Agrishow 2025: Lançamento da 30ª edição da feira de Agronegócio em Ribeirão Preto

Evento promete movimentar R$ 15 bilhões em negócios e conta com melhorias na infraestrutura

A 30ª edição da Agrishow, uma das maiores feiras de agronegócio do Brasil, foi oficialmente lançada nesta terça-feira (1º de abril) em Ribeirão Preto. O evento, que ocorrerá entre os dias 28 de abril e 2 de maio de 2025, promete gerar até R$ 15 bilhões em negócios e contará com diversas melhorias na infraestrutura. O lançamento aconteceu no Hotel JP, às margens da rodovia Anhanguera, e reuniu representantes do setor agrícola e autoridades.

Principais Expectativas para a Agrishow 2025:

  • Tamanho da Feira: A Agrishow ocupará 520 mil metros quadrados, com mais de 800 expositores.
  • Expectativa de Visitantes: O evento espera atrair 200 mil visitantes durante os cinco dias.
  • Melhorias de Infraestrutura: Todas as ruas da feira foram asfaltadas e a capacidade dos banheiros foi dobrada. A área de alimentação agora ocupa um campo de futebol e meio, proporcionando mais conforto para os participantes.

O presidente da feira, João Marchesan, destacou o otimismo do setor, com a previsão de aumento de 15 milhões de hectares de novas áreas a serem plantadas nos próximos 10 anos. Ele reforçou a importância do agronegócio para o Brasil, tanto na sustentação da balança comercial quanto na alimentação da população.

Novidades na Estrutura:

  • Pista de Pouso: A pista de pouso foi retirada da feira, e um acordo foi feito com a antiga usina Santa Lídia para utilizar o aeroporto do local, com aviões menores e helicópteros. Para facilitar o transporte, um serviço de van será disponibilizado para o transporte de passageiros.
  • Abertura Exclusiva: A abertura oficial da Agrishow será realizada no domingo, 27 de abril, exclusivamente para autoridades, sem a presença de público, com o objetivo de evitar tumultos e garantir melhor organização.

Com mais de 800 expositores e grandes expectativas de negócios, a Agrishow 2025 se prepara para ser um marco no setor agrícola, reunindo inovação, tecnologia e oportunidades de negócios.

Altas nos preços dos ovos chegam a 15% em fevereiro

Custo do milho, altas temperaturas e demanda aquecida durante a Quaresma impulsionaram alta de preços

O preço dos ovos subiu 15% em fevereiro em comparação com janeiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira (12) pelo IBGE. No acumulado de janeiro e fevereiro, a alta foi de 16,4%, e em 12 meses, o aumento chegou a 10,4%. Especialistas apontam que o principal fator por trás dessa elevação são os custos de produção, especialmente o milho, além do clima extremo e da demanda sazonal durante a Quaresma, que aquece as vendas de ovos.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) explicou que o aumento no preço dos ovos é esperado durante a Quaresma, período em que os católicos geralmente substituem a carne vermelha por proteínas brancas, como ovos. No entanto, a alta de preços foi mais precoce do que o habitual. Tabatha Lacerda, diretora do Instituto Ovos Brasil (IOB), afirmou que o impacto da Quaresma costuma ocorrer mais tarde, o que surpreendeu o mercado. Segundo ela, o aumento nos custos de produção, como o milho, que subiu 30% desde julho de 2024, contribuiu para essa elevação mais antecipada.

Além do aumento do milho, o custo das embalagens também teve um impacto significativo. A ABPA informou que os preços das embalagens subiram mais de 100% nos últimos oito meses, o que agravou ainda mais a alta nos preços dos ovos. O clima extremo, com temperaturas elevadas, também teve efeito direto sobre a produtividade das aves, reduzindo a oferta e pressionando os preços.

A alta do preço dos ovos em fevereiro resultou em uma queda nas vendas no atacado, especialmente no Espírito Santo, onde a redução nas negociações gerou pressão para que fossem oferecidos descontos. Contudo, especialistas acreditam que, com a proximidade da Quaresma, a demanda por ovos voltará a crescer, ajudando a estabilizar os preços. A ABPA, por sua vez, espera que o preço dos ovos se normalize até o fim desse período.

Embora se espere uma desaceleração na alta de preços após a Quaresma, analistas como Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado, alertam que isso não é garantido. Ele afirma que a forte demanda por ovos também está relacionada ao aumento nos preços das carnes bovina, suína e de frango. Caso os preços dessas proteínas continuem elevados após a Quaresma, a inflação nos ovos pode persistir, mesmo que com intensidade menor.

Além disso, Tabatha Lacerda observou que, ao longo dos últimos anos, os consumidores passaram a incorporar o ovo como uma proteína básica em sua alimentação. De acordo com ela, o consumo de ovos aumentou significativamente, com uma previsão de consumo per capita de 272 ovos por pessoa em 2025, comparado a 242 ovos em 2023. Esse comportamento também está influenciando a demanda contínua, especialmente quando os preços das carnes mais tradicionais sobem.

IBGE prevê safra recorde de 314,8 milhões de toneladas para 2025

A safra agrícola brasileira de 2025 deve alcançar um recorde de 314,8 milhões de toneladas, marcando um aumento de 7% em relação a 2024, com um adicional de 20,5 milhões de toneladas. Essa projeção foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no 2º Prognóstico para a Produção Agrícola de 2025, divulgado em 12 de dezembro. A estimativa foi revisada para cima, com um crescimento de 1,2% em comparação ao primeiro prognóstico do ano.

Em relação à safra de 2024, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola aponta uma produção de 294,3 milhões de toneladas, uma queda de 6,7% em comparação a 2023. No entanto, essa previsão foi ligeiramente ajustada para cima, com um aumento de 0,2% em relação à estimativa de outubro.

A soja, que deverá alcançar 163,5 milhões de toneladas, é o principal motor do crescimento da safra de 2025, com um aumento de 12,9% em relação a 2024. Além disso, a produção de milho 1ª safra deve crescer 9,3%, enquanto o arroz e o feijão 1ª safra também apresentam estimativas de crescimento, com aumentos de 6,5% e 29%, respectivamente.

No entanto, algumas culturas devem ter uma redução na produção. O algodão herbáceo, o milho 2ª safra, o sorgo e o trigo devem sofrer quedas em 2025, com variações negativas que chegam a 10,9% no caso do trigo.

A área total destinada ao cultivo de cereais, leguminosas e oleaginosas será de 79,8 milhões de hectares, um aumento de 0,8% em relação ao ano anterior. Os estados de Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais devem registrar os maiores aumentos na produção, enquanto Maranhão, Sergipe e Pará enfrentam previsões de redução.

Além disso, a área cultivada com culturas como arroz, feijão 1ª safra e soja deve crescer, enquanto o milho 1ª safra, sorgo e trigo deverão ter redução na área plantada. As projeções indicam que o Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná terão aumento na área colhida, enquanto estados como Goiás e Santa Catarina podem apresentar queda.

Agro assina contrato que viabiliza plantas medicinais no sistema de saúde

O Governo de São Paulo e a União firmaram um acordo que viabiliza a produção de plantas medicinais e aromáticas e de fitoterápicos no sistema de saúde. Com isso, o Estado vai fortalecer a produção da agricultura familiar. A assinatura do acordo também foi marcada pela aquisição de alimentos da agricultura familiar pelo Hospital São Paulo, da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp).

Conforme a assinatura do contrato, a expectativa é abrir caminho para a aquisição de plantas medicinais e aromáticas e de extratos vegetais da agricultura familiar no Sistema Único de Saúde (SUS) de São Paulo. Esses medicamentos já têm eficácia comprovada e viabilizam uma cadeia produtiva apoiada na agricultura familiar de base agroecológica.

A pesquisadora Sandra Maria Pereira, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, a Apta, dá mais detalhes sobre a parceria. O acordo foi firmado entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar:

“Estamos trabalhando em conjunto para desenvolver toda essa cadeia e para ter mais saúde com o segmento das plantas medicinais e dos fitoterápicos, que também fazem parte das práticas integrativas e complementares na Atenção Básica de Saúde. Esperamos viabilizar a entrega de plantas e extratos.”

O contrato assinado dá respaldo para mais pesquisas sobre políticas públicas com plantas medicinais em São Paulo. A vigência do acordo é de quatro anos. O Brasil já conta com a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos baseado, por exemplo, na ampliação das opções terapêuticas e melhoria da atenção à saúde aos usuários do SUS.

“Para São Paulo é muito relevante esse relacionamento, pois o projeto de pesquisa já tem um alcance em âmbito federal, favorecendo o futuro acesso aos medicamentos fitoterápicos no SUS, sempre visando a melhoria da qualidade de vida da população”, destaca Daniel Gomes, diretor geral da Apta Regional.

Safra paulista 2023/24 tem alta nas produções de arroz e sorgo, mas outras culturas sofrem queda

A safra de grãos de 2023/2024 em São Paulo apresentou desafios, com uma produção total estimada em 8,92 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 22,2% em comparação com a temporada anterior. As condições climáticas adversas, como ondas de calor e chuvas irregulares, foram os principais fatores responsáveis pela queda na produtividade de diversas culturas.

Apesar de um leve aumento de 0,4% na área plantada, que alcançou 2,63 milhões de hectares, a produtividade média das lavouras caiu significativamente, 22,5%, ficando em 3.396 kg/ha. Entre as exceções, as culturas de arroz e sorgo se destacaram com crescimento na produção.

O arroz registrou um aumento de 11,3% na produtividade, levando a uma produção total de 56,6 mil toneladas, enquanto o sorgo cresceu 8,1% em volume, com 400,9 mil toneladas, impulsionado principalmente pela expansão da área plantada.

Por outro lado, as culturas de algodão, amendoim, milho e soja sofreram perdas consideráveis. O amendoim viu sua produtividade cair 31,8%, o algodão teve uma redução de 23,3% na área plantada, e a produção de milho recuou 23,1%. A soja, também bastante afetada, registrou uma queda de 25,6% na produção total, mesmo com a área plantada estável em 1,3 milhão de hectares.

Os dados foram analisados pelo Departamento Econômico da Faesp, com base nas informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Mudanças climáticas podem reduzir a produção de cana-de-açúcar em até 20%

Um estudo do Laboratório Nacional de Biorrenováveis, vinculado ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), indica que a produção de cana-de-açúcar no Brasil pode cair até 20% nos próximos dez anos devido às mudanças climáticas. Esse impacto também afetará o mercado de etanol e o setor de biocombustíveis no país, que é o maior produtor e consumidor global de biocombustíveis.

O estudo foi conduzido com base em dados climáticos históricos e simulações agroclimáticas para a região Centro-Sul do Brasil, que inclui São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Esses estados são responsáveis ​​por 90% da produção nacional de cana.

A pesquisa destaca que a principal ameaça para a cana-de-açúcar será a redução na quantidade e frequência das chuvas, que supera o efeito das temperaturas mais altas.

O engenheiro agrícola Gabriel Petrielli, principal responsável pelo estudo, alerta que a queda na produção pode levar a uma perda significativa de receita para o setor. Estima-se que a redução na produtividade pode diminuir a receita de CBIOs em até US$ 1,9 milhão por bilhão de litros de etanol produzido, resultando em uma perda anual de cerca de US$ 60 milhões.

Além disso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma redução de 3,8% na safra de cana 2024/2025 devido aos baixos índices de especificação e às altas temperaturas.

Dados recentes mostram um aumento de 8,57% na moagem de cana na região Centro-Sul em comparação com o mesmo período do ciclo anterior.

Os incêndios também agravaram a situação. Entre 21 e 25 de agosto, cerca de 80 mil hectares de cana foram destruídos no estado de São Paulo, e, até 4 de setembro, mais de 100 mil hectares foram queimados, resultando em um prejuízo estimado em mais de R$ 800 milhões.

A previsão para a safra de cana-de-açúcar 2024/2025 é de 689,8 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 3,3% em relação ao ciclo anterior. Embora o número de hectares destinados à colheita tenha aumentado 3,5%, o desempenho das lavouras está aquém do esperado.

Com problemas hídricos e incerteza climática, safra de cana em SP enfrenta declínio

O segundo relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a safra de cana-de-açúcar 2024/25 em São Paulo revela um cenário desafiador para os produtores, com uma redução na produtividade devido à grave escassez de água. Embora haja um leve aumento na produção total comparado à estimativa anterior, o volume final de produção será inferior ao da safra passada.

Apesar de uma expansão na área colhida, a produtividade por hectare sofreu uma queda acentuada. A previsão é de que a produção de açúcar seja priorizada devido aos preços mais elevados, mas a quantidade total de açúcar produzida será menor em relação à safra anterior.

A produção de etanol também deverá diminuir. Apesar da redução no rendimento das lavouras, o ATR (Açúcar Total Recuperável) médio deve se manter próximo ao do ciclo anterior, com uma leve variação positiva.

Embora a safra atual de cana-de-açúcar apresente índices de declínio, São Paulo deve registrar a segunda maior safra desde 2017/2018. A safra anterior estabeleceu um recorde.

Agro Paulista registra superávit nos primeiros sete meses de 2024

No período de janeiro a julho de 2024, o agronegócio paulista obteve um superávit de 9,7%. As exportações do setor representaram 42,8% do total da Balança Comercial do Estado. As vendas externas do agronegócio paulista cresceram 9,6%, totalizando US$ 16,83 bilhões. As importações do setor também aumentaram, com um crescimento de 9,3%, alcançando US$ 3,28 bilhões.

Como resultado, a balança comercial do agronegócio paulista teve um saldo positivo de US$ 13,55 bilhões, marcando um aumento de quase 10% em relação ao mesmo período do ano passado.

PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS

Entre janeiro e julho de 2024, os principais produtos exportados pelo agronegócio paulista foram:

  • Complexo sucroalcooleiro: US$ 6,51 bilhões, com o açúcar representando 92,2% e o etanol 7,8%.
  • Produtos florestais: US$ 1,83 bilhão, sendo a celulose responsável por 54,0% e o papel 38,4%.
  • Carnes: US$ 1,81 bilhão, com a carne bovina destacando-se com 83,4% do total.
  • Complexo soja: US$ 1,77 bilhão, com a soja em grão representando 81,4%.
  • Sucos: US$ 1,36 bilhão, com 97,6% deste valor sendo referente ao suco de laranja.

Esses cinco grupos de produtos representaram 79% das exportações do agronegócio paulista. O café, tradicional no estado, ficou em sexta posição, com vendas de US$ 737,40 milhões, sendo 73,3% desse valor referentes ao café verde.

Comparado ao mesmo período de 2023, os segmentos que tiveram maior crescimento no valor exportado foram: o complexo sucroalcooleiro (+31,8%), o café (+31%), sucos (+20%), produtos florestais (+15%) e carnes (+4,3%). Em contrapartida, o complexo soja teve uma queda significativa de 36,7% nas exportações.

PARTICIPAÇÃO DO AGRONEGÓCIO PAULISTA NO BRASIL

São Paulo respondeu por 17,2% das exportações brasileiras de agronegócio, um aumento de 1,4 ponto percentual em relação ao ano anterior. O estado ocupa a segunda posição entre os maiores exportadores do setor no Brasil, atrás apenas de Mato Grosso (18,5%). Paraná é o terceiro colocado com 11,1%, seguido por Minas Gerais (9,9%) e Rio Grande do Sul (8,2%).

Os produtos do agronegócio paulista que mais se destacaram nas exportações nacionais foram sucos (85,6%), produtos alimentícios diversos (73,2%) e o complexo sucroalcooleiro (59,0%). Esse panorama reflete o desempenho do comércio exterior do agronegócio paulista e nacional nos primeiros sete meses de 2024.

Doença de Newcastle: Foco no RS é oficialmente encerrado; entenda como fica a exportação

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou nesta sexta-feira (26) o término do surto da Doença de Newcastle em um aviário localizado em Anta Gorda, no Vale do Taquari. Com o fim do foco, o Brasil está preparado para fornecer todas as informações sobre o diagnóstico e as medidas tomadas para os países importadores de carne de aves, esperando a retomada das exportações que haviam sido suspensas em mais de 40 nações devido ao surto.

O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart, explicou que a liberação das exportações ocorrerá após a confirmação de que o país está livre da doença. A suspensão das exportações variava conforme o produto e a área afetada, incluindo carnes de aves de todo o território nacional, do Rio Grande do Sul ou de uma área de 50 km ao redor do foco da doença.

O aviário afetado continuará sob vigilância por um período de 42 dias para garantir a ausência de circulação do vírus. Caso não sejam detectados resquícios da doença, o local será reaberto para operação. Na quarta-feira (24), o Mapa reduziu a área de emergência zoossanitária para cinco municípios: Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado, todos dentro de um raio de 10 km do foco inicial. Inicialmente, a emergência cobria todo o Rio Grande do Sul. Durante o surto, 7 mil aves foram sacrificadas no aviário de Anta Gorda.

As medidas de emergência zoossanitária incluem o sacrifício das aves afetadas, limpeza e desinfecção dos locais, medidas de biosseguridade, criação de zonas de proteção e vigilância em propriedades dentro de um raio de 10 km, e instalação de barreiras sanitárias. Estas ações têm duração de 90 dias e visam o isolamento da área afetada e a restrição de movimentação de materiais de risco.

Das 858 propriedades rurais na área, 78% já foram inspecionadas, segundo o governo estadual. A Doença de Newcastle (DNC) é uma infecção viral que afeta aves domésticas e silvestres, causada pelo vírus do grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1). A doença pode causar sintomas respiratórios, manifestações neurológicas, diarreia e inchaço da cabeça em frangos. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), garantiu que o consumo de frango continua seguro, mesmo após o diagnóstico do surto.

Preço vai baixar? Governo estabelece parceria com produtores para regular preços do arroz

O governo federal firmou um acordo com produtores e a indústria do arroz para acompanhar e regular os preços e o abastecimento do grão em todo o Brasil. O acordo foi formalizado na quarta-feira (03), com a presença dos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira, além do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.

De acordo com Andressa Silva, diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), os compromissos incluem garantir uma oferta contínua de arroz e preços justos em toda a cadeia, além de manter estoques em centros consumidores e desenvolver alternativas para garantir o abastecimento em áreas mais vulneráveis.

Como parte do acordo, o governo se comprometeu a não realizar leilões para importação do grão, apesar da medida provisória que permite essas importações ainda estarem em vigor até setembro. “O Senado prorrogou a medida provisória por mais 60 dias, portanto, a possibilidade de leilão ainda existe. Contudo, com o novo compromisso, esperamos não precisar recorrer a essa opção”, explicou o presidente da Conab em um vídeo publicado em suas redes sociais após o acordo.

Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), ressaltou que a abertura de diálogo com o governo foi crucial para esclarecer questões do mercado de arroz. “Discutimos os grandes riscos de continuar com a ideia de importações massivas ou a realização de leilões, o que poderia criar insegurança no setor e ameaçar a área plantada para a próxima safra. Vamos orientar os produtores para que abasteçam a indústria e garantam a estabilidade no fornecimento ao consumidor”, disse Velho.

COMO SERÁ FEITO O MONITORAMENTO?

Durante a reunião, foi decidido que a Câmara Setorial do Arroz estabelecerá um grupo de trabalho, em colaboração com a Conab, para acompanhar o mercado do grão. A Câmara Setorial, um órgão consultivo do Ministério da Agricultura composto por entidades do setor privado, realizará levantamentos semanais de preços. Se forem identificadas altas, a Conab comunicará a Câmara Setorial, que mobilizará o setor produtivo e a indústria para corrigir a situação.

O governo, através do Ministério da Agricultura (Mapa), do MDA e da Conab, trabalhará em conjunto com o setor para manter o arroz a preços acessíveis para o consumidor. “Em caso de aumento dos preços do arroz, serão tomadas medidas para controlar a situação”, afirmou o presidente da Conab.