População de Ribeirão é a que mais frequenta shows e espetáculos culturais em SP

Um estudo realizado pela Fundação Seade traz à tona os hábitos culturais da população de Ribeirão Preto e de outras cidades do estado de São Paulo. Segundo a pesquisa, 54,9% dos ribeirão-pretanos frequentaram shows, espetáculos de dança, teatro e circo em 2023, liderando entre os maiores municípios paulistas nesse quesito.

Logo atrás da cidade, destacam-se São José dos Campos (53,8%), Sorocaba (52,2%) e Campinas (49,3%). Além disso, Ribeirão Preto figura como a terceira cidade com maior índice de pessoas que assistiram a filmes no cinema no último ano, totalizando 44,2% da população.

Entretanto, o estudo também aponta para uma baixa participação em atividades de leitura. Ribeirão Preto ocupa a quinta posição entre as grandes cidades do estado no quesito de não leitura de livros em 2023, com 27,7% da população sem ler nenhum livro no último ano. O estudo abrange diversas cidades paulistas, como a capital, Campinas, Guarulhos, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo, São José dos Campos e Sorocaba, buscando medir a percepção e o uso dos serviços culturais no estado. A pesquisa visa contribuir para o aprimoramento das políticas culturais, oferecendo um panorama detalhado em uma área muitas vezes carente de indicadores.

Hipnose pode reduzir dores crônicas em pessoas doentes? Saiba

A arte da hipnose, há tempos associada a entretenimentos de palco, está ganhando novos horizontes. O que era antes apenas uma atração para induzir risadas agora se revela como uma ferramenta séria no campo terapêutico. Pesquisas recentes exploram como essa técnica de alteração de consciência pode ser eficaz no controle da dor crônica e no tratamento de condições como depressão e fobias.

Entretanto, nem todos são igualmente suscetíveis à hipnose. Estudos estão investigando se existem conexões entre a predisposição à hipnose e o funcionamento do cérebro, em particular as atividades neurais. Uma pesquisa preliminar sugere que certas correlações entre padrões de atividade cerebral e a susceptibilidade à hipnose podem existir desde o início em algumas pessoas.

Além disso, experimentos mostraram que é possível alterar temporariamente a receptividade à hipnose. Por exemplo, os resultados publicados na revista Nature Mental Health realizado com pacientes com fibromialgia mostrou que a estimulação magnética transcraniana aplicada ao córtex pré-frontal dorsolateral aumentou a sensibilidade à hipnose. Embora o efeito tenha sido temporário, essa descoberta abre portas para novas possibilidades de tratamento, especialmente para aqueles que sofrem de dor crônica.

É crucial ressaltar que a hipnose deve ser conduzida por profissionais devidamente treinados e qualificados. Buscar informações sobre os profissionais e garantir sua credibilidade é essencial para evitar riscos e golpes.

USP Ribeirão Preto procura voluntários para pesquisa sobre dor lombar

O laboratório de recursos fisioterapêuticos da USP de Ribeirão Preto está convocando voluntários para participarem de uma pesquisa sobre dor lombar crônica em adultos. Os interessados, que devem ter entre 30 e 59 anos, com sintomas persistentes por mais de três meses, não praticantes de atividades físicas ou tratamento fisioterapêutico, serão atendidos no Campus da USP, especificamente no Departamento de Ciências e Saúde da Faculdade de Medicina.

O estudo, liderado por Marina Figueiredo Magalhães e sua equipe, visa entender melhor os impactos da dor lombar crônica, que afeta até 65% da população, podendo prejudicar significativamente a qualidade de vida e até mesmo levar ao afastamento do trabalho e de atividades sociais e esportivas. O tratamento, programado para ocorrer ao longo de cinco semanas, consistirá em sessões duas vezes por semana, totalizando 10 dias de intervenção. Para obter mais informações ou esclarecer dúvidas, os interessados podem entrar em contato através do número de WhatsApp (16) 99107-8174.

Estudo liga bactérias intestinais ao desenvolvimento de Alzheimer

Pesquisadores dos Estados Unidos, utilizando o maior estudo de associação genômica da microflora intestinal humana, encontraram evidências adicionais da relação entre a composição das bactérias intestinais e a doença de Alzheimer. O estudo, publicado em março de 2023, não apenas identificou uma ligação genética entre diferentes gêneros de bactérias intestinais e o Alzheimer, mas também apontou uma conexão entre esses micróbios e um fator de risco genético para a doença neurodegenerativa.

Ao analisar 119 gêneros bacterianos com base em um estudo envolvendo milhares de participantes, os pesquisadores identificaram 20 gêneros suspeitos de desempenhar um papel no desenvolvimento da doença de Alzheimer. Uma pesquisa mais restrita produziu 10 gêneros mais certos, dos quais quatro pareciam estar relacionados a um alelo genético, conhecido como APOE, que aumenta o risco de Alzheimer.

Entre esses gêneros, destaca-se o Actinobacterium Collinsella, associado não apenas ao Alzheimer e ao alelo APOE, mas também a condições como artrite reumatóide, aterosclerose e diabetes tipo 2. Os pesquisadores suspeitam que a capacidade do Collinsella de promover a expressão de hormônios inflamatórios e tornar o intestino mais permeável possa desempenhar um papel nos danos neurológicos associados ao Alzheimer.

Essas descobertas destacam a complexa relação entre a microbiota intestinal, fatores genéticos e a função cerebral, abrindo novas perspectivas para entender e potencialmente tratar doenças neurodegenerativas.

Governo de SP lança pesquisa para população opinar sobre o turismo

O Governo do Estado de São Paulo, por meio do Centro de Inteligência da Economia do Turismo da Secretaria de Turismo e Viagens, apresenta uma pesquisa online sobre a percepção do turismo em Ribeirão Preto. Essa iniciativa visa compreender as opiniões e visões dos moradores locais sobre o turismo na cidade e nos arredores.

Pedro Leão, Secretário da Cultura e Turismo de Ribeirão Preto, destaca a relevância dos resultados para orientar ações sustentáveis futuras, tanto em nível estadual quanto municipal. A pesquisa permitirá que cidades com mais de 200 respostas visualizem seus resultados de maneira individualizada, enquanto aquelas com menos de 200 respostas terão acesso aos resultados de suas regiões turísticas e regiões administrativas.

“A participação dos cidadãos é crucial para compreendermos melhor as necessidades locais e implementarmos medidas eficazes. Juntos, podemos elevar Ribeirão a novos patamares, proporcionando um turismo mais atrativo e sustentável”, enfatiza Pedro Leão. A pesquisa está disponível para participação no link https://bit.ly/percepcao2024.

Economia cresce 2,7% no trimestre encerrado em julho

O Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – cresceu 2,7% no trimestre encerrado em julho deste ano, ou seja, de maio a julho, na comparação com o mesmo período do ano passado. O dado é do Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta quarta-feira (20). 

Considerando-se apenas o mês de julho, a atividade econômica do país recuou 0,3% em relação a junho deste ano, mas avançou 1,8% na comparação com julho do ano passado. 

Segundo a FGV, o crescimento de 2,7% na comparação do trimestre móvel encerrado em julho com o mesmo período de 2022 foi puxado pelo consumo das famílias, que avançou 2,6%, e pelas exportações, que cresceram 15,1% no período. A queda de 0,9% das importações também contribuiu para o desempenho positivo do PIB nacional. 

Por outro lado, a formação bruta de capital fixo – isto é, os investimentos – recuou 3,2%, principalmente devido à queda de 9,4% no segmento de máquinas e equipamentos. De acordo com a FGV, o PIB acumulado do país nos sete primeiros meses deste ano é de R$ 6,11 trilhões. 

Edição: Graça Adjuto/Agência Brasil

Diferença salarial no Brasil entre homens e mulheres continua a aumentar

O relatório People at Work 2023, produzido pelo ADP Research Institute, revela uma preocupante disparidade salarial entre gêneros que continua a crescer. O estudo, que entrevistou mais de 32 mil trabalhadores em 17 países, aponta que as mulheres estão enfrentando dificuldades em acompanhar os aumentos salariais recebidos pelos homens. No Brasil, por exemplo, os homens relatam ter obtido aumentos salariais de 6,9% em 2022, enquanto as mulheres receberam um aumento médio de 6,6%. A discrepância se reflete na média global, onde os aumentos salariais para homens atingiram 6,7%, enquanto as mulheres receberam apenas 6%. As projeções para o próximo ano também são desfavoráveis, com homens prevendo aumentos salariais de 8,5%, enquanto as mulheres esperam, em média, apenas 8%.

Além das diferenças salariais de gênero, a pesquisa também abordou questões relacionadas à idade. Tanto trabalhadores mais jovens quanto mais velhos expressaram preocupações sobre suas perspectivas de aumento salarial e recebimento de bônus. Por exemplo, apenas metade dos trabalhadores da Geração Z (18 a 24 anos) e daqueles com 55 anos ou mais acreditam que receberão um aumento salarial em suas atuais empresas nos próximos 12 meses. Isso contrasta com aproximadamente dois terços dos trabalhadores em outras faixas etárias que antecipam um aumento salarial. Essas preocupações com aumento salarial também se estendem ao recebimento de bônus, com uma proporção significativamente menor de trabalhadores mais jovens e mais velhos acreditando que são elegíveis para esse benefício em comparação com seus colegas de outras faixas etárias.

O estudo destaca não apenas as disparidades salariais, mas também a percepção dos trabalhadores sobre suas perspectivas no mundo do trabalho. Para mais informações detalhadas sobre a pesquisa, você pode acessar o link. Esses resultados chamam a atenção para a necessidade contínua de promover igualdade de gênero e garantir oportunidades justas de avanço profissional para todas as faixas etárias.

Informações de RPMA Comunicações

Pesquisa vai definir perfil do turista dos principais destinos paulistas

Gestores e técnico municipais participaram de uma capacitação para definir o perfil socioeconômico dos turistas que vêm a São Paulo; identificando desde a motivação da viagem até os equipamentos ofertados por cada uma das principais cidades. A iniciativa foi promovida pela Associação dos Municípios de Interesse Turísticos do Estado de São Paulo (Amitesp), em parceria com a Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP) e Universidade de São Paulo (USP).

O secretário da Pasta, Roberto de Lucena, parabenizou a mobilização dos municípios e agradeceu a parceria com a Universidade de São Paulo para a realização do estudo. “O governo deve anunciar, nos próximos dias, medidas positivas que impactam diretamente os Municípios de Interesse Turístico (MIT’s)”, disse o secretário se referindo ao contingenciamento das verbas do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos (Dadetur).

Durante toda manhã, na sede da Setur-SP, no centro da capital paulista, secretários de turismo municipais e técnicos foram orientados sobre como fazer o estudo, que é um dos critérios de participação no ranqueamento de um MIT.  Além de obrigatório, o levantamento é um instrumento usado na própria política de desenvolvimento das cidades. A pesquisa, que será feita por meio do site da Amistesp, vai identificar o visitante, a motivação da viagem, os principiais meios de transporte utilizados, o nível de satisfação com os serviços de hotelaria e os principais atrativos oferecidos pelos 140 MIT’s que o estado possui atualmente.

Também estiveram presentes, o presidente da Amitesp, Murilo Pinheiro; o deputado estadual Helinho Zanata; o prefeito da cidade de Torrinha, René Blumer, e, representando a Universidade de São Paulo, o professor doutor Edegar Tomazzoni.

45% das mulheres mostram algum tipo de transtorno mental, indica pesquisa

O relatório “Esgotadas: empobrecimento, sobrecarga de cuidado e sofrimento psíquico das mulheres”, produzido pela ONG Think Olga, aponta que 45% das mulheres no Brasil foram diagnosticadas com ansiedade, depressão ou outros transtornos mentais após a pandemia de covid-19. A ansiedade afeta seis em cada dez mulheres. A pesquisa envolveu 1.078 mulheres, entre 18 e 65 anos, em todos os estados do país, durante maio de 2023. A margem de erro é de 3 pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%.

Maíra Liguori, da Think Olga, afirmou que o relatório não surpreende pois reflete problemas já conhecidos, com as mulheres sobrecarregadas e cansadas. A maioria relata pouco acesso a cuidados específicos para os transtornos mentais e recorre a atividades físicas e religião para lidar com isso. Problemas financeiros e a dupla jornada são pressões significativas.

A pesquisa aborda o sofrimento feminino, desde sobrecarga de trabalho e insegurança financeira até cansaço mental e físico resultante da economia do cuidado, que inclui tarefas domésticas e de sustento da vida.

Finanças e equilíbrio entre vida e trabalho recebem baixas notas de satisfação. A vida financeira teve 1.4 e o equilíbrio entre áreas da vida teve 2.2. Ainda de acordo com a pesquisa, 48% das entrevistadas enfrentam apertos financeiros e 32% estão insatisfeitas com sua remuneração. Entre as classes D e E, 59% estão insatisfeitas com a situação financeira, e entre as pretas e pardas, essa insatisfação atinge 54%.

Em 38% dos lares, as mulheres são as principais provedoras, muitas vezes negras, da classe D e E, e acima de 55 anos. Apenas 11% das entrevistadas não contribuem financeiramente para suas famílias.

Em 2022, mulheres gastaram 21,4 horas semanais em tarefas domésticas e de cuidado, comparado com 11 horas dos homens. O relatório mostra que sobrecarga doméstica e excesso de trabalho foram a segunda maior causa de insatisfação, após preocupações financeiras.

A sobrecarga de cuidado é particularmente sentida pelas mulheres de 36 a 55 anos (57% cuidam de alguém) e pretas/pardas (50% cuidam de alguém).

86% das mulheres sentem uma carga pesada de responsabilidades, sendo maior entre mães solos e cuidadoras. A sobrecarga também é agravada por restrições financeiras, impactando a saúde mental.

26% das entrevistadas jovens afirmaram que os padrões de beleza prejudicam a saúde mental e 16% citaram medo de violência.

91% destacaram a importância da saúde emocional e 76% buscam prestar mais atenção à saúde mental, especialmente após a pandemia. Apenas 11% não cuidam da saúde emocional.

Nana Lima, co-diretora da Think Olga, enfatizou a necessidade de entender o impacto do cuidado e combater o tabu de discussões sobre saúde mental. Ações privadas, civis e públicas são cruciais para o futuro das mulheres.

Edição: Valéria Aguiar/Agência Brasil