Encontro de urgência é cancelado. Justificativa oficial de Honduras ao Brasil sobre a suspensão da reunião da Celac menciona acordo entre Petro e Trump.
A trégua temporária entre os Estados Unidos e a Colômbia, após troca de acusações, ameaças e sanções tributárias, desmobilizou a reunião que estava marcada para esta quinta-feira (30) entre países da América Latina e do Caribe. Além disso, a pressão de presidentes como os da Argentina e El Salvador, apoiadores de Donald Trump, também contribuiu para o adiamento do encontro.
Os países da América Latina e do Caribe iriam se reunir para discutir as medidas de deportação do governo Trump, mas a falta de consenso entre os membros do bloco levou ao cancelamento da reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
A avaliação da diplomacia brasileira é de que, após uma série de ações inesperadas no último fim de semana, os principais envolvidos na crise optaram por amenizar a tensão e evitar a escalada do impasse. No entanto, a crise ainda não foi considerada resolvida.
Os Estados Unidos decidiram manter o auxílio social a Israel e ao Egito, mas sem avançar em outros pontos. No Brasil, foi criado um grupo de trabalho para definir um plano humanitário para as deportações. Como Trump ainda não nomeou um embaixador, as negociações estão sendo conduzidas pelo encarregado temporário da embaixada junto ao governo Lula.
O foco principal é garantir condições mínimas de dignidade para os deportados, com acesso a água potável, alimentos, banheiros e transporte aéreo adequado. Além disso, a proposta é que as algemas sejam retiradas assim que os deportados chegarem ao Brasil.