoto, no Centro de Ribeirão Preto

Evento gratuito

Governo de SP assina contrato para conclusão total do Rodoanel

O governador Tarcísio de Freitas autorizou nesta quarta-feira (9) a assinatura do contrato de concessão do Rodoanel Norte, na modalidade parceria público-privada (PPP), após leilão em março. Ganhadora do certame, a Via Appia FIP Infraestrutura será responsável pelo término do empreendimento orçado em R$ 3,4 bilhões, além da manutenção e operação do trecho por prazo de 31 anos. A entrega que conclui totalmente o anel viário da Grande São Paulo está prevista para o segundo semestre de 2026, com geração de 15 mil empregos.

“É um momento importante e finalmente damos os próximos passos para cumprir um compromisso que é a conclusão do Rodoanel que, com certeza, vai atender muito ao estado de São Paulo. É um empreendimento extremamente importante e relevante e que vai mobilizar muito capital, investimentos, obras e gerar muito emprego. Mas, sobretudo, vai facilitar muito a logística nos próximos anos”, afirmou Tarcísio.

A assinatura do contrato contou também com a participação dos secretários estaduais Rafael Benini (Parcerias em Investimentos) e Natália Resende (Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística), do diretor-geral da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), Milton Persoli, e de executivos da Via Appia.

O consórcio vencedor ficará responsável por investir R$ 2 bilhões para a finalização das obras, além de mais R$ 324 milhões para a implantação de projetos auxiliares. No segundo critério de classificação, que foi o desconto do aporte do Governo de São Paulo, houve abatimento de 23,10%, restando uma subvenção estimada de R$ 1,07 bilhão para o Estado.

A partir da assinatura do contrato, em um mês haverá a assinatura do Termo de Transferência Inicial e o subsequente início de prazos para execução de obras. A concessionária terá um período de pré-construção, de até um ano, para concluir todos os levantamentos necessários para reassumir as obras.

A verificação vai abranger trechos sem conclusão de serviços e condições dos segmentos já executados para detalhar o que precisará ser refeito ou recuperado, entre outros dados técnicos. As informações serão empregadas nos projetos executivos das intervenções até a entrega de todo o Rodoanel Norte, no segundo semestre de 2026.

“O Rodoanel Norte é o segundo projeto que assinamos dentro do PPI [Programa de Parcerias de Investimentos] e o primeiro projeto inteiramente de free flow, que é um programa que a gente pretende implantar para o estado inteiro. A previsão é de um ano de projeto e dois de obras, mas já estamos conversando com a concessionária para antecipar o máximo possível as obras” , declarou o secretário Rafael Benini.

Além disso, haverá investimento de R$ 1,8 bilhão ao longo da concessão para operação e manutenção da via. A supervisão ficará a cargo da Artesp.

Deságio de 100%

A proposta vencedora apresentou deságio – desconto sobre o valor a ser pago pelo Governo do Estado – de 100% pela contraprestação dos serviços públicos de operação, manutenção e realização dos investimentos necessários para a exploração do sistema rodoviário por 31 anos. O valor estipulado no edital era de R$ 51,4 milhões anuais.

O Rodoanel Norte terá 44 km de extensão no eixo principal, com três ou quatro faixas por sentido, passando por São Paulo, Arujá e Guarulhos. As melhorias preveem a construção de sete túneis duplos, 107 obras de arte especiais, quatro paradas para cargas especiais, duas bases do Serviço de Atendimento aos Usuários, dois postos de fiscalização e instalação de duas balanças de pesagem e câmeras de monitoramento, além de serviços de ambulâncias, guinchos, caminhão pipa e inspeção de tráfego.

O empreendimento deve reduzir a circulação diária de cerca de 18 mil caminhões na capital e dar mais rapidez para cruzar a Grande São Paulo no acesso a Santos. Também estão previstas melhorias ambientais, como a redução de 6% a 8% na emissão de dióxido de carbono veicular na região metropolitana, o plantio de árvores em área total de mil hectares e a implantação de travessias de fauna.

Cronograma respeitado

O leilão do Rodoanel Norte aconteceu em março deste ano, na sede da B3, na Capital. O prazo mais longo para a assinatura do contrato se deveu a recursos apresentados pela segunda colocada na disputa, atrasando o fim do processo licitatório. Após a análise dos requerimentos, o acordo foi firmado dentro do prazo estipulado no edital, que previa a extensão do período de assinatura por 30 dias, prorrogáveis por igual período.

Modelo

A licitação foi na modalidade concorrência internacional. O modelo de PPP proporciona economia aos cofres públicos e projeta uma perspectiva de menor tempo de execução e finalização das obras. O vencedor do certame será remunerado por um pagamento anual de contraprestação pelo Estado e das receitas recebidas via pedágio.

Tarifas

O Rodoanel Norte terá uso exclusivo do sistema free flow (fluxo livre), tecnologia com sensores que calcula a tarifa por quilômetro rodado. Com isso, é eliminada a necessidade do motorista parar em praça de pedágio, com consequente redução do tempo de viagem.

O sistema funciona da seguinte forma: quando o veículo passa pelo pórtico, as câmeras com tecnologia OCR (Optical Character Recognition, na sigla em inglês, ou Reconhecimento Ótico de Caracteres) fazem a leitura das imagens frontal e traseira das placas. Um scanner a laser faz a identificação e o dimensionamento dos veículos em tempo real, capturando as características como altura, largura, comprimento, trajeto e velocidade de carros, motos, ônibus, entre outros parâmetros.

As antenas de identificação de TAGs e as câmeras de monitoramento complementam as informações, que são enviadas para um sistema central, responsável por receber e processar todos os dados. Os usuários que possuírem TAGs farão o pagamento automático. Aqueles usuários que não possuírem TAG pagarão a tarifa posteriormente, por meio de plataforma digital a ser implementada pela concessionária.

Fahel destaca ambiente de otimismo no Comercial

Mesmo com o turbulento início de Copa Paulista, o técnico Fahel Júnior destacou o ambiente de otimismo do elenco do Comercial na última semana. 

“A nós não importa apenas o resultado, mas a performance e o padrão de jogo.  Aqui não tem abatimento, vamos trabalhar da mesma maneira, com intensidade. Mostraram nestes três jogos, desde que assumi, comprometimento, competitividade e o jogo propositivo na casa do adversário”, afirmou.

Fahel afirma que na partida contra o Noroeste o jogo foi equilibrado.

“Contra o Noroeste, equilibramos a partida em vários momentos. No jogo do final de semana, a equipe correu os 95 minutos. Não sou eu quem fala, são os números, as estatísticas de todo o segundo tempo, com mais volume, chances criadas, número de finalizações e escanteios. É assim nos treinos também e será assim esta semana: não é leve não, é trabalho intenso”, garante.

O treinador vê, nitidamente, não só uma evolução do time em campo, mas o comportamento cada vez mais adequado ao seu modelo de jogo.

“Se tivesse em uma condição melhor, os resultados não seriam ruins. O começo do campeonato prejudica a campanha. Temos conceito de jogo, estamos definindo um padrão”, concluiu.

Viva Zagallo 92

Tudo já foi dito sobre Zagallo. Mas não custa nada repetir. Ele é o mais completo campeão mundial de futebol, recordista em participações em Copas do Mundo, um profissional de excelência, marcado por uma trajetória única no esporte.

Neste 9 de agosto Mário Jorge Lobo Zagallo completa 92 anos. Para a CBF, o dia é de festa não só para Zagallo e seus parentes e amigos, mas também para um sem-número de pessoas espalhadas pelo planeta, as que o viram brilhar como atleta, treinador ou coordenador-técnico.

“Parabéns ao Mario Jorge Lobo Zagallo pelos 92 anos de uma vida espetacular dedicada ao futebol e à Seleção Brasileira. Zagallo disputou sete Copas do Mundo, conquistando quatro títulos, um feito inédito, que mostra a sua grandiosidade. Diante de tanta história, temos sempre que reverenciá-lo. Desejamos muita saúde e alegria para o nosso ídolo nesta data”, disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues

Em outubro do ano passado, a CBF homenageou Zagallo com uma estátua de cera no Museu Seleção Brasileira, na sede da entidade. A obra levou cerca de dois anos para ficar pronta e envolveu 26 artesãos. Confeccionada pelo mesmo ateliê responsável pelas estátuas de Marta e Pelé, ela pesa 30 quilos. Para a produção, foram mais de 300 medições feitas ‘in loco’, na casa do Velho Lobo, e quase 500 fotos.

Ao todo, Zagallo esteve atuante em sete Copas do Mundo. Em 1958 e 1962, ele foi um dos protagonistas das campanhas do Brasil na conquista dos dois títulos. Na primeira delas, chegou a marcar um gol na decisão contra a seleção anfitriã, a Suécia, que perdeu por 5 a 2.

Em 1962, dividiu com Pelé a artilharia do jogo de estreia – vitória por 2 a 0 sobre o México, em Viña del Mar, no Chile. E seguiu titular até a final, contra a Tchecoslováquia (3 a 1).

Anos mais tarde, já em 1970, ainda jovem, comandou a Seleção à beira do campo naquela que seria a Copa mais emblemática de todos os tempos, graças ao futebol-arte exibido pelo time que reunia Pelé, Tostão, Gerson, Rivellino, Jairzinho, Piazza, Clodoaldo, Carlos Alberto Torres, Brito, Everaldo e Félix, entre outros craques.

O tricampeonato veio com uma atuação impecável da Seleção na goleada por 4 a 1 sobre a Itália, na Cidade do México.

Zagallo ganharia ali mais respeito e notoriedade, o que o levou a permanecer na Seleção para a disputa da Copa de 1974, na Alemanha. A sorte, no entanto, não ajudou a equipe na competição – não avançou da segunda fase, após ser batida pela Holanda por 2 a 0.

O Velho Lobo começou sua carreira em 1949, no America-RJ. Jogava como ponta-esquerda. Logo, transferiu-se para o Flamengo, onde ficou por quase uma década. Depois, projetou ainda mais sua carreira no Botafogo, clube que o abraçou por sete anos e no qual ele contou com a companhia de Garrincha, Didi e Nilton Santos.

Habilidoso, veloz e disciplinado taticamente, Zagallo era presença marcante na Seleção. Disputou 34 partidas pela equipe e fez cinco gols. Seu nome já era reverenciado internacionalmente quando trocou de função e passou a ser treinador.

O insucesso em 1974 apenas adiaria por algum período uma nova fase de êxito na Seleção. Enquanto isso, trabalharia como treinador no mundo árabe e em Flamengo e Vasco. Convocado por Carlos Alberto Parreira para ajudá-lo como coordenador-técnico na Copa dos EUA, em 1994, Zagallo daria mais uma volta olímpica e se tornaria o primeiro tetracampeão mundial.

A façanha de ter levantado a taça de campeão quatro vezes o levaria a mais outra Copa, a de 1998, na França. Novamente como treinador, conseguiu a proeza de avançar para mais uma final, na qual o Brasil acabaria superado pela seleção de Zidane e companhia.

Por fim, na Copa de 2006, outra vez como coordenador, ao lado de Parreira, viu a Seleção deixar a competição nas quartas de final, diante dos franceses.

Ao lado de títulos e de uma sequência vitoriosa sem igual no futebol, Zagallo também fez história por seu temperamento, frases de efeito, bordões e superstições. Após a conquista da Copa América de 1997, num desabafo que mirava parte da crítica, soltou o sonoro “vocês vão ter que me engolir”. Outra característica lúdica sua está associada ao apego pelo número 13. Tanto que até hoje gosta de formular frases que tenham 13 letras.

Daí explica-se o título deste texto-homenagem. Viva Zagallo 92 não tem necessariamente 13 letras, mas 13 caracteres. Que Zagallo possa comemorar a data por muito mais tempo.

VIA CBF

Secretaria da Cultura e Turismo divulga espetáculos aprovados no 7º Festival Nacional de Teatro

A organização do 7º Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto divulgou a lista de espetáculos selecionados que irão compor as mostras Nacional e Local do evento, que acontece gratuitamente de 18 de agosto a 6 de setembro.

Para a Mostra Nacional, foram selecionados os espetáculos “Moby Dick e os caçadores de Baleia”; “Bichos do Brasil”; “Órfãs de Dinheiro”; “Kizomba pra Preto – A Ópera do Carnaval” e “Candelária”. Já a Mostra Local teve como selecionados os seguintes espetáculos: “A Casa de Bernarda Alba”; “A garota que guiava trens no de repente de uma tragédia sem tamanho”; “A Gata Borralheira – Uma Farsa Mineira”; “Antropotomia” e “A Tribo”.

Os espetáculos selecionados receberão uma premiação de R$ 10 mil para apresentação no Festival, cujo objetivo é promover o intercâmbio de companhias e grupos teatrais para fomento e aproximação do público com a produção local nas mais diferentes manifestações cênicas e contribuir para o desdobramento estético e de linguagens inovadoras.

O 7º Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto recebeu mais de 300 inscrições de grupos, espetáculos e atividades cênicas para a edição deste ano. Foram 282 inscrições para participar das Mostras Nacional e Local e 32 para atividades que possuem projetos aprovados via leis de incentivo.

O Festival é um evento de artes cênicas, de abrangência nacional, que envolve artistas, grupos selecionados e convidados, promovendo a valorização da diversidade cultural de Ribeirão Preto, formação de plateias e o intercâmbio artístico em um grande encontro da cena cultural.

Seletiva

A seleção dos trabalhos foi realizada por um júri formado por três profissionais capacitados e experientes na área. Os trabalhos inscritos foram avaliados por Miguel Arcanjo Prado, Luciana Schwinden e Teca Pereira.

Miguel Arcanjo Prado é um dos jornalistas culturais mais respeitados do Brasil. CEO do Blog do Arcanjo, fundado em 2012, e do Prêmio Arcanjo de Cultura, desde 2019, é Mestre em Artes pela UNESP, pós-graduado em Cultura pela ECA-USP, bacharel em Comunicação pela UFMG e crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, chegando a ser vice-presidente. Eleito um dos melhores jornalistas culturais do Brasil, pelo Prêmio Comunique-se.

Luciana Schwinden é atriz, professora de interpretação dramática, gestora cultural, curadora de artes cênicas e artesã. Formada pelo Teatro Escola Célia Helena e cursos na Escola de Arte Dramática – EAD/USP e Teatro Tablado/RJ. É graduada em Letras pela Universidade Cruzeiro do Sul e Mestra em Artes da Cena pela mesma instituição. Como atriz participou do núcleo artístico do Teatro da Vertigem de 1998 a 2015. Em 2014, colaborou com o núcleo de artistas dirigidos por Elisa Ohtake, que teve como resultado o espetáculo Let´s Just Kiss and Say Goodbye. Atualmente é professora de Interpretação dramática no Teatro Escola Célia Helena e presta serviços para instituições públicas e privadas na área de gestão cultural, produção de eventos culturais, programação e curadoria, e formação artística.

Teca Pereira é atriz profissional desde 1977, quando estreou em “Gota D’agua”, com direção de Gianni Rato. Trabalhou em teatro, cinema e TV, onde fez novelas e seriados, dentre eles a novela “Belíssima” e o seriado “Segunda Chamada”, pela Globo. Recebeu o prêmio Mambembe de melhor atriz coadjuvante em 1997. Atualmente está no ar com o seriado “Família Paraíso”, pela Multishow e Rede Globo e no curta-metragem “Firmina”, com direção de Izah Neiva.

Mega-Sena acumula e prêmio vai para R$ 115 milhões

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.619 da Mega-Sena. O sorteio dos números foi realizado na noite dessa quarta-feira (9), no Espaço da Sorte, em São Paulo. 

O prêmio para o próximo concurso, no sábado (12), está estimado em R$ 115 milhões.  

Veja as dezenas sorteadas: 05 – 36 – 39 – 41 – 44 – 50. 

A quina registrou 83 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 76.879,44. Já a quadra teve 6.849 vencedores e pagará o prêmio individual de R$ 1.330,95. 

As apostas para o concurso 2.620 podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.

Por Agência Brasil – Brasília

Édson Cariús vê semana produtiva e pede apoio da torcida

O atacante Édson Cariús, um dos últimos contratados pelo Pantera, avaliou como muito positiva a semana de trabalho do Botafogo e pediu apoio da torcida no sábado. 

“A semana de trabalho está sendo muito produtiva. Estamos trabalhando muito a parte ofensiva e buscando alternativas para a equipe marcar gols novamente. Temos treinado também muitas finalizações. Todos estão preparados e possuem a confiança do professor Chamusca”, disse o atacante.

Carius teve sua contratação confirmada pelo Pantera em 19 de julho, e agora aguarda com expectativa a oportunidade de começar pela primeira vez como titular na equipe de Marcelo Chamusca.

“Vamos entrar em campo com o objetivo de conquistar a vitória. Temos que estar focados, atentos e aproveitar as oportunidades que aparecerem. O professor Chamusca tem batido nessa tecla de muito foco e concentração”, acrescentou.

Na entrevista, Édson Cariús também pediu o apoio do torcedor botafoguense, para o duelo contra a Ponte Preta.

“Vamos jogar diante do nosso torcedor, na nossa casa, e precisamos voltar a vencer. A vitória vai colocar a gente na parte de cima da tabela. Pedimos que o torcedor botafoguense jogue junto com a gente”, completou.

O Botafogo ocupa atualmente a décima colocação da tabela da Série B, com 32 pontos, seis a menos do que o quarto colocado Vila Nova.

O Botafogo retorna aos gramados para o duelo contra a Ponte Preta neste sábado (12), às 17:00, no Estádio Santa Cruz.

Piso da enfermagem: repasse do Governo Federal a estados e municípios deve ser feito até 21 de agosto

Oprimeiro repasse do auxílio complementar da União para o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem para estados e municípios deve ocorrer até o próximo dia 21. É o que ficou acordado em cronograma estabelecido pelo Ministério da Saúde, apresentado aos estados, municípios e Distrito Federal. No início de agosto, os servidores federais das categorias de enfermagem ligados ao Ministério da Saúde receberam três parcelas do valor complementar relativo aos meses de maio, junho e a parcela de julho.  O Governo Federal garantiu R$ 7,3 bilhões para viabilizar o pagamento do piso da enfermagem para todos os profissionais da categoria.

Nesta quarta (9), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, representantes de outras áreas do Governo Federal, dos entes federativos e das entidades ligadas ao tema pactuaram o calendário de repasses. “Esse é um momento histórico e muito importante em que estamos encerrando um ciclo de tantas discussões e desafios, sempre abertos à correção de rumo. A confiança recíproca [entre União, estados e municípios] é a base para um bom trabalho em relação ao piso”, ressaltou Trindade durante o encontro.

O início do repasse só foi possível após a conclusão de um levantamento de dados dos profissionais da enfermagem junto aos estados, municípios e Distrito Federal. Isso permitiu a melhor apuração dos valores a serem repassados a cada ente da federação. Os gestores locais preencheram a base de dados na funcionalidade criada e lançada pelo Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde (FNS), para subsidiar o cálculo da assistência financeira complementar prestada pela União aos entes subnacionais.

Além de diálogo aberto com os gestores, a pasta também manteve encontros periódicos com o Fórum Nacional da Enfermagem. Em continuidade a esse amplo debate e transparência das informações, será divulgada uma cartilha detalhando o processo de pagamento do recurso complementar garantido pelo Governo Federal para apoiar a implementação do piso da enfermagem.

Pagamento será feito em nove parcelas

Tanto os profissionais ligados ao Ministério da Saúde quanto estados, municípios e Distrito Federal devem receber nove parcelas em 2023. Os valores são retroativos ao mês de maio e incluem o 13 º salário. No caso da folha de pagamento do Ministério da Saúde, o depósito feito em agosto é referente aos meses de maio e junho, além da parcela de julho. A partir de agora, o Ministério da Saúde segue a programação para o pagamento das parcelas até dezembro, além do 13º salário, totalizando nove etapas em 2023.  

O Governo Federal reafirma a importância dos trabalhadores da enfermagem e reitera seu compromisso em garantir a implementação do piso para profissionais da enfermagem federais, estaduais e municipais, ou que atuam em estabelecimentos que atendem pelo menos 60% dos seus pacientes pelo SUS. De acordo com as orientações da Advocacia Geral da União (AGU), o cálculo do piso será aplicado considerando o vencimento básico e as gratificações de caráter geral, fixas e permanentes, não incluídas as de cunho pessoal. 

A metodologia de repasse aos entes e o monitoramento da implementação do piso em nível nacional tomará como base um grupo de trabalho com a participação de diferentes pastas (Ministério da Saúde, Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Ministério do Planejamento e Orçamento, Advocacia-Geral da União e Controladoria-Geral da União), sob supervisão dos ministérios que integram a estrutura da Presidência da República e coordenados pela Casa Civil.

Ministério da Saúde

Conab: produção de grãos deve crescer 17,4% na safra 2022/2023


A estimativa para a produção de grãos na safra 2022/23 é de 320,1 milhões de toneladas. O montante, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), representa incremento de 17,4% e volume de 47,4 milhões de toneladas a mais que o total colhido no ciclo passado.

Em nota, a Conab destacou que o resultado é reflexo da combinação de ganhos de área e de produtividade das lavouras. “Enquanto a área apresenta alta de 5% em relação à safra 2021/22, chegando a 78,3 milhões de hectares, a produtividade média registra elevação de 11,8%, saindo de 3.656 quilos por hectare para 4.086”. 

Milho 

A colheita do milho segunda safra, segundo a companhia, segue avançando e ultrapassa 64,3% da área plantada. Se confirmado, o volume estimado para a segunda safra ultrapassa 100 milhões de toneladas, maior produção já registrada na série histórica.  

Para a terceira safra, embora existam registros de pontos de estiagem em Alagoas e no nordeste da Bahia, as chuvas regulares de modo geral favorecem o bom desenvolvimento das lavouras. “Com o bom desempenho, a colheita total do cereal está projetada em aproximadamente 130 milhões de toneladas, 16,8 milhões de toneladas a mais do que na temporada passada”. 

Algodão 

A Conab prevê uma produção de 7,4 milhões para o algodão em caroço, o equivalente a 3 milhões de toneladas de pluma. A colheita, iniciada em junho, fechou julho com cerca de 30%, um atraso em relação à safra anterior, quando atingia 49,3%. 

Feijão 

Já o feijão deve ter uma colheita 2,6% superior ao resultado obtido no ciclo 2021/22, estimada em 3,07 milhões de toneladas. Na terceira safra, as condições climáticas, segundo o levantamento, vêm favorecendo o desenvolvimento das lavouras, onde prevalecem os estágios de floração, enchimento de grãos e maturação. 

Soja e arroz 

Produtos da safra de verão, soja e arroz têm produção estimada em 154,6 milhões de toneladas e 10,03 milhões de toneladas, respectivamente. No caso da oleaginosa, os destaques citados pelo balanço são Mato Grosso, maior produtor do grão no país, com 45,6 milhões de toneladas, e Bahia, estado com a maior produtividade – 4.020 quilos por hectare. 

Para o arroz, mesmo com o clima mais favorável, a redução observada na produção se deve ao plantio de área 8,5% inferior. 

Trigo 

Entre os produtos de inverno, o trigo registra crescimento na área plantada de 11,2%, chegando a 3,4 milhões de hectares. Com isso, a produção está estimada em 10,4 milhões de toneladas, volume semelhante ao obtido na safra anterior. 

Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil – Brasília