Tensão entre EUA e Colômbia cancela reunião da Celac sobre deportações

Encontro de urgência é cancelado. Justificativa oficial de Honduras ao Brasil sobre a suspensão da reunião da Celac menciona acordo entre Petro e Trump.

A trégua temporária entre os Estados Unidos e a Colômbia, após troca de acusações, ameaças e sanções tributárias, desmobilizou a reunião que estava marcada para esta quinta-feira (30) entre países da América Latina e do Caribe. Além disso, a pressão de presidentes como os da Argentina e El Salvador, apoiadores de Donald Trump, também contribuiu para o adiamento do encontro.

Os países da América Latina e do Caribe iriam se reunir para discutir as medidas de deportação do governo Trump, mas a falta de consenso entre os membros do bloco levou ao cancelamento da reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

A avaliação da diplomacia brasileira é de que, após uma série de ações inesperadas no último fim de semana, os principais envolvidos na crise optaram por amenizar a tensão e evitar a escalada do impasse. No entanto, a crise ainda não foi considerada resolvida.

Os Estados Unidos decidiram manter o auxílio social a Israel e ao Egito, mas sem avançar em outros pontos. No Brasil, foi criado um grupo de trabalho para definir um plano humanitário para as deportações. Como Trump ainda não nomeou um embaixador, as negociações estão sendo conduzidas pelo encarregado temporário da embaixada junto ao governo Lula.

O foco principal é garantir condições mínimas de dignidade para os deportados, com acesso a água potável, alimentos, banheiros e transporte aéreo adequado. Além disso, a proposta é que as algemas sejam retiradas assim que os deportados chegarem ao Brasil.

Nova IA chinesa põe em risco o protagonismo dos EUA

China supreende com DeepSeek: Concorrência pela liderança em IA ganha novos contornos

O lançamento do DeepSeek, o chatbot chinês, provocou uma reviravolta no mercado, sendo rapidamente comparado ao impacto do lançamento do satélite Sputnik pela União Soviética em 1957. Lançado no mesmo dia da posse de Donald Trump, em 20 de janeiro, o DeepSeek rapidamente ganhou destaque, superando o ChatGPT em número de downloads na App Store dos EUA em apenas uma semana. Em 26 de janeiro, essa ascensão levou grandes empresas de tecnologia a perderem US$ 1 trilhão na Bolsa de Nova York.

O termo “momento Sputnik” se refere à surpresa e à aceleração da corrida pela liderança na inteligência artificial, especialmente considerando os custos muito mais baixos do DeepSeek em comparação com os gigantes americanos. Enquanto as empresas dos EUA gastam bilhões para treinar seus modelos de IA, a startup chinesa treinou seu robô com um investimento de apenas US$ 6 milhões, um valor consideravelmente menor. Isso tem gerado preocupações sobre a sustentabilidade dos altos gastos no setor, afetando diretamente as grandes empresas, como a Meta, que planeja investir US$ 65 bilhões em IA neste ano.

A competição entre os EUA e a China na área de inteligência artificial está se intensificando. Apesar das restrições impostas pelos EUA, como a limitação de exportação de chips avançados para a China, o sucesso do DeepSeek coloca em xeque a ideia de que os EUA manterão a liderança global nessa tecnologia. A China, que não possui acesso a chips tão avançados quanto os disponíveis para empresas americanas, encontrou alternativas para treinar seus modelos de IA com menos recursos, surpreendendo analistas e investidores.

O impacto geopolítico dessa disputa vai além da tecnologia. A inteligência artificial tem sido vista como a chave para a nova Revolução Industrial, com a capacidade de transformar produtos e gerar influência global. Para os EUA, perder a liderança em IA para a China pode afetar sua posição estratégica e econômica no cenário global, conforme destacado por especialistas como Anderson Soares, da Universidade Federal de Goiás.

Apesar do impressionante avanço da DeepSeek, alguns analistas consideram a reação exagerada. Embora o modelo chinês tenha apresentado um desempenho competitivo, há limitações, como a incapacidade de processar informações visuais, algo que outras IA, como o ChatGPT, já conseguem fazer. Além disso, alguns questionam se o custo informado de US$ 6 milhões é realmente verdadeiro, sugerindo que o DeepSeek pode ter investido mais do que foi divulgado. No entanto, o sucesso inicial do DeepSeek reflete a crescente força da China na corrida pela supremacia tecnológica, um objetivo declarado para 2030.

Dólar cai pelo 6º dia consecutivo

Com essa queda a moeda renova o menor valor desde novembro

O dólar registrou sua sexta queda consecutiva nesta segunda-feira (27), fechando a R$ 5,91. Esse movimento reflete, em parte, a expectativa de que as políticas tarifárias do novo presidente dos EUA, Donald Trump, possam ser mais moderadas do que o inicialmente previsto. A recuperação também ocorre após a Colômbia e os Estados Unidos chegarem a um acordo sobre os voos de deportação, afastando a possibilidade de uma escalada nas tensões comerciais.

Os mercados continuam atentos às decisões de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, previstas para quarta-feira (29). No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve anunciar um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, que deve chegar a 13,25% ao ano. Já nos EUA, o Federal Reserve (Fed) é esperado para manter as taxas entre 4,25% e 4,50% ao ano, em um cenário de inflação controlada, mas com muitas incertezas econômicas.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, apresentou alta no final da sessão, refletindo o otimismo do mercado com as expectativas de juros mais altos e o controle da inflação no Brasil. No entanto, a cautela ainda prevalece, especialmente diante das possíveis políticas de tarifas comerciais de Trump, que podem afetar a economia global e a inflação nos Estados Unidos.

Além disso, o mercado segue monitorando o setor de tecnologia, com o recente sucesso do assistente de IA da startup chinesa DeepSeek, que superou o ChatGPT em downloads, atraindo atenção e mudando as expectativas sobre o setor. A perda de valor de mercado das gigantes de tecnologia também é um tema relevante.

Por fim, as expectativas para o futuro da economia brasileira também são influenciadas pelas projeções de inflação, que aumentaram para 5,50% em 2025, e o impacto de possíveis juros mais altos, que podem ajudar a controlar a inflação, mas também afetar o crescimento econômico. As próximas semanas serão decisivas para os mercados internacionais e locais.

Trump assume a presidência e promete reforçar a soberania dos EUA

Donald Trump assumiu a Presidência dos Estados Unidos em cerimônia no Capitólio nesta Segunda-feira, 20 de Janeiro

Donald Trump assumiu oficialmente a presidência dos Estados Unidos em uma cerimônia realizada no Capitólio nesta segunda-feira, 20 de janeiro. Em seu discurso inaugural, Trump destacou que estava iniciando uma nova era para o país, proclamando que a “era de ouro da América começa agora”. Ele afirmou que, durante seu mandato, os Estados Unidos seriam novamente respeitados no cenário global.

O novo presidente fez questão de reforçar que os EUA não seriam mais explorados por outras nações. “Nenhum país se aproveitará mais de nós”, declarou, enfatizando a restauração da soberania americana. Trump também criticou o que chamou de uso indevido do sistema judiciário como ferramenta política e prometeu que esse abuso seria encerrado em sua administração.

Em um tom forte, Trump atacou o que descreveu como um “establishment radical e corrupto”, responsabilizando-o pelas falhas que, segundo ele, têm prejudicado o país. Em seu discurso, ele deixou claro que o foco de seu novo mandato será reverter o que ele considerou uma “traição eleitoral” e devolver aos cidadãos americanos “sua fé, riqueza, democracia e liberdade”.

O presidente declarou que o “declínio da América acabou” e afirmou ter vencido aqueles que tentaram impedir sua candidatura. Trump marcou o 20 de janeiro de 2025 como o “dia da libertação”, chamando-o de um marco para a “revolução do senso comum”. Ele também destacou que seus primeiros dias de governo seriam focados em restaurar o país, com uma série de ordens executivas que, segundo ele, mudariam os rumos da nação.

Entre as primeiras ações de seu governo, Trump anunciou que declararia uma emergência nacional na fronteira sul dos EUA para combater a imigração ilegal. Ele prometeu interromper a entrada de imigrantes ilegais e iniciar a deportação de “milhões de criminosos”. Além disso, Trump afirmou que designaria cartéis de drogas como organizações terroristas estrangeiras, reforçando suas políticas de segurança nacional. Essas medidas iniciais marcam o começo de um mandato com promessas de mudanças significativas no país.

Moraes recusa pedido de Bolsonaro para ir à posse de Trump

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (16) o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para recuperar seu passaporte e viajar aos Estados Unidos para a posse do presidente eleito Donald Trump, marcada para 20 de janeiro. Esta foi a quarta vez que o STF rejeitou a devolução do passaporte de Bolsonaro, retido em fevereiro de 2024 pela Polícia Federal, como parte das investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.

Em sua decisão, Moraes destacou que Bolsonaro não apresentou um convite formal para a cerimônia de posse de Trump, o que era um requisito estabelecido pela Justiça, e acrescentou que, desde a apreensão do passaporte, não houve mudança nos motivos que levaram à medida. O ministro argumentou que o cenário que justificou a proibição da saída do país permanece inalterado.

Moraes também menciona que, logo após seu indiciamento, Bolsonaro sugeriu, em uma entrevista a um jornal, a possibilidade de fugir e solicitar asilo político em outro país, com o intuito de evitar uma possível responsabilização no Brasil.

O ministro acrescenta que esse tipo de tentativa foi respaldado por um dos filhos de Bolsonaro.

“O apoio à ilícita evasão do território nacional de réus condenados definitivamente pelo plenário do STF em casos conexos à presente investigação, e a defesa da permanência clandestina no exterior, em especial na Argentina, para evitar a aplicação da lei e das decisões judiciais transitadas em julgado, estão, constantemente, sendo corroborados pelo deputado Eduardo Bolsonaro, que, segundo a própria defesa, teria intermediado os convites para a viagem requerida pelo indiciado Jair Messias Bolsonaro para os EUA”, diz a decisão.

Os advogados de Bolsonaro haviam solicitado ao STF que permitissem a viagem entre 17 e 22 de janeiro para que o ex-presidente participasse da posse de Trump, alegando que o evento era de grande importância política e simbólica para as relações bilaterais entre Brasil e EUA. No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou contra a liberação, afirmando que não havia interesse público na viagem que justificasse a retirada da restrição.

Gonet também enfatizou que a viagem de Bolsonaro não atendia a uma necessidade urgente ou vital que pudesse superar o interesse público em garantir que ele permanecesse no Brasil, especialmente considerando os riscos de evasão apontados pelas investigações em andamento.

Incêndios em Los Angeles causam mortes e destruição; Biden declara estado de desastre

Os incêndios florestais em Los Angeles já causaram cinco mortes, com mais de mil construções destruídas. Em resposta, o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou um decreto declarando a Califórnia em situação de grande desastre. Cerca de 100 mil pessoas foram forçadas a evacuar suas casas, enquanto o fogo avança em direção ao centro da cidade.

Biden anunciou o envio de apoio contínuo, incluindo aviões-tanque, helicópteros e caminhões de bombeiros, além de aprovar subsídios para reembolsar custos de combate ao incêndio. O presidente, que estava em Los Angeles para um evento, alterou sua agenda devido aos incêndios e manteve contato com a prefeita Karen Bass durante o voo de retorno a Washington.

Os incêndios, alimentados por ventos fortes, já consumiram milhares de hectares em áreas como Pacific Palisades, onde mais de mil estruturas foram destruídas. O fogo se tornou o mais destrutivo da história de Los Angeles, superando o Sayre Fire de 2008.

A escassez de água e as condições adversas dificultam o trabalho dos bombeiros. Além das evacuações, 1,5 milhão de pessoas estão sem energia, e mais de 100 mil seguem sob ordens de evacuação obrigatória.

Com informações de O Estado de S. Paulo

Cessar-fogo entre Israel e Hezbollah entra em vigor com trégua de 60 dias

O acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, mediado pelos Estados Unidos e França, entrou em vigor às 23h, no horário de Brasília, desta terça-feira (26). O presidente dos EUA, Joe Biden, confirmou que a trégua começaria às 4h, no horário local de Israel. O gabinete de segurança de Israel aprovou a proposta, e o premiê Benjamin Netanyahu declarou que o país está pronto para implementar o acordo, com a advertência de que responderá severamente caso o Hezbollah viole qualquer um dos termos.

Em um discurso na Casa Branca, Biden reafirmou o direito de Israel de se defender caso o grupo libanês descumpra a trégua. A cessação das hostilidades está prevista para durar 60 dias e foi estabelecida com base na Resolução 1701 da ONU, que visa alcançar uma paz mais duradoura. A Casa Branca também espera que a trégua entre Israel e o Hezbollah ajude a pressionar o fim da violência na Faixa de Gaza.

A escalada no Líbano começou no final de setembro, com ataques aéreos e terrestres de Israel contra o Hezbollah. O grupo libanês, assim como o Hamas e a Jihad Islâmica, é apoiado pelo Irã e é considerado inimigo de Israel. O aumento dos bombardeios no Líbano causou grandes destruições e forçou mais de um milhão de pessoas a deixar suas casas.

Enquanto isso, o conflito continua na Faixa de Gaza, onde as forças israelenses seguem combatendo o Hamas e buscando reféns sequestrados no ataque de 7 de outubro de 2023, que resultou em mais de 1.200 mortes e 250 pessoas sequestradas. Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram na ofensiva israelense, que devastou grande parte da infraestrutura de Gaza.

Israel também trocou ataques com o Irã, que, apesar de intensificar a tensão, não resultaram em uma guerra total. Além disso, o Exército israelense tem bombardeado alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iémen e no Iraque.

Eleições EUA: Bitcoin bate recorde com vitória de Trump

Os futuros das ações dos EUA e o Bitcoin dispararam nesta quarta-feira (06) após a vitória de Donald Trump nas eleições. O índice Dow Jones subiu 2,84%, enquanto o S&P 500 registrou alta de 2,2%. O dólar também teve um desempenho robusto, atingindo seu nível mais alto desde julho.

Com o apoio de Trump às criptomoedas no passado, os ativos digitais reagiram positivamente. O Bitcoin superou os US$ 75.000, alcançando um recorde histórico, superando a marca anterior de US$ 74.000. O Dogecoin, que tem Elon Musk como defensor e também é associado ao “comércio Trump”, viu um aumento de 25% no valor, embora os ganhos tenham sido reduzidos para 16% mais tarde.

No mercado de ações, os índices principais dos EUA fecharam em alta. O Dow Jones subiu 425 pontos, ou 1%, o S&P 500 teve um ganho de 1,2% e o Nasdaq avançou 1,4%. Esse otimismo reflete a confiança dos investidores no cenário político dos EUA, especialmente no que diz respeito à política econômica que Trump poderia implementar.

Historicamente, as ações tendem a subir no Dia da Eleição, o que marcou o sexto ano consecutivo de ganhos para o S&P 500 e o Nasdaq nesse período. Mark Haefele, diretor de investimentos do UBS, apontou que a expectativa de crescimento doméstico mais forte, cortes de impostos e um possível ambiente fiscal mais favorável ajudaram a impulsionar os mercados.

Além disso, a expectativa de um resultado eleitoral claro também contribuiu para a alta dos futuros, uma vez que a redução da incerteza política costuma trazer confiança aos investidores. A tendência de alta se estendeu a outras bolsas globais, com o índice Stoxx Europe 600 subindo 1,3% e os mercados alemão, francês e britânico também registrando ganhos.

Com a decisão sobre a taxa de juros do Federal Reserve programada para os próximos dias, os traders aguardam uma semana de volatilidade nos mercados. As especulações sobre o impacto da política monetária, junto com novos dados sobre o mercado de trabalho dos EUA, adicionam uma camada extra de incerteza, mas os analistas esperam que o mercado continue a superar outras regiões, como a Europa.

Após campanha turbulenta, EUA vão às urnas nesta terça-feira (05)

Nesta terça-feira (05) os eleitores norte-americanos irão às urnas em uma das eleições mais imprevisíveis da história recente. Os dois candidatos principais, Kamala Harris e Donald Trump, estão em disputa para um resultado inédito: Harris, se vencer, se tornará a primeira mulher presidente dos EUA, enquanto Trump pode se tornar o primeiro presidente condenado no cargo, após enfrentar diversos processos judiciais.

Kamala Harris, atual vice-presidente, entrou na corrida presidencial após substituir Joe Biden, que desistiu de buscar a reeleição. Ela trouxe renovado entusiasmo para a base democrata, com uma energia comparada à campanha de Barack Obama em 2008.

Por outro lado, Donald Trump, ex-presidente e magnata do setor imobiliário, busca retornar ao cargo após superar escândalos e condenações, mantendo uma forte base de apoio entre os republicanos.

A campanha foi marcada por um acirramento nas pesquisas, com um cenário eleitoral extremamente apertado. Os estados considerados “chave” — como Geórgia, Carolina do Norte, Wisconsin, Nevada, Arizona, Michigan e Pensilvânia — devem ser decisivos, já que o sistema eleitoral dos EUA depende de delegados, e nesses estados o resultado pode variar amplamente entre os partidos.

A polarização do eleitorado também ficou evidente, com ambos os candidatos focando em grupos específicos de eleitores. Enquanto Harris busca conquistar as mulheres brancas e os jovens, Trump foca em temas como imigração e economia, que são preocupações centrais para muitos norte-americanos. Jovens eleitores, em particular, têm sido um alvo de promessas de melhorias econômicas e sociais, dada a realidade financeira difícil para essa geração.

Além disso, a campanha foi marcada por desafios pessoais para ambos os candidatos. Trump, além das suas pendências judiciais, enfrentou tentativas de assassinato, enquanto Biden foi pressionado a desistir da reeleição após um desempenho fraco no primeiro debate, onde teve dificuldades cognitivas. Esse episódio gerou uma forte onda de críticas, principalmente sobre sua capacidade física e mental para governar aos 81 anos.

Embora a apuração das urnas comece imediatamente após o fechamento dos centros de votação, o sistema de contagem de votos pode atrasar o resultado final. A alta participação eleitoral e a votação antecipada podem prolongar ainda mais o processo de apuração, tornando a eleição de 2024 uma das mais aguardadas e imprevisíveis da história dos Estados Unidos.

Furacão Milton causa estragos na Flórida e deixa milhares sem energia

O furacão Milton atingiu a costa da Flórida por volta das 20h30 desta quarta-feira (09) na região de Siesta Key, próximo a Sarasota, com ventos de até 205 km/h e classificação de categoria 3. No entanto, poucas horas depois, perdeu força e foi reclassificado como um furacão de categoria 1, embora os alertas para possíveis inundações continuassem em vigor.

O furacão era esperado na madrugada de quinta-feira (10) e já havia deixado mais de 2 milhões de residências sem eletricidade. Em St. Petersburg, um rompimento na tubulação de água forçou a suspensão temporária do abastecimento de água potável à meia-noite.

Milton provocou uma forte tempestade, afetando áreas densamente habitadas na Costa do Golfo, como Tampa e Fort Myers. O Serviço Nacional de Meteorologia emitiu um alerta de emergência para inundações repentinas na região da Baía de Tampa, que inclui St. Petersburg e Clearwater.

Cerca de 90 minutos após seu impacto, o furacão estava localizado a aproximadamente 30 quilômetros a nordeste de Sarasota, já reduzido a categoria 2, com ventos de 175 km/h. Por volta da 1h, foi reclassificado novamente para categoria 1, com ventos de 145 km/h, que podem causar danos significativos a árvores e estruturas.

A situação em Flórida se agravou rapidamente durante a noite, com mais de 3 milhões de clientes sem eletricidade, conforme dados do site poweroutage.us. Ventos fortes e chuvas intensas causaram incidentes, como a queda de um guindaste em St. Petersburg, embora não houvesse registros de feridos.

As previsões indicam que Milton continuará seu trajeto em direção ao Oceano Atlântico, passando por Orlando, onde o parque Walt Disney World está localizado. Mesmo após se afastar da costa, a tempestade deverá provocar chuvas e ventos fortes, resultando em inundações na costa leste da Flórida.

Enquanto isso, equipes de busca e resgate atuam na região, especialmente após a ocorrência de tornados relacionados ao furacão que causaram destruição significativa antes de seu impacto.