No último domingo (27), a abstenção nas eleições municipais de Ribeirão Preto atingiu um novo recorde, com 179,7 mil dos 477,5 mil eleitores da cidade não comparecendo às urnas, o que representa 37,6% do eleitorado. Esse percentual não só supera o registrado no primeiro turno deste ano, como também é maior que o de eleições anteriores.
Em 6 de outubro, durante o primeiro turno, a cidade já havia registrado uma taxa de abstenção elevada, com 33,51% e 160.027 eleitores ausentes. No segundo turno de 2020, a abstenção foi de 35,61%, com 157.340 pessoas não votando.
O cientista político Bruno Silva destaca que, ao somar as abstenções aos votos brancos e nulos, temos o que é conhecido como “taxa de alienação”. Em Ribeirão Preto, esse total chega a 215,4 mil pessoas, representando 45% do eleitorado.
“Isso aponta para uma dificuldade, um drama que a gente tem vivido atualmente, e claro, em termos de resultados aponta nitidamente para o quanto por vezes é difícil precisar e mensurar exatamente o resultado de uma eleição, porque tem um fator aí que pesa diretamente, posto que o que conta é voto válido”, analisa.
O segundo turno das eleições de 2024 resultou na vitória de Ricardo Silva (PSD) como novo prefeito de Ribeirão Preto a partir de 2025. Ele obteve 50,13% dos votos válidos, totalizando 131.421 votos, apenas 687 a mais que seu adversário, o empresário Marco Aurélio (Novo), que ficou com 49,87%.
